quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

...com mais de uma década disto...



A Comissão da Carteira Profissional de Jornalista relembra que os jornalistas, no exercício das suas funções, estão obrigados a cumprir os deveres elencados no art.º 14.º do Estatuto do Jornalista:

Deveres fundamentais:

·         Informar com rigor e isenção, rejeitando o sensacionalismo e demarcando claramente os factos da opinião;

·         Repudiar a censura ou outras formas ilegítimas de limitação da liberdade de expressão e do direito de informar, bem como divulgar as condutas atentatórias do exercício destes direitos;

·         Recusar funções ou tarefas susceptíveis de comprometer a sua independência e integridade profissional;

·         Respeitar a orientação e os objectivos definidos no estatuto editorial do órgão de comunicação social para que trabalhem;

·         Procurar a diversificação das suas fontes de informação e ouvir as partes com interesses atendíveis nos casos de que se ocupem;

·         Identificar, como regra, as suas fontes de informação, e atribuir as opiniões recolhidas aos respectivos autores.

 

Outros deverescuja violação pode dar lugar à aplicação do regime de responsabilidade disciplinar:

·         Proteger a confidencialidade das fontes de informação na medida do exigível em cada situação, tendo em conta o disposto no artigo 11.º, excepto se os tentarem usar para obter benefícios ilegítimos ou para veicular informações falsas;

·         Proceder à rectificação das incorrecções ou imprecisões que lhes sejam imputáveis;

·         Abster-se de formular acusações sem provas e respeitar a presunção de inocência;

·         Abster-se de recolher declarações ou imagens que atinjam a dignidade das pessoas através da exploração da sua vulnerabilidade psicológica, emocional ou física;

·         Não tratar discriminatoriamente as pessoas, designadamente em razão da ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual;

·         Não recolher imagens e sons com o recurso a meios não autorizados a não ser que se verifique um estado de necessidade para a segurança das pessoas envolvidas e o interesse público o justifique;

·         Não identificar, directa ou indirectamente, as vítimas de crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual, contra a honra ou contra a reserva da vida privada até à audiência de julgamento, e para além dela, se o ofendido for menor de 16 anos, bem como os menores que tiverem sido objecto de medidas tutelares sancionatórias;

·         Preservar, salvo razões de incontestável interesse público, a reserva da intimidade, bem como respeitar a privacidade de acordo com a natureza do caso e a condição das pessoas;

·         Identificar-se, salvo razões de manifesto interesse público, como jornalista e não encenar ou falsificar situações com o intuito de abusar da boa fé do público;

·         Não utilizar ou apresentar como sua qualquer criação ou prestação alheia;

·         Abster-se de participar no tratamento ou apresentação de materiais lúdicos, designadamente concursos ou passatempos, e de televotos.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

...recordar...


 "A MATA DO BUÇACO REQUER AS PALAVRAS TODAS E ESTANDO DITAS ELAS, 
MOSTRA COMO FICOU TUDO POR DIZER", JOSÉ SARAMAGO

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

...caderno inteligente...








 

Chegou a nova aquisição! O senhor carteiro fez-me hoje muito feliz! 

Chamem-lhe espírito de Natal antecipado... a verdade é que me sinto uma criança. 

Escolhi. Comprei. Apesar disso, estou em modo efeito surpresa!

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

...Marília Mendonça - BEBI LIGUEI....


 

As tragédias levam muitas vezes ao descobrimento. Não sei como é convosco, mas a mim acontece-me com frequência conhecer músicos e músicas depois de algum «choque» mediático, neste caso uma fatalidade.

Sinceramente acho que até há poucos dias desconhecia por completo quem era Marília Mendonça.

Deixa um trabalhão feito! Siga em Paz!

terça-feira, 21 de setembro de 2021

...voar...


Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito.

Martin Luther King 

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

....ainda o livro dos 50 anos do Carnaval Luso-Brasileiro da Bairrada...

Fotografia de José Moura
 

Em primeiro lugar, agradecer à equipa da Associação do Carnaval da Bairrada na pessoa da Janine pelo convite para a realização deste livro. Enquanto profissional das letras foi uma honrosa oportunidade de vida, enquanto pessoa deu-me ferramentas para perceber do que se fala quando se diz “andamos cá por amor à camisola”. Muito obrigada, Janine, a ti e toda a tua equipa. Fizeram de mim uma pessoa mais feliz.

O meu segundo agradecimento vai para o Arquivo Municipal da Mealhada onde, durante alguns meses, passei grande parte dos meus dias. Foram centenas de jornais pesquisados e o empenho das colaboradoras do Arquivo para atender aos meus pedidos, sempre que solicitado, foram de um profissionalismo brilhante. Não erro se vos disser que também aquelas “meninas” abraçaram esta causa.

Um grande agradecimento também a todos as pessoas que entrevistei que, em plena pandemia, não se recusaram em vir ao meu encontro ou a abrirem literalmente as portas de casa. Chega a ser emocionante recordar os braços abertos de algumas pessoas que ainda hoje palpitam com o Carnaval exatamente da mesma forma como naquele Domingo Gordo, de 21 de fevereiro de 1971. Obrigada pelos vossos testemunhos e pela cedência de documentos, jornais, cartazes, fotografias e a gigante envolvência que colocaram neste livro.

Quase a terminar um agradecimento muito especial à responsável pelo designer e paginação deste livro, a Cláudia Pereira. És a responsável pela parte bonita de todo este processo. Em boa hora a Associação do Carnaval escolheu a empresa onde trabalhas para este lado gráfico.

Aproveito esta deixa para fazer um bocadinho de publicidade aos locais onde trabalho, pedindo desculpa aos leitores do Bairrada Informação por algumas ausências no último ano e um muito obrigada ao Diário de Coimbra pela compreensão e apoio que sempre me disponibilizam, seja qual for a circunstância.

Por fim e não de menor importância, um obrigada ao meu eterno namorado Nuno e à minha rica filha Maria Miguel, as pessoas que me brindam, diariamente, com um sorriso quando não há trabalho, quando há, mas principalmente quando há muito muito trabalho. Obrigada por serem o meu lar com tudo o que isso implica. Na retaguarda, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, lá estão sempre a minha mãe Alda, o meu pai Zezé, os meus queridos e queridas avós e os meus amigos que vibram ao meu lado com todas as minhas conquistas.

O último agradecimento vai para uma pessoa que foi muito especial neste meu processo. Nuno Castela Canilho, obrigada pelo teu prefácio, obrigada por teres lido esta obra de fio a pavio. Obrigada por estares aqui hoje e principalmente por te disponibilizares a falar dela. 

Boa noite a todos. Divirtam-se e viva ao Carnaval na Mealhada.


Mónica Sofia Lopes

(Gala dos 50 anos do Carnaval Luso-Brasileiro da Bairrada

Cineteatro Messias

18 de setembro 2021)

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

...Inês Herédia | QUANDO EU VOLTAR A SORRIR...


QUANDO EU VOLTAR A SORRIR QUERIA APANHAR O MAIOR BALÃO QUANDO EU VOLTAR A SORRIR QUERIA GANHAR DISTÂNCIA DO CHÃO LEVAR NO BOLSO O CORAÇÃO ENTREGAR TREGUAS AO ALTAR NA MOCHILA UMA QUESTÃO É SUPOSTO EU ACEITAR QUE O MUNDO ACABA ANTES DO FIM ACEITAR O FIM DA ESTRADA AO PÉ DE MIM ACEITAR QUE O MUNDO ACABA ANTES DO FIM ACEITAR O FIM DA ESTRADA AO PÉ DE MIM QUANDO EU VOLTAR A SORRIR QUERIA TENTAR O FUNDO DO MAR QUANDO EU VOLTAR A SORRIR QUERIA ENTREGAR SILÊNCIO AO ESTAR LEVAR NO BOLSO O CORAÇÃO ENTREGAR TREGUAS AO ALTAR NA MOCHILA UMA QUESTÃO É SUPOSTO EU ACEITAR QUE O MUNDO ACABA ANTES DO FIM ACEITAR O FIM DA ESTRADA AO PÉ DE MIM  
ACEITAR O FIM DA ESTRADA AO PÉ DE MIM… 

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

...avô...

Maria Miguel e avô "Kingo"
 

Faleceu hoje uma pessoa muito importante na minha vida. Um agregador de consensos e de vontades para que tudo corresse sempre bem. Esteve para mim, sempre, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza. Formamos uma verdadeira equipa!

A nossa história de avô e neta não começou da maneira tradicional, a dita de sangue, mas tornou-se a mais forte de todas: a do amor. A minha vida foi muito mais rica por o ter sempre ao meu lado e por um dia se ter apaixonado e casado com a minha rica avó.

Recordo as nossas viagens na Toyota Hiace em que nem a falta de dentes, do alto dos meus seis anos, me fazia calar a boquinha; recordo os almoços, jantares e Natais em família; as brincadeiras com os tios emprestados; as férias nas Termas de Monfortinho; o orgulho do avô em me ver na Queima das Fitas e licenciada; e as visitas diárias ao hospital quando o destino me pregou uma partida.

Ao nosso núcleo duro - avô, avó, mãe e eu - juntaram-se o Vítor e o Nuno e, mais tarde, uma Maria Miguel. Com ela vieram os "religiosos" almoços de sábado que se estendiam pelas tardes de Inverno, com a pequenita a saltar para as suas cavalitas e a chateá-lo para fazerem puzzles e sopa de flores. No verão, bisavô e bisneta apanhavam morangos e regavam o jardim. No ano passado houve até direito a uma piscina. A Maria salpicava-o todo, enquanto o avô sentado numa cadeira, com a bengala a mexer na água, permanecia ali o tempo que fosse preciso, preparado para a birra sempre que era hora de sair da banheira gigante.

A vida mudou muito do verão de 2020 até então. A idade não perdoou e não nos poupou de nada. O "mulherio" uniu-se, fortificou e em resposta ao que a vida e a doença nos ia trazendo, dia após dia, respondemos com amor. Era amor quando a avó lhe dava o comer na boca e o obrigava a tomar os medicamentos, era amor quando a mãe pegava em si ao colo para a cadeira de rodas só para o avô ver o sol da janela e lhe mudava a fralda, era amor a Maria dar-lhe água na boca e deitar-se na cama articulada consigo com as grades para cima :) e era amor todas as desculpas e desvios que eu arranjava para passar no Pego a toda a hora e instante, com sacadas de medicação e recados de todos os médicos e mais algum.

Quem não o conheceu, não sabe o que perdeu. Um homem bom, gentil, com uma educação fora de série. Um homem que aos 80 anos ainda tinha em mãos a gestão de um hotel e aos 90 frequentava uma Universidade Sénior. Um Senhor que fez questão de juntar sempre a família nas datas importantes e de presentear a esposa no Dia dos Namorados, precisamente o dia (há muitos anos) em que oficializaram a caminhada do vosso amor.

O avô deixa-me um vazio na alma, no coração e nos meus dias. Não tenho remédio se não desejar-lhe o eterno descanso, merecido, com a certeza de que viverá no pensamento das mulheres da sua vida até ao último dia do nosso suspiro.

A minha avó perdeu o amor da sua vida, a minha mãe perdeu um grandioso pai, eu perdi um avô daqueles a séria e a Maria Miguel perdeu o melhor companheiro, paciente, de todas as suas brincadeiras.

Se há pessoa que eu gostava de voltar a encontrar é o avô. Não sei se será possível, mas se for... até um dia, meu querido avô!


Sofia