Fernando Correia, bió-logo – mestre em Ecologia Animal –,
ilustrador científico e designer, resi-dente na Pampilhosa, é um dos oitenta e
três ilustradores científicos, a nível mundial, que tem obra exposta no Museu
Estatal de Nova Iorque, até ao próximo dia 7 de Setembro.
Desde 1991 que Fernando Correia, resi-dente na
Pampilhosa, está inscrito na Guild of
Natural Science Ilustrators (GNSI). Todos os anos pode enviar dois trabalhos,
que seleccionados são expostos num congresso, a nível mundial. “Desde que estou
inscrito, apenas houve um ano em que não fui seleccionado”, afirmou Fernando
Correia. O biólogo e ilustrador científico acrescentou: “Também já escrevi
muitas vezes para a newsletter do GNSI. É como se fosse um correspondente deles
em Portugal”.
Neste momento, Fernando Correia tem um dos seus trabalhos
exposto no Museu Estatal de Nova Iorque, intitulada Sus Scrofa (Javali). A
exposição começou a 17 de Abril e terminará em 7 de Setembro. “A obra que está
exposta neste museu é a composição de um javali. É uma imagem que vai ser
lançada, em breve, numa obra com o professor Carlos Fonseca, da Universidade de
Aveiro. Na passada sexta-feira soube que esta obra tinha sido seleccionada para
ficar exposta neste museu, mas não vai poder ser adquirida, ou seja, não foi
seleccionada para a comprarem”, disse o ilustrador.
Também em 2004, o ilustrador fez um trabalho para a National
Geographic, que foi um crânio do Rato-cabrera ou Microtus cabrera e que recebeu
o prémio FON VIII, da Focus on Nature. “Faço parte também da Associação
Europeia de Ilustradores Médicos e Científicos. Está em exposição, em Itália,
um trabalho meu. Trata-se de uma ilustração do desenvolvimento embrionário da
charrela ou perdix perdix. Está no Museo
di Palazzo Poggi, em Bolonha. Esta obra foi usada pelo principal orador, na
abertura da exposição, a professora Marinella Pigozzi, que referiu que o
detalhe minucioso que consegui imprimir
às penas das aves que desenhei, faziam lembrar algumas obras de Ticiano, que é
um dos mais conceituados pintores italianos do Renascimento”, explicou Fernando
Correia.
Além das duas exposições que, presentemente, mantém em
Portugal, com cerca de quinze quadros em cada - uma na Quinta da Cerca, em
Nelas, e outra no Centro de Interpretação da Serra da Estrela, em Seia -, das
duas exposições internacionais, Fernando Correia, no mês passado, submeteu mais
uma obra sua à grande exposição internacional 2008 GNSI MEMBER’S EXHIBIT, que
se realiza todos os anos, em simultâneo com a 2008 National GNSI Conference.
Esta expoição, este ano, realiza-se em Ithaca, em Nova Iorque, nos Estados
Unidos da América. “Como o prazo de entrada/submissão das obras só terminou a
21 de Março, o júri da exposição ainda não reuniu para efectuar a escolha das
obras. Por este motivo ainda não sei se este ano também fui seleccionado, tal
como aconteceu em todos os anos, desde 1995, com excepção de dois anos”,
referiu Fernando Correia. O ilustrador
concluiu: “Este ano, para esta exposição internacional, concorri com uma
obra sobre a anatomia – interna e externa do macho e da fêmea - de um dos
tubarões da nossa costa - tubarão-anequim/Isurus oxyrinchu. Foi uma obra que
fiz para o Museu do Mar Rei D. Carlos I, em Cascais, que será publicada muito
em breve, e na qual deposito grande esperança”.
Para os leitores que quiserem conhecer um pouco mais do
trabalho do biólogo e ilustrador cientifico, Fernando Correia, podem consultar
o sítio na Internet em www.efecorreia-artstudio.com.
Mónica Sofia Lopes
Trabalho publicado no Jornal da Mealhada de 23 de abril de 2008.
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