terça-feira, 10 de maio de 2022

...mundial do lupus...


Tinha 24 anos.

Entrei de urgência  no hospital e, ao fim de algumas horas, o médico falou-me pela primeira vez em lúpus.

(Lembro-me de um amigo ter entrado à socapa no hospital, já de noite, para me levar um papel com o que encontrou na internet sobre a doença. Eu estava burra, nunca tinha ouvido falar em tal coisa!)

A primeira vez que eu própria pesquisei na internet, chorei desalmadamente.

Em 2004 foram mais as semanas internada no hospital do que em casa.

A primeira vez que sai de um internamento, tomava 27 comprimidos por dia.

Recordo-me, em 2005, de assinar um documento a responsabilizar-me pela saída de um internamento para ir realizar uma frequência à faculdade.

Tive contacto com outros doentes e desisti daqueles que me diziam que nunca mais ir ter uma vida normal e muito menos conseguir ter filhos (nunca tinha pensado em tê-los, mas desde aí a vontade súbita surgiu como caspa no cabelo).

Ter lúpus não foi sempre fácil . Confesso até que o inicio foi tenebroso, doloroso e assustador.  "Será que é disto que vou morrer?", lembro-me, tantas vezes, de pensar.


Hoje, passados 17 anos, tenho uma vida cheia de coisas boas, até mesmo pelo facto de ter tido esta doença e não outra qualquer.

Hoje eu sei que a vida dá o que suportas e que consegues fazer tudo desde que te agarres ao lado bom de cada coisa, mesmo daquelas que são más!

Hoje só desejo que todos possam chegar até aqui, de sorriso no rosto, e se esta mensagem der algum alento a alguém, que esteja mal e triste, em consequência do lúpus, então já valeu a pena torná-la tão pública!


Mónica Sofia LOpes 

terça-feira, 3 de maio de 2022

...Dia Mundial da Liberdade de Imprensa...


Que nunca falte a voz, a tinta na caneta e o papel com letras "gordas".

Mas acima de tudo que nunca falte a vontade, o sorriso ao acordar e a liberdade.

(Portugal é agora o sétimo país onde existe maior liberdade de imprensa em todo o mundo)

Que privilégio!