segunda-feira, 27 de outubro de 2014

...Bombeiros da Mealhada em formação para auto salvamento...

Dez elementos do corpo ativo da Equipa de Intervenção Rápida da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Mealhada, onde se incluiu o comandante Nuno João, estiveram numa formação em Valongo, dada pelos técnicos da Escola Portuguesa de Salvamento, nos dias 4 e 5 de outubro. Se quando se “formam” bombeiros aprendem a salvar, desta vez, os ensinamentos incidiram no auto salvamento.
A formação, dada por empresas privadas em Portugal, é importada dos Estados Unidos da América. “Pretende fundamentalmente dotar os bombeiros de manobras para que eles próprios se passem a salvar em situações mais difíceis”, explicou, ao Jornal da Mealhada, Nuno João, comandante dos Bombeiros da Mealhada, sobre a formação que se desenvolveu num teatro de operação em incêndios urbanos / industriais e incidiu também no “salvamento de vítimas pela fachada de edifícios”.
“Na Escola de Bombeiros, a maior parte destes procedimentos não são dados”, acrescenta Nuno João, que elogia a forma como a “mega aula”, praticamente toda ela prática, foi dada aos bombeiros. “Estas manobras de auto salvamento são feitas com materiais que normalmente todas as corporações têm nas suas viaturas. Torna tudo ainda mais real e possível! Por outro lado, o convívio e cumplicidade que se cria entre os bombeiros da mesma corporação é extremamente positivo”, explica o comandante dos Bombeiros da Mealhada.
Mas dos cinquenta e oito bombeiros existentes no quartel, apenas dez fizeram parte deste fim-de-semana formativo. “Cada formando tem que pagar setenta euros e fica a seu cargo também todas as despesas inerentes a dois dias longe de casa. Sem a ajuda financeira da direção desta corporação não tinha conseguido levar dez bombeiros. Fica muito caro!”, garante Nuno João.
Carlos Melo, bombeiro na Mealhada há cinco anos, foi um dos elementos da corporação que esteve presente na formação. “Foi bastante útil e ensinou-nos a resolver muitas situações básicas com ferramentas simples. Sinto-me mais seguro depois desta formação”, explicou o jovem.

Bombeiros da Mealhada, Pampilhosa e Anadia “trabalharam” em conjunto

O Jornal da Mealhada aproveitou a oportunidade para fazer um balanço do trabalho, nos últimos meses, na corporação dos Bombeiros Voluntários da Mealhada. “Foi um verão muito calmo e de maior relevo houve o facto de termos participado em três grupos de reforços em incêndios no distrito de Viseu”, explicou o comandante Nuno João, que garante que “no concelho da Mealhada houve poucas ocorrências”.
Mas mesmo em minoria “conseguiram” testar o “acionamento da triangulação dos Bombeiros, no caso da Mealhada com as corporações da Pampilhosa e Anadia”. “Na prática isto representa que, em caso de urgência, a Autoridade Nacional de Proteção Civil, no distrito de Aveiro, aciona as três corporações, para que a primeira intervenção seja muito mais dominada no imediato. Este ano funcionou em pleno”, explicou Nuno João, sobre esta “nova” experiência, que já existia, “mas não estava bem implementada”.

Fanfarra da corporação da Mealhada de regresso em breve


Outra novidade dos Bombeiros Voluntários da Mealhada é a “ativação” da Fanfarra da corporação, parada há alguns anos. “Estamos a tentar fazê-la renascer e já este ano fizemos algumas coisas”, garantiu Nuno João, explicando que “alguns bombeiros têm conhecimentos musicais e vão transmitindo aos colegas”.

Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 930, de 15 de outubro de 2014.

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