segunda-feira, 30 de junho de 2014

...Milhares de visitantes reforçam o desejo de Marqueiro de aumentar o certame...



O balanço da XVI Feira de Artesanato, Agricultura e Gastronomia da Mealhada, que decorreu de 7 a 14 de junho, não podia ser mais positivo. O certame contou com dezenas de milhares de visitantes e o recinto da feira, que este ano era o dobro, chegou a encher vários dias, sobretudo nas noites de sexta e sábado e no feriado de 10 de junho, com a emissão em direto do programa televisivo “Somos Portugal”. Uma edição que fica marcada por um crescimento de qualidade, por uma boa organização, por ter mais de uma centena de expositores, pela representação dos novos setores da agricultura, pecuária e empresarial, pelo cartaz, pela passagem do “Somos Portugal” no recinto e, sobretudo, pela adesão do público. “Correu muito bem! Para o ano vai ser melhor, ainda vai crescer mais”, avançou o presidente da autarquia, Rui Marqueiro.
O espaço era bem maior do que o do ano passado e ia das Piscinas Municipais à Escola Profissional da Mealhada. Isto, porque o número de expositores também aumentou, para mais de uma centena, e passou a haver representação de outras atividades para além do artesanato e da gastronomia no certame, tais como, a agricultura, a pecuária e o setor empresarial. “O que pretendemos é promover o concelho, as suas maravilhas e o setor económico”, sintetizou o edil, acrescentando: “A agricultura já está muito bem representada e a pecuária também tem uma pequena representação. Já apostámos também no setor empresarial, mas este foi o primeiro ano. Para o ano, esperamos crescer ainda mais”, sublinhou Rui Marqueiro.

Público “procura” gastronomia e animação

Os ingredientes base mantiveram-se: artesanato, sabores da região, provas de vinho e um cartaz apelativo. Quem visitou o certame encontrou mais expositores, com os artesãos a mostrarem a sua arte, ao vivo e a cores. Desde esculturas em barro e em madeira, à tapeçaria, à cestaria, aos bordados, ao calçado, à tecelagem, muito se pôde ver. Algumas artesãs “queixaram-se”, contudo, da crise que sente quem as visita. Conceição Costa, da Mealhada, que participa no certame desde 2003, garante: “Não há dinheiro para este tipo de compras. As pessoas que antigamente, mesmo que não comprassem entravam no stand e viam a feitura das obras, agora olham ali da estrada….”.
Madalena Novo, proprietária do stand dos “Bordados de Castelo Branco”, esteve na Feira da Mealhada pela terceira vez. “Gostei muito do primeiro ano que participei. O certame realizava-se no centro da cidade. Foi melhor que o do ano passado e, por este andar, o do ano passado será melhor que o deste”, lamenta a artesã, que, contudo, garante: “Neste lado, vêm muito mais pessoas, que se interessam pela animação e gastronomia e não tanto por artesanato”.

Filas para jantar foram “o prato do dia”

Os cheiros e os sabores também foram os tradicionais: dos negalhos à chanfana, passando pelo leite-creme e o arroz-doce, muito se saboreou nas habituais tasquinhas de gastronomia que, este ano, também tiveram leitão. As filas para jantar demonstraram o quão concorrido esteve o certame. E o público gostou. “Acho que este foi o melhor ano do certame, em termos de assistência e de qualidade”, disse-nos Miguel Oliveira, natural da Mealhada, que referenciou a “Tasquinha de Barcouço”. “Comi lá uma picanha muito boa!”, elogiou. Também António Vieira, da Vacariça, garantiu “nunca ter visto tanta gente no certame”. “É muito melhor aqui do que no Jardim Municipal”, afirma.
O leitão pôde também ser apreciado num restaurante do projeto 4 Maravilhas, o Octávio dos Leitões, que marcou presença no certame. Ao nosso jornal, João Paulo Ramalho, gerente do restaurante, faz um “balanço positivo”. “Julgo que este mesmo evento deverá ser feito também em outubro ou novembro, para se rentabilizar ainda mais as ‘Maravilhas da Mealhada’”, explica.
Já o stand das “4 Maravilhas da Mesa da Mealhada”, que deu a conhecer aos visitantes os produtos gastronómicos de excelência do concelho – a água do Luso, o pão da Mealhada, o vinho e os espumantes dos produtores e, claro, o leitão – foi dos mais concorridos.

José Cid, “Somos Portugal” e Berg levaram enchente ao recinto

“A animação foi responsável pelas enchentes que o recinto teve à noite. E se a noites da semana foram mais tranquilas, sendo possível as pessoas movimentarem-se no espaço sem grandes percalços, nas noites do fim-de-semana o público não deu tréguas e o recinto ficou repleto de gente. Foi o que aconteceu no sábado de inauguração, com José Cid, nas noites de Ruizinho de Portugal e Banda Red e, sobretudo, na noite de Berg, sábado, 14 de junho. Mais mesmo, só no Dia de Portugal. O feriado de 10 de junho contou com milhares de pessoas no certame, que não quiseram perder a Festa das 4 Maravilhas, que o programa ‘Somos Portugal’, da TVI, realizou, em direto do recinto. Um programa com mais de um milhão de telespetadores, apresentado por Nuno Eiró e Iva Domingues, que contou com a presença de artistas como José Malhoa, Rosinha de Portugal e Minhotos Marotos”, lê-se num comunicado de imprensa da autarquia.
Certo é que o espaço pareceu pequeno para tanta gente e, sem qualquer dúvida, a adesão do público marcou esta edição da feira. “Esta edição correu muito, muito bem. Mas para o ano a feira vai mudar, vai crescer ainda mais”, frisou Marqueiro, não querendo, contudo, revelar pormenores sobre uma possível alteração do formato do evento. “Está no segredo dos Deuses”, concluiu.

A galeria de vídeos do rescaldo do evento, onde também foi gravada a Síntese Informativa da Mealhada, número 26, pode ser vista em http://www.bairradatv.com/

Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 922, de 25 de junho de 2014.

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