quarta-feira, 12 de junho de 2024

...jornalismo...

 


Tema: Desinformação de uma Vida Saudável

Convidadas: Nutricionista Diana Vieira e jornalista Mónica Sofia Lopes

Iniciativa: Comunica-te Jovem! Edição Escolas

Público: Alunos de Multimédia, Informática, Mecatrónica, Desporto, Cozinha e Pastelaria e Gestão da EPVL


Preparação para o trabalho através de uma entrevista que disponibilizei ao Jornal da Bairrada em data comemorativa do referido título informativo.



Qual é o contributo do jornalismo e dos meios de comunicação social para a democracia? Esse papel tem-se modificado ao longo dos tempos?

Hoje não se dissocia uma coisa da outra. O papel da comunicação social num regime democrático, quando bem feito, é fundamental, em primeiro lugar pelo acesso à informação que disponibiliza, em segundo pelo escrutínio vigilante que faz ao poder institucionalizado e à sociedade em geral, contribuindo sempre para uma melhor informação.


Que importância têm os meios de comunicação regionais / locais para a sociedade atual?

Numa altura de desinformação e de nem sempre existir uma correta utilização da internet fundamentalmente nas redes sociais, os meios de comunicação regionais / locais são essenciais para a sociedade, nomeadamente na contribuição que presta à liberdade de pensamento.

É precisamente nestes órgãos de comunicação social mais pequenos onde o jornalismo de proximidade mais se exerce e o retrato verdadeiro do país é feito.

Há poucos dias ouvi alguém dizer que "o poder autárquico faz com um euro o dobro daquilo que faz o poder central". nas redações dos jornais e rádios locais e regionais faz-se o verdadeiro milagre da multiplicação de meios para que, com poucos recursos físicos e humanos, se chegue, a tempo e horas, ao maior número de acontecimentos. É um trabalho muitas vezes silencioso, onde só está quem o faz por paixão ao verdadeiro jornalismo.


Temos assistido à morte de muitos jornais regionais, alguns na nossa região. O que deve ser feito para contrariar essa tendência?

Em períodos de crises financeiras, a histórias "conta-nos", ao longo das últimas décadas, que alguns órgãos de comunicação social regionais acabem por encerrar, mesmo que regressem poucos meses (ou até anos) depois.

Um jornal, seja ele qual for, é sempre uma empresa que tem que viver das receitas provenientes de fins publicitários, vendas em banca, assinaturas e, portanto, é natural que, em períodos críticos, sofra abalos. não haverá uma formula para combater isso, mas considero que as entidades oficiais, empresas e até mesmo os cidadãos têm um papel fundamental na defesa destes órgãos e em contribuir para a sua manutenção, sem tirar qualquer partido disso, que não seja o da liberdade de informação, com rigor e ética.


Enquanto diretora de um jornal online, que balanço fazes do teu projeto e que vantagens acreditas ter, quer para o leitor, quer para ti, enquanto gestora, estar presente apenas nas plataformas digitais (site e redes sociais)?

O facto do jornal que lidero estar apenas numa plataforma digital é precisamente pela proximidade ao público e pela garantia de estar onde estão os leitores. O mundo mudou e no jornalismo também , no sentido em que hoje se consegue mostrar, a uma velocidade instantânea, tudo aquilo que está a ocorrer no país e fora dele. Não há hoje qualquer canal de televisão, jornal impresso, rádio, etc., que não tenha um sítio na internet, precisamente pelo imediato passo a que está do seu leitor, ouvinte ou telespectador. 

O mais importante em qualquer órgão de comunicação social, seja qual for o seu meio de chegar ao público, é o rigor e ética do jornalismo que faz.



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