sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

...Póvoa do Garção tem um dos mais antigos gaiteiros do país...


Foi na Festa de Natal do Centro Social de Ventosa do Bairro, no ano passado, que João Vila, mais conhecido por “Professor J”, “descobriu” o “Ti Fabiano”, um dos mais antigos gaiteiros de Portugal, que é natural da Póvoa do Garção, pertencente à antiga freguesia de Ventosa do Bairro. Sem poucos recursos económicos para viver, também a sua “gaita” se ressentiu e para ganhasse uma “nova vida” foi feito um apelo na rede social Facebook.
Há seis anos que ninguém sabia nada do gaiteiro Fabiano Pereira de Almeida Cruz, de oitenta e cinco anos, mas bastaram duas músicas para que João Vila tivesse interesse em saber quem ele era. A partir daqui seguiram-se contactos atrás de contactos: António Freire e Henrique Oliveira, da Associação Gaita-de-foles de Lisboa – que procuravam o “Ti Fabiano” há anos; Mário Correia, do Centro de Música Tradicional “Sons da Terra” – que grava gaiteiros de todo o país; José Alberto Sardinha, autor da “Origem do Fado” – e que se prepara para a edição de outro livro; e Tiago Pereira, criador do portal “A música portuguesa a gostar dela própria” – que no passado dia 5 de outubro organizou o festival de música para o Presidente da República.


E foi o mediático Tiago Pereira quem veio gravar o “Ti Fabiano”, numa sessão que decorreu nos Moinhos do Lograssol, na Vacariça. “Foi nesta altura que me apercebi que a gaita estava toda estragada”, declarou, ao Jornal da Mealhada, João Vila, que não descansou até resolver o problema. “Contactei Jorge Lira, músico do grupo ‘Vai de Roda’, que colabora na construção de réplicas de gaitas coimbrãs, que se prontificou a arranjar a do ‘Ti Fabiano’ gratuitamente”, acrescentou. O ato teve ainda a colaboração de Gonçalo Cuz, arquiteto, músico e construtor de gaitas de foles.
Faltava agora dinheiro para se comprar algumas peças, nomeadamente, um fole. “Fiz um apelo na rede social Facebook e numa semana conseguimos o que queríamos”, concluiu João Vila, que a par dos nomes já referidos, mas também do Grupo de Música Tradicional Portuguesa “Sabão Macaco”, de Nuno Salgado – muito ligado ao associativismo mealhadense – e da Associação Bairrada Solidária conseguiram dar novamente “vida” à gaita do “Ti Fabiano”. O instrumento foi entregue, no passado domingo, no estacionamento do restaurante “Octávio dos Leitões”, em Ventosa do Bairro.
O próximo passo passará pela gravação de um CD por parte dos “Sons da Terra”.

Reportagem de Mónica Sofia Lopes, publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, de 23 de dezembro de 2013.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

...mensagem de Natal....

O Natal deixa de fazer sentido quando, à nossa volta, sabemos que muitas pessoas estão a sofrer, seja porque motivo for...
Penso na Madalena, mãe do Rúben, que viu o filho partir aos onze anos (depois de uma vida pautada pela doença)... Quis a vida que partisse em vésperas de Natal....
Penso no meu avô Basílio que está doente deitado numa cama há vários dias...
Penso na minha amiga Cila, que está longe de Portugal....
Penso na Tixa, que está desempregada há mais de um ano....

Penso em tantas tantas pessoas... que chega a ser um contra senso desejar um Feliz Natal...

Um beijinho a todos, especialmente à minha familia, mãezinha e Nuno....

domingo, 22 de dezembro de 2013

...dar força à Madalena Costa, mãe do Ruben...

Fez o impossivel para que o Ruben pudesse sorrir até ao fim...
Continuaremos sempre solidários com esta mãe, que "nos" deu a conhecer uma força da natureza.
Obrigada por isso!

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

...População de Barcouço queixa-se “de mau cheiro” e abundância “de moscas”...



A população de Barcouço, Pisão, Cavaleiros, Grada, Adões e Sargento Mor está a “conviver”, em certos dias, com muito mau cheiro e uma grande abundância de moscas, que dizem ser provenientes da Estação de Tratamento de Resíduos, situada em Vil Matos, que funciona desde outubro de 2012. Agora os presidentes das Juntas de Freguesia das localidades afetadas (Barcouço e limítrofes) pretendem reunir com a administração da ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro, S.A. – para “analisarem” a situação. Contactado pelo Jornal da Mealhada, Alberto Santos, administrador da empresa, remete “para a direção do vento” o problema e garante “estar disponível para receber quem quiser visitar as instalações”.


“De vez em quando aparece este mau cheiro, que traz muitas moscas, mas nunca sei bem de onde vem”, declarou Manuel Rama, natural e residente em Barcouço. “Dizem que é da ERSUC, lá de baixo”, acrescentou outro popular que ia a passar naquele momento. Outro morador, da Quinta Branca, com quem falámos explicou que “o cheiro de manhã é muito intenso e piora quando o tempo está sereno”. “Com nevoeiro e chuva sente-se mais o cheiro. Às vezes não se pode estar em casa e dentro do carro é horrível”, disse ainda um morador de Grada, que acrescentou: “Já ouvi dizer que há um sistema que tira esses cheiros, mas que custa muito dinheiro”.
Opinião idêntica tem Salvador Baptista, residente em Barcouço, que declarou: “O taxista já me disse que o cheiro chega ao Carqueijo. Quando o vento vem de sul ou sudoeste é terrível”. O popular relembra que “aquando da construção da Estação de Tratamento, no meio de lugares, foi feita uma manifestação, desde a Câmara de Coimbra até ao Registo Civil, e que de Barcouço só lá estiveram duas ou três pessoas. Agora, olha, não podem queixar-se”.
Contactado pelo Jornal da Mealhada, Delfim Martins, antigo presidente da Junta de Freguesia de Barcouço, explica que, na altura da construção da estação de Vil de Matos, alguns autarcas “foram a Lisboa conhecer duas Estações de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, para nos mostrarem que não tinham cheiros”. “Eu contestei sempre a localização desta por ser numa área rural, dentro de aglomerados urbanos”, disse o antigo autarca, que ainda lamentou: “Julgo que muitos dos cheiros também provém do transporte dos resíduos”.
Também ao nosso jornal, Alberto Santos, administrador da ERSUC, explicou que “os resíduos produzem algum cheiro” por si só e que “em determinadas condições climatéricas, com vento, acontece a sua direção ser para Barcouço”.

Junta de Barcouço vai reunir com ERSUC

Neste momento, João Duarte, atual presidente da Junta de Barcouço, aguarda o agendamento de uma reunião com a ERSUC, “onde estará uma comissão (constituída por presidentes das Juntas de Freguesia ‘lesadas’ pelo problema) para entendermos o que se passa”. “Na criação da Estação não nos disseram que iria ser assim. As pessoas estão insatisfeitas com o cheiro e o aumento de moscas. É mau para a freguesia e para as freguesias vizinhas”, concluiu.
A Câmara Municipal da Mealhada é um dos accionistas (dos trinta e seis municípios que a constituem) da ERSUC, sendo que a Estação de Vil de Matos faz face ao tratamento de resíduos de vinte e dois. Este centro “é dotado de uma unidade de Tratamento Mecânico e Biológico (TMB) para tratamento dos resíduos sólidos urbanos indiferenciados, uma unidade de triagem automatizada para tratamento dos resíduos recicláveis provenientes da recolha seletiva, uma unidade de preparação de combustível derivado de resíduos para tratamento de parte do refugo da unidade TMB, uma unidade de valorização energética do biogás produzido na unidade TMB e um aterro sanitário de apoio”.

Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada de 27 de novembro de 2013.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

domingo, 1 de dezembro de 2013

...ir à Infância....



Ontem estive com um grande amigo de Infância. Não estarei a mentir se disser que foi o meu primeiro amigo porque conheci-o no dia em que nasci (as nossas mães eram melhores amigas)…

A vida separou-nos (ele e os pais foram viver para os Estados Unidos da América), mas sempre que vinham cá de férias, parece que eu e o Nuno nunca tínhamos estado meses ou anos sem nos ver…. Foi o que aconteceu ainda ontem…

O Nuno teve um percurso de vida muito diferente do meu… seguiu caminhos que, neste momento, “obrigam-no” a estar em Portugal e a tentar “fazer” uma vida! Tem um percurso muito difícil pela frente….

… mas estaremos cá todos…

Muita força!