quinta-feira, 17 de março de 2016

...ponte do gameiro...



“Setor de Comunicação da Infraestruturas de Portugal falhou”, garante Marqueiro

Rui Marqueiro, presidente da Câmara Municipal da Mealhada, promoveu uma conferência de imprensa, na manhã do dia 8 de março, no auditório da Biblioteca, cujo o tema se centrou nas obras (ainda) em curso no Itinerário Complementar 2 / Ponte do Gameiro, levadas a cabo pela Infraestruturas de Portugal (IP). Uma explicação que, segundo o edil, deveria ter sido fornecida pelo Gabinete de Comunicação da IP e a não ter acontecido designa de “incompetência”.
Começaram em janeiro as obras na Passagem Superior ao Caminho de Ferro, junto ao Intermarché, e, desde então, o trânsito teve que ser orientado para estradas municipais, que também, em alguns casos, não conseguiram suportar o excesso de tráfego, o que acabou por dificultar ainda mais a circulação na cidade da Mealhada.
Uma empreitada que Rui Marqueiro garante ser de extrema importância: “Para a Infraestruturas de Portugal vir, em força, proceder a obras num pequeno viaduto, é porque estava em causa um perigo”. “Tivemos de imediato noção de que isto ia causar transtorno aos munícipes e aos comerciantes, especialmente os do setor da restauração, mas a obra tinha que ser feita”, enfatizou o edil, que acrescenta que a degradação “não se deve apenas ao excesso de tráfego no IC2, mas também ao facto de passarem comboios, de alta velocidade, diariamente, que com as vibrações foram destruindo a Ponte”.
O autarca tece elogios “aos responsáveis pelo Setor de Obra da IP, que nos têm dado toda a assistência necessária, até quando foi preciso nos dias de temporal”, mas o mesmo não faz quando o assunto passa pelo Gabinete de Comunicação. “Desprezaram completamente dar transparência e dizer a verdade aos munícipes, sob pena de a Câmara da Mealhada não ser compreendida, o que acabou por acontecer”, acrescentou o edil, que garante “ter feito, insistentemente, vários pedidos para que explicassem à população o porquê da obra, conforme tinha sido estabelecido antes da obra ter inicio”.
Acompanhado de Arminda Martins, vereadora responsável pelos pelouros das Obras e Empreitadas, e de uma engenheira civil da Câmara da Mealhada, que tem acompanhado os trabalhos na Ponte do Gameiro, Rui Marqueiro explicou: “Há pessoas que ‘nos’ chamam de incompetentes porque a obra poderia ser feita em menos tempo (a estimativa inicial foi de oitenta dias e tudo indica que seja cumprida). Não é verdade. Sobre os caminhos de ferro não se trabalha em qualquer altura, muito menos vinte e quatro horas por dia. As regras e horários, nestes casos, estão muito bem definidas”.
Mas as “voltas” que os automobilistas têm que fazer, neste momento, têm os dias contados, pois tudo aponta “para que no dia 6 de abril se comece a transitar no Pontão”. “Após o término desta obra, os técnicos da IP farão trabalhos nas estradas municipais, as que foram utilizadas nestes meses e que ficaram muito maltratadas”, concluiu.
Recorde-se que, na Assembleia Municipal da Mealhada, realizada no final do mês de fevereiro, Rui Marqueiro explicou: “Quando a IP veio falar connosco, deu-nos duas hipóteses: Fazer a obra e manter uma faixa em circulação, mas ter uma duração de mais de um ano; ou a Câmara colaborava com a intervenção, o tempo era menor e a empresa responsabilizava-se por todas as obras necessárias nas vias alternativas. A decisão foi fácil de se tomar…”.

Noticia de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 967, de 16 de março de 2016.

Sem comentários: