domingo, 23 de agosto de 2015

..."Jornal da Mealhada: Tudo começou há 30 anos"…

Foi a 23 de agosto de 1985 que “nasceu” o número zero do quinzenário Jornal da Mealhada. A comemorar o seu trigésimo aniversário, o título vai na sua terceira série e já “viu” passar diversos diretores e sócios. Hoje pertence à Santa Casa da Misericórdia da Mealhada (depois de lhe ter sido feita uma doação), que não quis que o jornal impresso fosse extinto, passado meio ano de interregno. Pelos quase onze mil dias de história e todos os que por aqui passaram, dedicamos algumas páginas deste jornal a esta data, que diariamente, com algumas dificuldades, lutamos para que perdure.

Fernando Queirós foi o fundador

O número zero da primeira série do Quinzenário Jornal da Mealhada foi publicado a 23 de agosto de 1985 e tinha um custo de vinte escudos. Fernando Manuel Vitorino de Queirós (natural de Valongo e diretor do Correio do Douro) era o diretor e Joaquim Nogueira Coelho da Rocha era o chefe de redação. Nesta altura, a administração e propriedade do título era de F. Q. Correio do Douro, sendo que a partir da edição número um aparece Mário Oliveira, natural de Casal Comba, como subdiretor.
Foram publicadas doze edições que na sua essência gráfica tinham o cabeçalho vermelho e todo o jornal a preto e branco, alternando outras vezes com o jornal todo a preto e branco. A edição número onze, a última, é toda a azul e branco.
A série dois, apenas teve três edições (zero, um e dois) publicadas em janeiro, fevereiro e março de 1987, com um custo de vinte e cinco escudos cada exemplar. Mário Fernandes de Oliveira era o diretor e Augusto Mamede, também natural de Casal Comba, era o diretor adjunto. As edições foram todas a preto e branco.

JM foi pioneiro, a nível regional, em diversas publicações

A série número três, que perdura até hoje, começou com uma publicação datada de 1 de julho de 1987. Armindo Pega era diretor e Branquinho de Carvalho o diretor adjunto. Nesta altura foi criada a empresa JM – Jornal da Mealhada, Limitada, que tinha sede numa divisão de uma casa de habitação situada na Rua Dr. José Cerveira Lebre, no centro da Mealhada, na altura vila.
Os gerentes administradores e diretores da empresa, segundo publicação em Diário da República de 30 de junho de 1987, eram Branquinho de Carvalho, Armindo Duarte Pega, Abel Correia Godinho, António Martins, João Pega, Ermenegildo Oliveira, César Carvalheira, Jorge Canas, Manuel Santos, João Saraiva, Jerónimo Saraiva, Mário Saraiva, Guilherme Maia Nogueira, Ferraz da Silva, José Felgueiras, Edmundo Carvalho, João Matos Oliveira, Fernando Pereira, Augusto Dias e Nuno Salgado.
Desde então teve vários diretores: Armindo Pega (já falecido) e que foi substituído, aquando do seu falecimento, durante alguns números por Branquinho de Carvalho; Augusto Manuel Dias (natural da Pampilhosa); Ferraz da Silva (natural do Luso); Abílio Duarte Simões (já falecido); Manuel Santos (já falecido); e Nuno Castela Canilho (natural de Sernadelo).
Nesta empresa e na direção de Nuno Castela Canilho, até dezembro de 2011, foram feitas outras publicações para além do semanário Jornal da Mealhada e introduzidas algumas inovações, como por exemplo, o Concurso de Escolas de Samba Jornal da Mealhada, que teve inicio em 2005, facto que contribuiu para a criação, em 2011 da “Revista Abre Alas”, um suplemento de auxilio ao Carnaval Luso Brasileiro da Bairrada, e que dura até hoje.
A revista de divulgação histórica e cultural, denominada VIA, foi publicada apenas uma vez, em maio de 2009, e teve como tema a prisão de Álvaro Cunhal, no Luso, em 25 de março de 1949. No mesmo mês e ano “inaugurou-se” a publicação do quinzenário Frontal, com incidência nos concelhos de Mortágua e Penacova. Até novembro de 2011 foram publicados cinquenta e oito números (do zero ao cinquenta e sete).
Houve ainda a introdução do sítio na internet www.jornaldamealhada.com, a 28 de junho de 2006, seguindo-se a criação de uma página oficial na rede social Facebook.
No final de 2011, a empresa JM – Jornal da Mealhada, Limitada, suspende a publicação impressa do semanário Jornal da Mealhada e fica, durante meio ano, apenas com a ferramenta online.

Misericórdia da Mealhada “abraçou” título há três anos

Em julho de 2012, a JM – Jornal da Mealhada, Lda., doa os títulos de comunicação -Jornal da Mealhada, Frontal e VIA - à Santa Casa da Misericórdia da Mealhada.
O agora quinzenário Jornal da Mealhada, que dura até hoje, contou com dois diretores: Nuno Castela Canilho (cerca de meio ano) e Braga da Cruz (desde dezembro de 2012 até hoje).
No ano de 2013, e na direção de Braga da Cruz, o Jornal da Mealhada, estabeleceu uma parceria com a Rádio Clube da Pampilhosa (RCPfm), onde quinzenalmente, na quarta-feira em que o JM está nas bancas, os jornalistas do JM fazem um direto na rádio, destacando os princípios títulos da edição dessa quinzena.
Numa parceria, que julgamos inovadora no nosso meio regional, com o canal de conteúdos online BairradaTV, foi criada a Síntese Informativa da Mealhada, um programa quinzenal, que destaca as principais noticias de cada quinzena com imagens em vídeo (feitas pelos repórteres de imagem da BairradaTV) e apresentação a cargo dos jornalistas do Jornal da Mealhada.
Em 2013 e 2015 foi também publicada a Revista Abre Alas.

O Jornal da Mealhada é dos mealhadenses!

Com as dificuldades inerentes aos meios técnicos e humanos, que batem certo com a crise que se faz sentir no país, na Europa e em todo o mundo, tentamos, diariamente (no sitio da internet) e quinzenalmente (na edição impressa), levar-lhe o que de melhor (e muitas vezes, o pior também) acontece no concelho da Mealhada.
A certeza é só uma: O Jornal da Mealhada é dos mealhadenses! Dos que estão cá e dos que vivem a milhares de quilómetros da “nossa” redação.


Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 952, de 19 de agosto de 2015.

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