sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

...Estacionamentos em rua pedonal na Mealhada “estudados” pela autarquia....

O executivo da Câmara Municipal da Mealhada deliberou, na reunião pública de 1 de dezembro, apresentar, aos respetivos proprietários, as soluções encontradas para os estacionamentos de três estabelecimentos comerciais, que sofrem alterações de acesso com a obra de requalificação do centro da cidade. A empreitada está, neste momento, parada.
Tornar uma das principais ruas da Mealhada, como é o caso da Doutor José Cerveira Lebre, pedonal, traz sempre alguns constrangimentos, nomeadamente, quando lá se situam uma farmácia (a Miranda) e o Posto de Correios, que até então tinham dois estacionamentos disponíveis à porta. Mas os técnicos dos serviços da Câmara “estudaram” o assunto e arranjaram soluções, que aguardam o “aval” dos proprietários, depois de lhes serem apresentadas.
No caso da Farmácia Miranda, os dois lugares poderão situar-se na Rua Armindo Pega (por trás do Tribunal), dois lugares na Rua Cerveira Lebre (em zona que não está pedonal) ou ainda dois lugares na Rua Maria Luísa (na lateral dos CTT). Já no caso do Posto de Correios, que até à rua se tornar pedonal, tinha dois lugares de estacionamentos na Cerveira Lebre, que agora se “mudaram” para a Rua Maria Luísa, esta solução parece satisfazer os responsáveis.
Há ainda o caso da Farmácia Brandão, que faz esquina entre as Ruas Eduardo Alves de Matos e a Doutor Costa Simões, que também tem dois lugares de estacionamento à porta que “terão que desaparecer”. A solução passa por dois lugares nos estacionamentos junto aos estabelecimentos “O Portão” ou “Metinha” ou ainda na rua por trás do Tribunal.
José Calhoa, vereador na Câmara da Mealhada eleito pelo Partido Socialista, começou por dizer: “Enquanto cidadão e com uma filha asmática, entendo que o estacionamento reservado às farmácias deve ser o mais próximo possível. Às farmácias vai-se por necessidade e não por gosto…”.
Também Gonçalo Louzada, da coligação “Juntos pelo Concelho da Mealhada”, lamentou as soluções, defendendo que “há pessoas, com mobilidade muito condicionada, que acredito que seja complicado deixar o carro longe”.
Arminda Martins, vereadora na autarquia responsável pelos pelouros das Obras e Empreitadas, lembrou que este projeto vem de um outro executivo, “ao qual me insurgi contra algumas situações arquitetónicas”. “Neste executivo tivemos o cuidado de falar com os comerciantes, sendo certo que a lógica da obra era a de pedonalizar a rua e acabar com o tráfego de veículos”, acrescentou a autarca, destacando as únicas exceções, que são as previstas na lei: “Ambulâncias, veículos da Guarda Nacional republicana e transportes de cargas e descargas”.
E para Rui Marqueiro, presidente da autarquia, deve manter-se assim: “É que a seguir aos pedidos de lugares da farmácia, vão vir todos os outros comerciantes pedir o mesmo”. José Seabra Pereira, da coligação “Juntos pelo Concelho da Mealhada”, lamenta a comparação: “Não considero todos os estabelecimentos iguais. Para mim, a saúde pública está em primeiro lugar”.
O projeto prevê também que a Rua Eduardo Alves de Matos (por trás da “Esplanada”) seja pedonal. “Contudo, não vamos iniciar esta obra, sem que o ‘novo’ edifício da autarquia esteja pronto”, explicou Arminda Martins, que ainda garantiu que “a Praça de Táxis (no fim da Rua Cerveira Lebre) se manterá no mesmo local” e que “serão implementadas novas instalações sanitárias, no Jardim Municipal, preparadas para pessoas com dificuldades motoras”.


Noticia de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 934, de 10 de dezembro de 2014.

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