sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

...Fundação Bussaco pede ajuda...

A Fundação Mata do Bussaco já assinalou as principais necessidades para auxiliar os trabalhos que estão a decorrer na Mata, devido à intempérie que afetou o local no passado fim-de-semana. Para além de serviço especializado ao nível florestal, e de maquinaria adequada, a instituição está também a aceitar donativos, ao abrigo da Lei do Mecenato. Com o intuito de abertura ao público, o mais brevemente possível, a entidade gestora do Bussaco deixa um apelo para que não deixem de visitar a Mata, mesmo com as condicionantes de circulação.
Com os escassos recursos humanos disponíveis, que se resumem a uma equipa de cerca de vinte pessoas, os trabalhos de desobstrução das principais vias de circulação no Bussaco prosseguiram, desde a passada terça-feira, com o objetivo de assegurar, assim que possível, a reabertura ao público deste espaço, com características únicas na Região Centro.
Em comunicado, a Fundação Mata do Bussaco reconhece “as mensagens de solidariedade e intenções de colaboração e apoio que lhe têm sido dirigidas, tanto por parte de entidades públicas e privadas, como dos cidadãos em geral”. E faz um apelo onde enumera um conjunto de apoios e trabalhos que podem ser feitos ou servir de auxílios, tais como, “a colaboração de equipas de operários florestais especializados, especialmente motosserristas, no sentido de colaborar na desobstrução das inúmeras vias de circulação que se encontram encerradas e para as quais a capacidade interna de intervenção é insuficiente” e “a disponibilização de meios/máquinas para recolha da madeira cortada e seu acondicionamento dentro da Mata, em local já destinado ao efeito. Camiões com gruas e guinchos e respetivas equipas de operários seriam, neste contexto, uma ajuda particularmente útil”.
“À população em geral, a Fundação Mata do Bussaco informa que, dada à grande utilização de maquinaria, está também disponível para receber qualquer tipo de combustível – gasóleo ou gasolina – já que as despesas com este tipo de consumíveis são avultadas. Para quem pretenda ajudar financeiramente, pode fazê-lo através do NIB 0038.0000.3841.8975.7716.1”, lê-se também no documento, que acrescenta que este contributo financeiro “se encontra ao abrigo da Lei do Mecenato e que prevê, inclusivamente, a emissão de um recibo por parte da instituição”.
Por outro lado, a Fundação apela para que se continue a visitar o Bussaco. “Os investimentos que têm sido feitos no Bussaco dependem em larga escala das receitas associadas à sua visitação e só com a sua continuidade (ainda que com condicionantes e limitações alargadas, pelos motivos referidos) será possível continuar a angariar os meios necessários à sua recuperação”.
Às diversas empresas e entidades que, com o seu voluntariado, têm contribuído para trabalhos de recuperação da Mata, a Fundação agradece “publicamente os anteriores esforços, solicitando que mantenham, ou se possível aumentem, o respetivo envolvimento e colaboração nas iniciativas que em breve serão calendarizadas”, assim como “a pronta disponibilidade de um conjunto de viveiristas da região que têm contactado no sentido de oferecer árvores que poderão ser úteis a trabalhos de reflorestação”.
Por último, a Fundação agradece e reconhece “o empenho da Câmara Municipal da Mealhada e das demais entidades oficiais que, entretanto, têm permitido assegurar a execução dos trabalhos mais urgentes com cedência de equipamentos, equipas de pessoal e todo um conjunto de apoios que são o reflexo evidente da importância que a Mata Nacional do Bussaco tem para a região e também de um contínuo esforço conjunto em torno da sua recuperação e conservação”.
Para contactos relacionados com a possibilidade de ajudar neste esforço conjunto, salienta-se a utilização preferencial do número de telefone 925 671 420, dado que as comunicações fixas e de correio eletrónico se encontram ainda, neste momento, cortadas devido aos danos infringidos às respetivas redes.

“Amigos” do Bussaco fazem peditório no Luso

No próximo sábado, dia 26 de janeiro, vão andar pelas ruas do Luso, e possivelmente por outras povoações, um grupo de amigos amantes do Bussaco com a finalidade de conseguir verba suficiente para o combustível das motosserras.
“Em cada grupo haverá pelo menos uma pessoa com o Cartão de Monitor da Mata”, lê-se na rede social Facebook, que acrescenta: “Se todos derem um euro, ou qualquer outra quantia, saberá que está a fazer com que o Bussaco renasça”.

Mónica Sofia Lopes

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