terça-feira, 29 de março de 2016

...Cineteatro da Pampilhosa...



GIR aprova protocolo, com a Câmara da Mealhada, para conclusão das obras

A necessidade de mais de duzentos mil euros para término da obra do Cineteatro da Pampilhosa e a assinatura de protocolo entre a Câmara Municipal da Mealhada e o Grémio de Instrução e Recreio (GIR), proprietário do espaço cultural em questão, foram temas abordados na assembleia geral ordinária do GIR, realizada na tarde do passado sábado, dia 12 de março.
Há anos que o Cineteatro da Pampilhosa, encerrado desde a década de oitenta, vê as obras paradas por questões burocráticas, orçamentais e de incumprimento de prazos. Nos últimos anos, a Câmara da Mealhada já ajudou no processo, financeiramente, com quatrocentos e nove mil euros, contudo, a obra ainda não teve término.
O atual executivo da Câmara da Mealhada, liderado por Rui Marqueiro, manifestou preocupação com o assunto desde que tomou posse há mais de dois anos. E, por isso, a 6 de outubro, em comunicado de imprensa, anunciou que iria custear os trabalhos de requalificação. “Seis anos após o início da recuperação deste emblemático edifício e depois de várias complicações que surgiram durante o concurso público e já no decorrer da empreitada, a Câmara Municipal da Mealhada decidiu suportar os encargos financeiros necessários para que a obra seja concluída. O proprietário do espaço, o Grémio de Instrução e Recreio (GIR) da Pampilhosa, vai ver assim o ‘seu’ cineteatro reerguido, sendo que, como contrapartida, as duas entidades estão a elaborar um protocolo de cedência das instalações à Câmara Municipal. Uma forma de devolver aos munícipes um dos espaços culturais mais prestigiados do concelho”, lê-se no documento da altura.
Contudo a ajuda vinha “munida” de uma única condição: A elaboração de um protocolo entre a autarquia e o GIR que, por diversas tentativas por parte da Câmara, até ao passado sábado, ainda não tinha sido assinado pelo Grémio.
E Rui Marqueiro sempre foi perentório neste aspeto de “exigir” que o protocolo fosse oficializado para que o GIR possa receber os cento e cinquenta mil euros, estipulados no Orçamento da autarquia para este ano, que com mais oitenta que o Grémio tem que receber da Administração Central, poderá assim concluir a empreitada. Para a verba ser libertada “a Câmara terá que ter um protocolo com a direção do GIR, até porque caso contrário o Tribunal de Contas pode, e bem, vir questionar-nos sobre este montante”.
A assinatura do protocolo foi votada em assembleia geral do GIR, onde, segundo o Jornal da Mealhada pôde apurar, estiveram presentes treze sócios. Sete votaram a favor e seis contra.
Tentámos contactar o presidente da direção do GIR, José Luís Sequeira, mas, até ao fecho desta edição, não foi possível.

Noticia de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 967, de 16 de março de 2016.

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