quinta-feira, 11 de outubro de 2012

...Pampilhosa...



Ilustrador científico tem obra reconhecida nos Estados Unidos da América

Fernando Correia, bió-logo – mestre em Ecologia Animal –, ilustrador científico e designer, resi-dente na Pampilhosa, é um dos oitenta e três ilustradores científicos, a nível mundial, que tem obra exposta no Museu Estatal de Nova Iorque, até ao próximo dia 7 de Setembro.
Desde 1991 que Fernando Correia, resi-dente na Pampilhosa,  está inscrito na Guild of Natural Science Ilustrators (GNSI). Todos os anos pode enviar dois trabalhos, que seleccionados são expostos num congresso, a nível mundial. “Desde que estou inscrito, apenas houve um ano em que não fui seleccionado”, afirmou Fernando Correia. O biólogo e ilustrador científico acrescentou: “Também já escrevi muitas vezes para a newsletter do GNSI. É como se fosse um correspondente deles em Portugal”.
Neste momento, Fernando Correia tem um dos seus trabalhos exposto no Museu Estatal de Nova Iorque, intitulada Sus Scrofa (Javali). A exposição começou a 17 de Abril e terminará em 7 de Setembro. “A obra que está exposta neste museu é a composição de um javali. É uma imagem que vai ser lançada, em breve, numa obra com o professor Carlos Fonseca, da Universidade de Aveiro. Na passada sexta-feira soube que esta obra tinha sido seleccionada para ficar exposta neste museu, mas não vai poder ser adquirida, ou seja, não foi seleccionada para a comprarem”, disse o ilustrador.
Também em 2004, o ilustrador fez um trabalho para a National Geographic, que foi um crânio do Rato-cabrera ou Microtus cabrera e que recebeu o prémio FON VIII, da Focus on Nature. “Faço parte também da Associação Europeia de Ilustradores Médicos e Científicos. Está em exposição, em Itália, um trabalho meu. Trata-se de uma ilustração do desenvolvimento embrionário da charrela ou perdix perdix. Está no  Museo di Palazzo Poggi, em Bolonha. Esta obra foi usada pelo principal orador, na abertura da exposição, a professora Marinella Pigozzi, que referiu que o detalhe minucioso  que consegui imprimir às penas das aves que desenhei, faziam lembrar algumas obras de Ticiano, que é um dos mais conceituados pintores italianos do Renascimento”, explicou Fernando Correia.
Além das duas exposições que, presentemente, mantém em Portugal, com cerca de quinze quadros em cada - uma na Quinta da Cerca, em Nelas, e outra no Centro de Interpretação da Serra da Estrela, em Seia -, das duas exposições internacionais, Fernando Correia, no mês passado, submeteu mais uma obra sua à grande exposição internacional 2008 GNSI MEMBER’S EXHIBIT, que se realiza todos os anos, em simultâneo com a 2008 National GNSI Conference. Esta expoição, este ano, realiza-se em Ithaca, em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América. “Como o prazo de entrada/submissão das obras só terminou a 21 de Março, o júri da exposição ainda não reuniu para efectuar a escolha das obras. Por este motivo ainda não sei se este ano também fui seleccionado, tal como aconteceu em todos os anos, desde 1995, com excepção de dois anos”, referiu Fernando Correia. O ilustrador  concluiu: “Este ano, para esta exposição internacional, concorri com uma obra sobre a anatomia – interna e externa do macho e da fêmea - de um dos tubarões da nossa costa - tubarão-anequim/Isurus oxyrinchu. Foi uma obra que fiz para o Museu do Mar Rei D. Carlos I, em Cascais, que será publicada muito em breve, e na qual deposito grande esperança”.
Para os leitores que quiserem conhecer um pouco mais do trabalho do biólogo e ilustrador cientifico, Fernando Correia, podem consultar o sítio na Internet em www.efecorreia-artstudio.com.

                                                          Mónica Sofia Lopes

Trabalho publicado no Jornal da Mealhada de 23 de abril de 2008.

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