quinta-feira, 19 de setembro de 2013

...Assembleia Municipal “despediu-se” de Cabral com discursos emotivos...

A ultima Assembleia Municipal da Mealhada antes das eleições autárquicas, e de fim de mandato para deputados deste órgão e elementos do executivo camarário e das Juntas de Freguesia, realizou-se na noite da passada sexta-feira, e ficou marcada pela ausência de um grande numero de deputados, na sua maioria do Partido Socialista, bem como por palavras de despedida a Carlos Cabral, atual presidente da autarquia, “por 34 anos dedicados ao Município da Mealhada”. Aprovada, por maioria, foi a sugestão de ser dada, numa próxima Assembleia Municipal, uma Medalha de Mérito a Carlos Cabral.
Foi Emídio Santos, antigo presidente da Câmara da Mealhada e atual deputado na Assembleia Municipal pelo Partido Social Democrata, quem “inaugurou” os discursos elogiosos feitos a Carlos Cabral. “Quero dar os parabéns ao senhor presidente, pela paciência e coragem, de todos estes anos dedicados ao Município. Que Deus lhe pague tudo o que fez”.
Também Carlos Rodrigues, da bancada do Partido Socialista, afirmou: “O senhor presidente vai deixar saudades. Obrigada, Carlos Cabral!”.
“Trinta e quatro anos é muito tempo e sei que Carlos Cabral vai sentir falta da sua segunda casa, até porque a maioria das pessoas tem um carinho por si. Foi um grande autarca e este concelho deve-lhe muito!”, declarou Jacinto Silva, deputado eleito pelo PSD, que garantiu: “Se eu for eleito presidente da Assembleia Municipal da Mealhada – pela coligação “Juntos pelo Concelho da Mealhada” - para o próximo mandato, vou sugerir uma homenagem a Carlos Cabral com Medalha de Mérito”, – que na mesma assembleia acabou por ser subscrita pelo presidente da Assembleia Municipal e aprovada por maioria com a abstenção de Pedro Duarte, da bancada do PSD. A pedido de Jacinto Silva foi dedicada uma salva de palmas ao presidente e atuais vereadores da Câmara da Mealhada.
Delfim Martins, presidente da Junta de Freguesia de Barcouço, depois de referir que, por motivos profissionais, vai deixar a vida autárquica, dirigindo-se ao edil, apelou: “Continue por cá porque precisamos de si!”.
Filomena Pinheiro, que esteve no executivo municipal catorze anos e que nas próximas eleições não faz parte de nenhuma lista, fez um balanço de todo o percurso. “Deixámos investimento e uma estratégia bem definida. Ao próximo executivo desejo sucesso para que continue os objetivos que nós semeamos”, afirmou a atual vice-presidente da autarquia, que agradeceu “a todos os autarcas, à população e em especial ao senhor presidente”. “Ensinou-me o espírito de missão e a olhar as pessoas. Cresci muito com ele!”, continuou a autarca, que ainda garantiu: “Acredito que os próximos podem ser muito responsáveis e competentes, mas não serão mais que nós. Saio com o sentimento do dever cumprido”.
Depois de ouvir todos os discursos foi dada a palavra a Carlos Cabral, que começou por dizer não lhe ter custado nada ser autarca trinta e quatro anos. “Seria hipócrita se dissesse que não me importo de ir embora, até porque já estou com saudades disto! Todos estes anos, diariamente, faço um exame de consciência do que fiz pela população da Mealhada e garanto-vos que me deitei sempre descansado”, declarou o edil, que ainda garantiu: “Nos vinte e três dias que faltam para eu sair, continuarei sempre a fazer o melhor pelo povo do meu concelho!”.
Agradecendo as palavras dos deputados, Carlos Cabral remeteu o mérito para “um trabalho de equipa” que sempre houve na Câmara e prometeu “continuar a estar atento”. “Se calhar farei de público em futuras Assembleias Municipais”, continuou o autarca, que terminou o discurso pedindo “desculpa se alguma vez fui menos compreensivo”.

Falta de deputados à última reunião, antes das eleições, alvo de criticas

O desagrado pela falta de deputados na ultima Assembleia Municipal antes das eleições, tinha sido manifestada por Jorge Carvalho - que substituiu, na reunião, Homero Serra, presidente da Junta do Luso -, no período antes da ordem do dia, mas foi Jacinto Silva quem mais criticou: “É reprovável que os elementos desta assembleia tenham trocado a despedida de um homem, que teve trinta e quatro anos ao serviço do Município, por um programa de rádio. Hoje, os elementos que faltaram estão só a pensar nas próximas eleições e não nas gerações futuras!”.
Também Delfim Martins, presidente da Junta de Barcouço, declarou: “Não concordo com o que o meu partido fez hoje nesta assembleia”.
Para Miguel Felgueiras, presidente da Assembleia Municipal da Mealhada, a “não presença de muito deputados representa falta de respeito para com este órgão”. Garantindo que foram sugeridas três datas para esta assembleia, em meados de julho, e que ficou estipulado que o melhor dia seria o de 6 de Setembro para que “os autarcas que são canddiatos pudessem ter mais tempo para a campanha até às eleições”, Miguel Felgueiras também “se despediu da assembleia”, explicando que “recusou o convite do PS para continuar” e concluiu: “Andarei por ai. Farei a minha militância cívica”.

Voto de louvor a funcionários municipais

Miguel Felgueiras quis ainda que fosse feito um voto de louvor aos trabalhadores da Câmara da Mealhada que dão apoio às Assembleias Municipais, nomeadamente, Ana Cerveira, Laçalete Godinho, Jorge, José Melo, Rodrigo Cruz, Rui Melo e muitos outros. O voto foi aprovado por unanimidade.

“Câmara da Mealhada terá uma situação financeira confortável nos próximos anos”

Antes da reunião terminar, Filomena Pinheiro tornou público “o facto de todas as obras que estão em curso, neste momento, terem garantias de financiamento. Em final de mandato fizemos candidaturas e lutámos por elas. O próximo executivo irá receber oitenta e cinco por cento do valor das obras em curso”. “A Câmara da Mealhada terá uma situação financeira muito confortável nos próximos anos”, garantiu.

Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada no quinzenário Jornal da Mealhada de 11 de setembro de 2013.

1 comentário:

Anónimo disse...

Um GRANDE Presidente!
Como eu gostaria de o ter no meu concelho, vosso vizinho!
Dizem que é uma terra muito rica, até tem ouro e praia, mas está afundado em dívidas, devido à má governação ao longo de vários anos de autarcas daquele partido que está a destruir o País!
Aqui no meu "rico" concelho, não temos cinema, não temos uma sala de espectáculos, as aldeias estão
desprezadas, aqui a cultura não existe. Ainda bem que estou perto da Mealhada!
Ah! mas já me esquecia, temos o Toni Carreira todos os anos!!!