Foi a 23 de agosto de 1985 que
“nasceu” o número zero do quinzenário Jornal da Mealhada. A comemorar o seu
trigésimo aniversário, o título vai na sua terceira série e já “viu” passar
diversos diretores e sócios. Hoje pertence à Santa Casa da Misericórdia da
Mealhada (depois de lhe ter sido feita uma doação), que não quis que o jornal
impresso fosse extinto, passado meio ano de interregno. Pelos quase onze mil
dias de história e todos os que por aqui passaram, dedicamos algumas páginas
deste jornal a esta data, que diariamente, com algumas dificuldades, lutamos
para que perdure.
Fernando Queirós foi o fundador
O número zero da primeira série
do Quinzenário Jornal da Mealhada foi publicado a 23 de agosto de 1985 e tinha
um custo de vinte escudos. Fernando Manuel Vitorino de Queirós (natural de Valongo
e diretor do Correio do Douro) era o diretor e Joaquim Nogueira Coelho da Rocha
era o chefe de redação. Nesta altura, a administração e propriedade do título
era de F. Q. Correio do Douro, sendo que a partir da edição número um aparece
Mário Oliveira, natural de Casal Comba, como subdiretor.
Foram publicadas doze edições que
na sua essência gráfica tinham o cabeçalho vermelho e todo o jornal a preto e
branco, alternando outras vezes com o jornal todo a preto e branco. A edição
número onze, a última, é toda a azul e branco.
A série dois, apenas teve três
edições (zero, um e dois) publicadas em janeiro, fevereiro e março de 1987, com
um custo de vinte e cinco escudos cada exemplar. Mário Fernandes de Oliveira
era o diretor e Augusto Mamede, também natural de Casal Comba, era o diretor
adjunto. As edições foram todas a preto e branco.
JM foi pioneiro, a nível
regional, em diversas publicações
A série número três, que perdura
até hoje, começou com uma publicação datada de 1 de julho de 1987. Armindo Pega
era diretor e Branquinho de Carvalho o diretor adjunto. Nesta altura foi criada
a empresa JM – Jornal da Mealhada, Limitada, que tinha sede numa divisão de uma
casa de habitação situada na Rua Dr. José Cerveira Lebre, no centro da
Mealhada, na altura vila.
Os gerentes administradores e
diretores da empresa, segundo publicação em Diário da República de 30 de junho
de 1987, eram Branquinho de Carvalho, Armindo Duarte Pega, Abel Correia
Godinho, António Martins, João Pega, Ermenegildo Oliveira, César Carvalheira,
Jorge Canas, Manuel Santos, João Saraiva, Jerónimo Saraiva, Mário Saraiva,
Guilherme Maia Nogueira, Ferraz da Silva, José Felgueiras, Edmundo Carvalho,
João Matos Oliveira, Fernando Pereira, Augusto Dias e Nuno Salgado.
Desde então teve vários
diretores: Armindo Pega (já falecido) e que foi substituído, aquando do seu
falecimento, durante alguns números por Branquinho de Carvalho; Augusto Manuel
Dias (natural da Pampilhosa); Ferraz da Silva (natural do Luso); Abílio Duarte
Simões (já falecido); Manuel Santos (já falecido); e Nuno Castela Canilho
(natural de Sernadelo).
Nesta empresa e na direção de
Nuno Castela Canilho, até dezembro de 2011, foram feitas outras publicações
para além do semanário Jornal da Mealhada e introduzidas algumas inovações,
como por exemplo, o Concurso de Escolas de Samba Jornal da Mealhada, que teve
inicio em 2005, facto que contribuiu para a criação, em 2011 da “Revista Abre
Alas”, um suplemento de auxilio ao Carnaval Luso Brasileiro da Bairrada, e que
dura até hoje.
A revista de divulgação histórica
e cultural, denominada VIA, foi publicada apenas uma vez, em maio de 2009, e
teve como tema a prisão de Álvaro Cunhal, no Luso, em 25 de março de 1949. No
mesmo mês e ano “inaugurou-se” a publicação do quinzenário Frontal, com
incidência nos concelhos de Mortágua e Penacova. Até novembro de 2011 foram
publicados cinquenta e oito números (do zero ao cinquenta e sete).
Houve ainda a introdução do sítio
na internet www.jornaldamealhada.com,
a 28 de junho de 2006, seguindo-se a criação de uma página oficial na rede
social Facebook.
No final de 2011, a empresa JM – Jornal
da Mealhada, Limitada, suspende a publicação impressa do semanário Jornal da
Mealhada e fica, durante meio ano, apenas com a ferramenta online.
Misericórdia da Mealhada
“abraçou” título há três anos
Em julho de 2012, a JM – Jornal da
Mealhada, Lda., doa os títulos de comunicação -Jornal da Mealhada, Frontal e
VIA - à Santa Casa da Misericórdia da Mealhada.
O agora quinzenário Jornal da
Mealhada, que dura até hoje, contou com dois diretores: Nuno Castela Canilho
(cerca de meio ano) e Braga da Cruz (desde dezembro de 2012 até hoje).
No ano de 2013, e na direção de
Braga da Cruz, o Jornal da Mealhada, estabeleceu uma parceria com a Rádio Clube
da Pampilhosa (RCPfm), onde quinzenalmente, na quarta-feira em que o JM está
nas bancas, os jornalistas do JM fazem um direto na rádio, destacando os princípios
títulos da edição dessa quinzena.
Numa parceria, que julgamos
inovadora no nosso meio regional, com o canal de conteúdos online BairradaTV,
foi criada a Síntese Informativa da Mealhada, um programa quinzenal, que
destaca as principais noticias de cada quinzena com imagens em vídeo (feitas
pelos repórteres de imagem da BairradaTV) e apresentação a cargo dos
jornalistas do Jornal da Mealhada.
Em 2013 e 2015 foi também
publicada a Revista Abre Alas.
O Jornal da Mealhada é dos
mealhadenses!
Com as dificuldades inerentes aos
meios técnicos e humanos, que batem certo com a crise que se faz sentir no
país, na Europa e em todo o mundo, tentamos, diariamente (no sitio da internet)
e quinzenalmente (na edição impressa), levar-lhe o que de melhor (e muitas vezes,
o pior também) acontece no concelho da Mealhada.
A certeza é só uma: O Jornal da
Mealhada é dos mealhadenses! Dos que estão cá e dos que vivem a milhares de
quilómetros da “nossa” redação.
Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 952, de 19 de agosto de 2015.
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