quarta-feira, 24 de abril de 2013

...Santa Casa da Mealhada transita de ano com um milhão de euros positivos...



Eficiência nos consumos de matérias primas e subsidiárias, aumento da faturação do Hospital face ao orçamentado e gestão cuidada dos gastos com pessoal são os principais motivos para que a Santa Casa da Misericórdia da Mealhada tenha transitado de ano com um resultado positivo acima de um milhão de euros. A “boa nova” foi dada a conhecer aos “irmãos” na reunião de assembleia geral, que se realizou na manhã do passado dia 7 de abril, onde foi discutido e aprovado, por unanimidade, o relatório de contas referentes ao ano de 2012.
“Devemos estar todos orgulhosos pelo momento que a instituição vive. O relatório de contas é esclarecedor e deve-se a uma equipa perfeita. Esta gestão é muito cuidada, tem muita dedicação e só assim se consegue levar uma instituição destas para a frente. Vivemos um momento feliz porque conciliámos aquilo em que acreditámos e todos os nossos funcionários acreditaram em nós”, começou por dizer João Peres, provedor da SCMM, que acrescentou: “Há seis anos a instituição estava num momento de falência, hoje estamos estabilizados e o futuro indica que estamos bem financeiramente. Quando Deus ajuda e o homem quer, a obra aparece! O concelho e a região podem contar connosco”.
“Os resultados são bons, mas relembro que um milhão de euros para quem tem um orçamento de milhões e com créditos na banca, não é bom, nem é mau. É o que tem que ser”, declarou Bruno Peres, gestor da instituição, que acrescentou: “Não nos podemos esquecer que daqui a dois, três anos temos que fazer investimento em novos equipamentos e é importante criar estas reservas. Basta que o Estado não nos pague dois ou três meses para que tenhamos que ir às reservas”.
“Na área dos Idosos continuou-se o esforço de contenção e otimização de recursos e os resultados cifraram-se em 40.210 euros. Este valor é bastante positivo na medida em que se esperava que esta área de atividade apresentasse um resultado negativo”, lê-se no relatório apresentado na assembleia, onde se pode também ver que, no que respeita à Educação, o resultado foi negativo, no valor de 15.458 euros. “Devido às dificuldades das famílias, cada vez há menos filhos. E muitos dos que têm, não os conseguem colocar nas creches”, declarou João Peres, que garantiu: “O futuro é que a valência dos Idosos cresça e a da Infância diminua”.
“No que toca à Saúde, os Hospital da Misericórdia da Mealhada superou as expetativas e apresentou um resultado líquido positivo que ascendeu a 996.185 euros”, lê-se no Relatório de Gestão e Contas da Gerência. “Esta valência cresceu muito mais do que aquilo que prevíamos. Cada vez temos mais afluência do ‘privado’, o que é muito bom. Os nossos ‘utentes’ são a maior publicidade que temos”, declarou o provedor da SCMM, que acrescentou: “Temos uma equipa de excelência. As pessoas saem encantados com o atendimento que recebem por parte de todos os funcionários. Hoje vive-se um espírito solidário e humano. Fazemos muito mais, com muito menos dinheiro”. Ainda em relação ao Hospital, João Peres declarou: “É o segundo ano consecutivo que temos resultados positivos. Isto é bom para podermos criar outras valências em prol da sociedade”.
Aproveitando a presença do “irmão” Rui Marqueiro, candidato à Câmara da Mealhada pelo Partido Socialista, Carlos Jaime, elemento da direção da instituição, alertou para a necessidade “de se abrir as Urgências do Hospital da meia noite às 8 horas”.
Também Aloísio Leão, diretor clínico do HMM, deu a conhecer as novas consultas, como por exemplo, Acupuntura, Nutrição, Viajante, Psicólogo, Medicina Geral e Familiar, Podologia e Osteopatia.
Com quinhentos funcionários e setecentos utentes, a instituição pretende desenvolver mais valências, estando já na calha, a do setor cultural. “Queremos envolver todos os funcionários, utentes, famílias, etc. no Teatro, nas artes…”, enfatizou João Peres.
Sobre o prémio monetário, no valor de quinhentos euros, dado a mais de duas centenas de funcionários – com mais de um ano de casa -, no final do mês de março, João Peres referiu que a instituição dispôs de cento e cinquenta mil euros e que “espera continuar a dá-lo”. “Os funcionários foram fundamentais no combate ao desperdício, que nos levou à poupança. Por isto, e pelo esforço feito nos últimos seis anos, em que não houve aumentos, resolvemos dar este prémio”.

Texto de Mónica Sofia Lopes  publicado no quinzenário Jornal da Mealhada de 17 de abril de 2013.

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