segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

...da plataforma online de educação da Mealhada e da Farmácia Brandão estarem no DC...

http://www.diariocoimbra.pt/noticias/plataforma-online-facilita-vida-aos-encarregados-de-educacao
e
http://www.diariocoimbra.pt/noticias/farmacia-brandao-da-mealhada-reabriu-totalmente-remodelada

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

...mensagem de Natal...

Apetece-me gritar ao mundo: FELIZ NATAL A TODOS....
A razão? É o primeiro Natal que tenho a "minha" família, pela qual lutei muito nos últimos anos...
Tenho um excelente companheiro, que antes de ser o melhor namorado do mundo, é o meu grande amigo...
E tenho a Maria Miguel a crescer dentro do meu corpo... Já a acho a melhor e mais bonita princesa de todo o planeta!
Um mundo diferente agora... onde acabamos por ver as coisas diferentes....
Um mundo que me "levou" a mãezinha para o outro lado do grande mar, mas que ainda assim faz com que estejamos cada vez mais próximas...
Um mundo onde desejo que toda a minha "pequena" família e poucos amigos se sintam felizes...

Eu gosto "deste" Natal e solidarizo-me, de coração, com quem não tem fortes razões para dizer o mesmo!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

...Chuva impossibilita passagem subterrânea na Estação de Comboios na Mealhada....

Sempre que chove, com intensidade, na cidade da Mealhada, a passagem subterrânea da Estação Ferroviária fica intransitável, impossibilitando o trânsito de passageiros de uma linha para a outra. Para quem consegue saltar a plataforma das linhas, a passagem fica facilitada, contudo, a coima para quem o pratica, e segundo fonte da Guarda Nacional Republicana, pode ir dos duzentos e cinquenta aos três mil euros.
“Aconteceu forte, na passada quinta-feira, dia 20, e já se repetiu”, começou por dizer, ao Jornal da Mealhada, o munícipe Vítor Simões, referindo-se à “inundação” que reportou em fotografia. “Quem tem capacidade física para o fazer, salta a plataforma e atravessa sobre o balastro, galgando o carril, para subir o desnível do outro até se situar na plataforma contrária”, acrescenta.
Quem não o pode ou tem receio perde o comboio e tem que ir dar a volta ao fundo da Avenida Dr. Manuel Lousado. Segundo o munícipe com quem falámos, “a REFER (Rede Ferroviária Nacional) há muito que pretende substituir as duas bombas que esgotam a água que converge para aquele túnel. Estão velhas e não conseguem dar conta do recado, mas sem verba, a coisa vai-se arrastando… As arrelias e transtornos parecem não ter fim à vista”.
O Jornal da Mealhada tentou entrar em contacto com o departamento de Comunicação da REFER, mas até ao fecho da edição não nos foi dado qualquer esclarecimento.

Questionado sobre este assunto, mais concretamente acerca da passagem das pessoas pela linha, Rui Alves da Silva, comandante do Destacamento Territorial de Anadia da GNR, garante: “O trânsito a pé, circulação e atravessamento das linhas-férreas é proibido, por força do Artigo 19.º do Decreto-Lei 276/2003 de 4 de novembro, sendo punido com coima de duzentos e cinquenta a três mil euros, no caso de pessoa singular”.

Noticia de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 934, de 10 de dezembro de 2014.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

...Estacionamentos em rua pedonal na Mealhada “estudados” pela autarquia....

O executivo da Câmara Municipal da Mealhada deliberou, na reunião pública de 1 de dezembro, apresentar, aos respetivos proprietários, as soluções encontradas para os estacionamentos de três estabelecimentos comerciais, que sofrem alterações de acesso com a obra de requalificação do centro da cidade. A empreitada está, neste momento, parada.
Tornar uma das principais ruas da Mealhada, como é o caso da Doutor José Cerveira Lebre, pedonal, traz sempre alguns constrangimentos, nomeadamente, quando lá se situam uma farmácia (a Miranda) e o Posto de Correios, que até então tinham dois estacionamentos disponíveis à porta. Mas os técnicos dos serviços da Câmara “estudaram” o assunto e arranjaram soluções, que aguardam o “aval” dos proprietários, depois de lhes serem apresentadas.
No caso da Farmácia Miranda, os dois lugares poderão situar-se na Rua Armindo Pega (por trás do Tribunal), dois lugares na Rua Cerveira Lebre (em zona que não está pedonal) ou ainda dois lugares na Rua Maria Luísa (na lateral dos CTT). Já no caso do Posto de Correios, que até à rua se tornar pedonal, tinha dois lugares de estacionamentos na Cerveira Lebre, que agora se “mudaram” para a Rua Maria Luísa, esta solução parece satisfazer os responsáveis.
Há ainda o caso da Farmácia Brandão, que faz esquina entre as Ruas Eduardo Alves de Matos e a Doutor Costa Simões, que também tem dois lugares de estacionamento à porta que “terão que desaparecer”. A solução passa por dois lugares nos estacionamentos junto aos estabelecimentos “O Portão” ou “Metinha” ou ainda na rua por trás do Tribunal.
José Calhoa, vereador na Câmara da Mealhada eleito pelo Partido Socialista, começou por dizer: “Enquanto cidadão e com uma filha asmática, entendo que o estacionamento reservado às farmácias deve ser o mais próximo possível. Às farmácias vai-se por necessidade e não por gosto…”.
Também Gonçalo Louzada, da coligação “Juntos pelo Concelho da Mealhada”, lamentou as soluções, defendendo que “há pessoas, com mobilidade muito condicionada, que acredito que seja complicado deixar o carro longe”.
Arminda Martins, vereadora na autarquia responsável pelos pelouros das Obras e Empreitadas, lembrou que este projeto vem de um outro executivo, “ao qual me insurgi contra algumas situações arquitetónicas”. “Neste executivo tivemos o cuidado de falar com os comerciantes, sendo certo que a lógica da obra era a de pedonalizar a rua e acabar com o tráfego de veículos”, acrescentou a autarca, destacando as únicas exceções, que são as previstas na lei: “Ambulâncias, veículos da Guarda Nacional republicana e transportes de cargas e descargas”.
E para Rui Marqueiro, presidente da autarquia, deve manter-se assim: “É que a seguir aos pedidos de lugares da farmácia, vão vir todos os outros comerciantes pedir o mesmo”. José Seabra Pereira, da coligação “Juntos pelo Concelho da Mealhada”, lamenta a comparação: “Não considero todos os estabelecimentos iguais. Para mim, a saúde pública está em primeiro lugar”.
O projeto prevê também que a Rua Eduardo Alves de Matos (por trás da “Esplanada”) seja pedonal. “Contudo, não vamos iniciar esta obra, sem que o ‘novo’ edifício da autarquia esteja pronto”, explicou Arminda Martins, que ainda garantiu que “a Praça de Táxis (no fim da Rua Cerveira Lebre) se manterá no mesmo local” e que “serão implementadas novas instalações sanitárias, no Jardim Municipal, preparadas para pessoas com dificuldades motoras”.


Noticia de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 934, de 10 de dezembro de 2014.

domingo, 14 de dezembro de 2014

..."Reserve o seu bilhete e 'aconchegue' com uma manta"...

Uma centena de funcionários e utentes da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada apresentam, na noite do próximo dia 19 de dezembro, sexta-feira, com início às 21 horas, no Cineteatro Messias, a Gala de Natal de 2014. Histórias divertidas, boas recordações, gargalhadas e boa-disposição são algumas das promessas garantidas para o evento.
Os bilhetes, que têm um custo de cinco euros cada, já podem ser reservados na Secretaria da instituição, que se situa no Lar Dr. António Cânova Ribeiro, no centro da cidade da Mealhada e/ou através do número de telefone 231 202 378.
A iniciativa, “construída” por colaboradores da Misericórdia da Mealhada, pretende dar a conhecer ao público um pouco mais da instituição e mostrar a alegria do dia-a-dia que nela se vive, juntando isso com a época natalícia.

O dinheiro da venda de bilhetes reverte a favor de um Fundo de Emergência Social da instituição e ao público é também solicitado que contribua com uma manta que servirá de adereço no palco do espetáculo e, posteriormente, distribuído pelos mais carenciados.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

...Câmara da Mealhada apoia Carnaval com 81 mil euros...

O tempo é de frio, mas para os elementos das quatro escolas de samba, que vão desfilar nos corsos do Carnaval Luso Brasileiro da Bairrada em 2015, é altura de “aquecer as baterias”, realizarem muitos ensaios e preocuparem-se com as alegorias. E da parte da autarquia, os foliões podem contar com a anual ajuda financeira, no valor de oitenta e um mil euros.
Amigos da Tijuca (de Enxofães), Batuque (da Mealhada), Real Imperatriz (de Casal Comba) e Sócios da Mangueira (da Póvoa da Mealhada) já se preparam para o denominado “Carnaval mais brasileiro de Portugal”, que se realizará no Sambódromo Luís Marques, na cidade da Mealhada, no próximo mês de fevereiro.
“Todas as escolas já entregaram os projetos do enredo e do carro”, garantiu, ao Jornal da Mealhada, Filipa Varela, presidente da direção da Associação de Carnaval da Bairrada (ACB), que acrescenta: “Também já lhes foi entregue um protocolo de participação para assinarem, com as obrigações e direitos de cada parte (escolas e ACB), nomeadamente, prazos, horários e verbas disponibilizadas”.

Ao nosso jornal, Rui Marqueiro, presidente da Câmara da Mealhada, garantiu que “a autarquia tem orçamentado, para o evento de 2015, a quantia de oitenta e um mil euros”.

Noticia de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 933, de 26 de novembro de 2014.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

...Idosos do Lar (da Misericórdia da Mealhada) em ação solidária...

Idosos do Lar Cânova Ribeiro, da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada, passaram algumas tardes, da semana passada, a “triturar” papel da instituição que foi, posteriormente, remetido para o quartel dos Bombeiros Voluntários da Pampilhosa. O destino seguinte? Uma empresa de Coimbra que paga três cêntimos por cada quilograma de papel, dinheiro que, neste caso, reverte para os tratamentos de um menino pampilhosense de doze anos que sofre de uma doença ainda não diagnosticada, que lhe afeta movimentos e a capacidade de falar.
Todo o tipo de papel e de tampas de plástico podem ser entregues nos Bombeiros da Pampilhosa, na Escola Básica 2,3 da Pampilhosa e no Centro de Saúde da Mealhada. “Recolho papel, cartão, mas o que faz mesmo peso são os jornais e revistas”, explica Helena Lopes, mãe do João Daniel, que teve que “abandonar” um plano de tratamentos na Casa dos Marcos, clínica especializada em doenças raras, situada na Moita, por não suportar a despesa. “Em seis meses eram necessários sete mil euros”, lamentou ao Jornal da Mealhada.
Mas com a ajuda de “muitos”, a progenitora não baixou os braços e procurou alternativas. Neste momento, o João Daniel frequenta o Ensino Especial na EB2,3 da Pampilhosa e na Caritas em Coimbra tem Terapia Ocupacional (a única paga pela Segurança Social) e Hidroterapia. Na vila do Luso, usufrui de Psicomotricidade e, numa clínica em Anadia, de Fisioterapia. “Estou ainda a tentar colocar o João na Terapia da Fala no Hospital da Misericórdia da Mealhada. Todos estes tratamentos são pagos e se não fossem as ajudas, nunca conseguiria”, explica Helena Lopes.
Esta mãe apenas trabalha quatro manhãs por semana, das 7h 30m às 13h 30m, porque durante as tardes tem que “estar livre para acompanhar o João a todas as suas atividades”, acrescenta Helena Lopes, que “sente” melhorias aos níveis de comunicação e motoras. “O João pouca coisa diz, mas através dos gestos ‘fala’ muito”, garante.

Concerto solidário “angaria” 800 euros


E a população do concelho da Mealhada está disposta a colaborar. A prova disso foi o concerto solidário, que se realizou, no passado mês de outubro, no Cineteatro Municipal Messias, organizado pela Filarmónica Pampilhosense, com o apoio da Câmara Municipal da Mealhada e Junta de Freguesia da Pampilhosa. “Let’s Groove Big Band” subiu ao palco, num evento que “rendeu” perto de oitocentos euros (cada entrada tinha um custo de quatro euros).

Noticia de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 933, de 26 de novembro de 2014.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

...E se o concelho da Mealhada mudar de distrito?...

Os deputados na Assembleia Municipal da Mealhada vão começar a “discutir”, na noite da próxima sexta-feira, dia 28 de novembro, a intenção, relevada pela bancada socialista, de o concelho da Mealhada passar do distrito de Aveiro para o de Coimbra. As razões ainda não são conhecidas, mas das restantes bancadas paira um sentimento de “surpresa”. Já para a população o assunto é favorável, pois “não aquece, nem arrefece”.
O tema há já alguns anos que é abordado em Assembleia Municipal, mas neste mandato, a primeira vez aconteceu na última reunião e pelas “mãos” da bancada do Partidos Socialista. Ao Jornal da Mealhada, e enquanto presidente da Comissão Politica na Mealhada do PS, Arminda Martins explica que o partido “entendeu começar a discutir este assunto e para isso criou um grupo de trabalho”. Para a também vereadora na Câmara da Mealhada, “os tempos são outros” e seja qual for a decisão política, “a população terá que ser ouvida”. “Isto será um processo longo que remeterá a um conjunto de formalidades que têm que ser efetuadas”, conclui Arminda Martins.
E é o sufrágio que as bancadas da oposição pedem. “Não entendemos bem o porquê deste assunto ser abordado agora, até porque não estava no programa eleitoral de qualquer força partidária”, começa por dizer Isabel Lemos, da bancada da CDU – Coligação Democrática Unitária, que acrescenta: “Antes do assunto ser levado a Assembleia Municipal deve ser sufragado”. “Parece-me que se está a querer desviar as atenções de coisas importantes e reais, como é, o da União de Freguesias”, acrescenta.
Bruno Coimbra, deputado na Assembleia Municipal pela coligação “Juntos pela Coligação da Mealhada”, garantiu que os deputados da bancada em questão vão reunir na noite de amanhã, quinta-feira, para ser tomada uma posição sobre o assunto. “Estamos surpresos com este tema. Não me parece que esteja na agenda dos mealhadenses, mas é certo que está na do Partido Socialista”, declarou, ao Jornal da Mealhada, o também deputado na Assembleia da República natural do Luso, que acrescenta: “Todos os temas devem ser debatidos e alvo de um estudo aprofundado. Quero ouvir muitas pessoas sobre esta matéria, pois estamos a falar de uma mudança territorial grande, que engloba uma alteração geográfica/distrital no país”.
Parco em palavras, Rui Marqueiro, presidente da Câmara da Mealhada, garante que “o assunto vai ser discutido durante o tempo que for necessário” e exemplifica que a população da Mealhada se identifica mais com Coimbra do que com Aveiro, aos níveis “da saúde, cultura e educação, por exemplo”.

População diz “sim” à mudança

E na primeira abordagem, a população manifesta-se a favor desta mudança. “Enquanto munícipe do concelho da Mealhada vejo com muito bons olhos a possibilidade do nosso concelho passar a ser parte integrante do distrito de Coimbra. Na prática, e fora alguns assuntos mais burocráticos que têm de ser tratados em Aveiro (lembro as Instituições Particulares de Solidariedade Social e as suas deslocações à Segurança Social de Aveiro), temos uma ligação muito maior com Coimbra pela sua proximidade, com especial atenção pela Saúde (Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra) e pelo Emprego (Instituto de Emprego e Formação Profissional)”, declara o munícipe Tiago Ângelo, que acrescenta ainda: “Como lusense e ‘amante’ do Bussaco vejo nesta troca de distrito uma forte possibilidade de melhorar as sinergias criadas com o concelho de Penacova (também do distrito de Coimbra) em assuntos relacionados com a Mata Nacional do Bussaco e sua zona periférica. Para mim, sede de distrito, será Coimbra sem dúvida”.
Sónia Nabais, residente na Pampilhosa e detentora de uma empresa de animação turística no concelho da Mealhada, ao Jornal da Mealhada, declarou: “Nunca pensei bem nas implicações de uma mudança dessas, mas a verdade é que trato de todos os assuntos fiscais em Coimbra. Julgo que a mudar, e tirando a parte burocrática, pouco notaríamos de diferença”.

Também Andreia Rosa, residente no Canedo, confessa que “pela proximidade, resolve todos os assuntos em Coimbra”. “Em tempos se precisasse de passaporte ou Bilhete de Identidade com urgência, tinha que ir a Aveiro, por ser o distrito da Mealhada. Agora nem isso….”, afirma a jovem, que acrescenta: “Acho que muitas pessoas se perguntam porque pertencemos a Aveiro se vivemos ao lado de Coimbra”.

Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 933, de 26 de novembro de 2014.

domingo, 30 de novembro de 2014

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

...Autarquia paga 1500 euros, por dia, a empresa que só traz reclamações...

Sexta-feira, dia 7 de novembro de 2014, sensivelmente 13h 30m, soam as campainhas (o designado “toque de saída”) na zona escolar da Mealhada. Os “miúdos” correm para apanhar o autocarro que os “levarão” de fim-de-semana. Vão conversando entre si: “Hoje saí a horas e vou conseguir um lugar sentada”. Fica a dúvida: “Há crianças a viajar nos autocarros em pé?” Resposta: “Há”. E é Guilherme Duarte, vice-presidente da Câmara Municipal da Mealhada responsável pelo pelouro da Educação, que esclarece e confirma, ao Jornal da Mealhada, a existência de um “grande problema”.
O concelho da Mealhada tem uma única concessionária de transportes públicos: a Transdev. Contudo, desde setembro de 2006 e suportado financeiramente pela Câmara Municipal da Mealhada, a empresa faz o transporte de seiscentos e cinquenta alunos (número do ano letivo atual, de 2014/2015) dos segundos e terceiros Ciclos, Secundário e Profissional. “Pagamos um valor fixo por dia de 1.379,77 euros, acrescido de IVA. Isto significa que, de setembro de 2014 a junho de 2015, pagaremos duzentos e cinquenta mil euros, acrescidos de IVA, a esta empresa. E este serviço apenas funciona dez meses por ano e somente nos dias de aulas”, garante Guilherme Duarte.
Esta “avultada” verba sai praticamente toda dos cofres da autarquia, pois “os alunos dos quintos e sextos anos não pagam transporte por deliberação antiga da autarquia, dos sétimos aos nonos anos só pagam os que residem até quatro quilómetros de distância da escola da sua área de influencia e apenas os dos ensino secundário pagam o passe, que tem um custo de vinte e um euros mensal”.
Aparte do vice-presidente da Câmara Municipal da Mealhada considerar o serviço “dispendioso”, não é isso que o preocupa. “Preocupa-me as reclamações que tenho, neste momento, só passados dois meses do ano letivo ter tido início. “Atrasos nos horários estipulados, mau estado de algumas viaturas (onde chove e até portas já chegaram a não funcionar) e excesso de lotação” são a maior parte das “queixas” dos encarregados de educação, que “batem” todos no mesmo sítio: no edifício dos Paços do Concelho. Preocupados com este assunto, os técnicos da autarquia reúnem permanentemente com a empresa, mas “não se vê grandes melhoras”.
E por ser um serviço “misto” e público, que tem um número limite de lugares sentados e em pé, qualquer pessoa, que não seja estudante, pode tirar bilhete e ir na viagem. “Em determinadas localidades do concelho só há transporte público para os cidadãos quando há aulas”, lamenta o autarca.
Mas a situação pode ainda ser mais grave se tivermos em conta que a empresa, no concelho e recentemente, já foi alvo de seis autos de contra-ordenação, essencialmente, “por excesso de lotação e incumprimentos de horários, tarifas e local de destino alterado”, segundo nos confirmou o Tenente Rui da Silva, do Destacamento Territorial de Anadia da GNR. “Como a Mealhada não tem transporte escolar, serve-se de transportes regulares (neste caso um serviço da Transdev), que cobram meias tarifas às crianças dos quatro aos doze anos, mas elas, obviamente, não ocupam meio lugar, mas um inteiro. Por este motivo se dão tantos casos de excesso de lotação que, à luz da lei deste tipo de transporte, não são infracção, muitas vezes”, acrescenta o Tenente Rui da Silva.
Posto isto, Guilherme Duarte não tem dúvidas: “Teremos que ter transportes escolares já no próximo ano letivo, mediante os trâmites normais, através de lançamento de um concurso público. Sabemos que ficará mais caro, mas queremos segurança e cumprimento de horários. Para o Município da Mealhada, a Educação não é um gasto, mas sim um investimento no futuro das novas gerações!”. O vice-presidente tem até como exemplo positivo as duas empresas, contratadas através de concursos públicos, que já serviram e servem o Centro Escolar da Pampilhosa, que é o único no concelho abrangido pelas normas de Transportes Escolares.
E se a autarquia tivesse os seus próprios transportes escolares? “Nesse caso, e para reunir todas as condições, o valor disparava exponencialmente. Teríamos que obedecer a determinadas regras, nomeadamente, a dos autocarros, que depois de um limite de anos, deixam de poder servir para o fim a que foram destinados. Por outro lado teríamos que ter duas viaturas e dois vigilantes para as servir”, respondeu-nos o autarca responsável pelo pelouro da Educação.
Tentámos até ao fecho da edição obter uma declaração, sobre todo este assunto, por parte de Álvaro Pimenta, diretor comercial da Transdev no serviço de Coimbra, mas nunca o conseguimos.


Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 932, de 12 de novembro de 2014.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

quarta-feira, 29 de outubro de 2014