“Setor de Comunicação da Infraestruturas
de Portugal falhou”, garante Marqueiro
Rui Marqueiro, presidente da Câmara
Municipal da Mealhada, promoveu uma conferência de imprensa, na manhã do dia 8
de março, no auditório da Biblioteca, cujo o tema se centrou nas obras (ainda)
em curso no Itinerário Complementar 2 / Ponte do Gameiro, levadas a cabo pela
Infraestruturas de Portugal (IP). Uma explicação que, segundo o edil, deveria
ter sido fornecida pelo Gabinete de Comunicação da IP e a não ter acontecido
designa de “incompetência”.
Começaram em janeiro as obras na Passagem
Superior ao Caminho de Ferro, junto ao Intermarché, e, desde então, o trânsito
teve que ser orientado para estradas municipais, que também, em alguns casos,
não conseguiram suportar o excesso de tráfego, o que acabou por dificultar
ainda mais a circulação na cidade da Mealhada.
Uma empreitada que Rui Marqueiro garante
ser de extrema importância: “Para a Infraestruturas de Portugal vir, em força,
proceder a obras num pequeno viaduto, é porque estava em causa um perigo”.
“Tivemos de imediato noção de que isto ia causar transtorno aos munícipes e aos
comerciantes, especialmente os do setor da restauração, mas a obra tinha que
ser feita”, enfatizou o edil, que acrescenta que a degradação “não se deve
apenas ao excesso de tráfego no IC2, mas também ao facto de passarem comboios,
de alta velocidade, diariamente, que com as vibrações foram destruindo a Ponte”.
O autarca tece elogios “aos responsáveis
pelo Setor de Obra da IP, que nos têm dado toda a assistência necessária, até
quando foi preciso nos dias de temporal”, mas o mesmo não faz quando o assunto
passa pelo Gabinete de Comunicação. “Desprezaram completamente dar
transparência e dizer a verdade aos munícipes, sob pena de a Câmara da Mealhada
não ser compreendida, o que acabou por acontecer”, acrescentou o edil, que
garante “ter feito, insistentemente, vários pedidos para que explicassem à
população o porquê da obra, conforme tinha sido estabelecido antes da obra ter
inicio”.
Acompanhado de Arminda Martins, vereadora
responsável pelos pelouros das Obras e Empreitadas, e de uma engenheira civil
da Câmara da Mealhada, que tem acompanhado os trabalhos na Ponte do Gameiro,
Rui Marqueiro explicou: “Há pessoas que ‘nos’ chamam de incompetentes porque a
obra poderia ser feita em menos tempo (a estimativa inicial foi de oitenta dias
e tudo indica que seja cumprida). Não é verdade. Sobre os caminhos de ferro não
se trabalha em qualquer altura, muito menos vinte e quatro horas por dia. As
regras e horários, nestes casos, estão muito bem definidas”.
Mas as “voltas” que os automobilistas têm
que fazer, neste momento, têm os dias contados, pois tudo aponta “para que no
dia 6 de abril se comece a transitar no Pontão”. “Após o término desta obra, os
técnicos da IP farão trabalhos nas estradas municipais, as que foram utilizadas
nestes meses e que ficaram muito maltratadas”, concluiu.
Recorde-se que, na Assembleia Municipal da
Mealhada, realizada no final do mês de fevereiro, Rui Marqueiro explicou: “Quando
a IP veio falar connosco, deu-nos duas hipóteses: Fazer a obra e manter uma
faixa em circulação, mas ter uma duração de mais de um ano; ou a Câmara
colaborava com a intervenção, o tempo era menor e a empresa responsabilizava-se
por todas as obras necessárias nas vias alternativas. A decisão foi fácil de se
tomar…”.
Noticia de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 967, de 16 de março de 2016.
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