segunda-feira, 25 de agosto de 2014

....Passados 8 meses a presidir Fundação Bussaco, Fernando Correia renuncia cargo...



Alegando “motivos pessoais”, Fernando Correia renunciou o cargo de presidente da Fundação Mata do Bussaco, no passado dia 11 de agosto. Apesar de Rui Marqueiro, presidente da Câmara Municipal da Mealhada, prever, há quatro, cinco dias, que isto pudesse acontecer, a “surpresa” faz com que ainda não tenha ninguém para o “substituir”, “problema” que tenciona resolver “ainda em agosto”.
Fernando Correia – Biólogo, Mestre em Ecologia Animal e residente na Pampilhosa há cerca de quinze anos - oficializou a sua decisão no dia 11 de agosto, segundo o Jornal da Mealhada pode apurar, alertando o presidente da autarquia e reunindo todos os funcionários da Fundação Bussaco. Terá sido aliás esse o motivo que levou a que Marqueiro não estivesse presente na reunião pública da autarquia na manhã dessa segunda-feira.
No dia seguinte, o edil informou o Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, e todas as entidades ligadas à Fundação Mata do Bussaco, para a atual situação. O passo seguinte é “pensar-se” numa nomeação, que, “neste momento, não existe, mas daqui a duas horas, por exemplo, já pode estar pensada”. “Tenho que convocar o executivo para analisarmos a situação. Qualquer nome que eu nomeie, tem que ser aprovado em reunião”, explicou Rui Marqueiro.
Aliás, foi precisamente desta forma que Fernando Correia foi nomeado presidente da Fundação Bussaco, após aprovação, por unanimidade, em reunião camarária, em dezembro de 2013. A 2 de janeiro de 2014 iniciou funções, após tomar posse. Agora, passados oito meses, renuncia o cargo, tão elogiado por Marqueiro, aquando da nomeação: “Estamos a falar de um professor universitário, com um excelente currículo académico e que conhece, profundamente a Mata Nacional do Bussaco. Não vejo ninguém melhor para ocupar este cargo”.
E Fernando Correia, na altura, agradeceu: “O desafio lançado pelo atual executivo afigura-se assaz interessante e motivador e o qual, na qualidade de biólogo e docente da Universidade de Aveiro, bem como munícipe do concelho que procura ser localmente interventivo e proativo, muito me honra”. “Aliás no livro que fiz sobre a Mealhada, editado pouco atrás com chancela do Município da Mealhada, dediquei um capítulo a esta singular maravilha implantada no nosso concelho. Quem me conhece e sabe do meu percurso profissional e académico, como é o caso do doutor Rui Marqueiro, sabe que me esforço o possível e o impossível em todos os projetos que aceito, desenvolvo e/ou coordeno. Penso que foram essas qualidades que, a par com as competências e experiências por mim demonstradas, estiveram na base das motivações para este convite e escolha”, acrescentou.
Sobre as expectativas que tinha, Fernando Correia declarou: “A posição que sempre procurei adoptar foi a de compromisso e esse modelo será o que procurarei implantar, sempre que possível, na gestão que agora se iniciará. Obviamente que terei que tomar conhecimento, mais aprofundado, de todos os projetos já implementados ou em curso. Ideias e projetos, felizmente, existem muitas”. “Teremos que estudar se essas minhas perspectivas, dinâmicas e sinergias que equacionei são ou não exequíveis no momento e no espaço. Para tudo existe um momento oportuno e/ou oportunidade. Seja como for a ideia base é, como não poderia deixar de ser, trabalharmos em uníssono - Fundação, Município, Estado e habitantes do concelho - para tornar a Mata ainda mais visível no panorama nacional e internacional, seja no contexto científico ou artístico, cultural ou religioso e/ou turístico, promovendo simultaneamente a sustentabilidade, a vários níveis (económico, ambiental e outros) deste espaço que é único”.
Tentámos, por diversas formas, entrar em contacto com Fernando Correia, mas até ao fecho da edição, não o conseguimos. Contudo, em declarações ao Diário de Coimbra (noticia publicada a 14 de agosto), Fernando Correia alega divergências entre a sua estratégia e o esperado pela Câmara da Mealhada.

Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Melahada, número 926, de 20 de agosto de 2014.

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