quarta-feira, 16 de setembro de 2015

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Maria Beatriz nasceu junto ao Cineteatro Messias

Quinta-feira, dia 10 de setembro, cerca das 21h 30m, quem passou junto ao Cineteatro Messias, na cidade da Mealhada, dificilmente imaginaria que dentro de uma ambulância, estacionada na berma da estrada, estaria a nascer a Maria Beatriz. As bombeiras da corporação da Mealhada, que assistiram o parto de uma mulher, residente no Travasso, confessaram ao nosso jornal a emoção e nervosismo que sentiram nesta noite de trabalho, que em nada foi igual às outras.
“Eram 21h 08m quando o CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes) acionou a nossa corporação para irmos ao Travasso (concretamente ao Alto da Gaia) dar assistência a uma grávida de termo, com quarenta semanas e rutura do saco”, começou por contar Nuno João, comandante dos Bombeiros Voluntários da Mealhada, acrescentando: “Quando as bombeiras lá chegaram as contrações já estavam muito próximas e tivemos que acionar a VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação)”.
“Na viagem do Travasso até à Mealhada, as contrações começaram de quatro em quatro minutos e de repente não tive tempo para mais nada que não fosse pegar no ‘Kit Parto’ (existente em todas as ambulâncias) e vestir a bata. Quando coloquei as mãos já a bebé estava cá fora. Eram 21h 32m…”, conta, emocionada, Daniela Silva, de trinta e três anos e Bombeira de Segunda na corporação da Mealhada, onde está há sete.
A colega, Ana Oliveira, de vinte e dois anos e Bombeira na Mealhada há quatro, não esquece o momento do parto e o que se seguiu: “Fomos nós que cortámos o cordão umbilical…”.
Um parto bem sucedido e uma viagem tranquila até à Maternidade com a bebé, de 2.910 quilogramas, “a chuchar no dedo”. “Quando lá chegámos, tínhamos uma equipa à nossa espera e deixaram-nos assistir a tudo. Foi um momento de alegria para todos!”, afirma Ana Oliveira, Comandante de Terceira.
Daniela Silva vê nesta história “um agradecimento aos maus bocados que por vezes se tem em ser-se bombeiro”. “Nenhuma de nós é mãe e isto foi uma experiência única. Há um misto de nervosismo e alegria”, confessa.
“Mesmo que haja outro caso, esta bebé foi sempre a primeira!”, enaltece Ana Oliveira.

Uma história que, segundo o comandante dos Bombeiros da Mealhada, “não acontecia há bastante tempo na corporação”. “Estamos todos contentes no quartel com este nascimento e, por outro lado, mostra que estamos operacionais”, concluiu Nuno João.

Noticia de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 954, de 16 de setembro de 2015.

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