CPCJ tem vindo a
diminuir número de novos casos referenciados
De 2014 para
2015, diminuíram, de cento e catorze para setenta e seis, o número de processos
acompanhados pelos técnicos da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ)
da Mealhada. O relatório anual foi apresentado, por Paula Andrade, presidente
da CPCJ, aos deputados da Assembleia Municipal da Mealhada, na noite do passado
dia 26 de fevereiro.

Este caso levou
Daniela Esteves, presidente da Assembleia Municipal da Mealhada, a questionar
“o grau de certeza do abuso”. “Quando recebemos uma denúncia partimos sempre do
principio de que é verdade e, simultaneamente, remetemos para as entidades
competentes, que têm capacidade para certificar se é, ou não, verdade”,
explicou Paula Andrade, que acrescentou: “Neste caso concreto, a criança não
tinha sido abusada por um adulto, mas por um jovem de catorze anos. O processo
seguiu para Tribunal”.
Para a
presidente da CPCJ “a formação que têm com a Policia Judiciária ajuda muito
nestas situações”.
A percentagem do
número de processos do sexo feminino é de trinta e nove por cento, sendo o sexo
masculino o restante. O escalão que tem mais casos é o da faixa etária dos quinze
aos dezassete anos.
“Apesar da CPCJ
trabalhar com crianças e jovens dos zeros aos dezoito anos, podemos em alguns casos
fazer o acompanhamento até aos vinte e um (de processos já abertos
anteriormente), altura em que temos mesmo que encerrar o processo”, explicou
Paula Andrade.
As entidades
sinalizadoras por ordem de maior número de casos são os estabelecimentos de
saúde, estabelecimentos de ensino, mães que pedem ajuda, outros familiares,
anónimos, autoridades policiais e autarquia.
A CPCJ da
Mealhada funciona desde 1993 e “sentiu” um pico, com um maior número de casos,
em 2011, quando registou cento e quarenta e quatro. “Os anos de 2007, 2011 e
2014 foram os que tiveram maior número de novos casos, sem que haja uma
explicação para esse facto”, explicou a presidente da CPCJ.
Em 2015, Paula
Andrade lamenta: “Foi um ano muito difícil, porque os ‘colaboradores’ da
comissão acabam por sair deste programa e não cumprir com os requisitos que são
exigidos”.
De 2015 para
2016, a CPCJ da Mealhada transitou com vinte e um processos.
Noticia de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 967, de 16 de março de 2016.
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