GIR aprova protocolo, com a Câmara da
Mealhada, para conclusão das obras
A necessidade de mais de duzentos mil
euros para término da obra do Cineteatro da Pampilhosa e a assinatura de
protocolo entre a Câmara Municipal da Mealhada e o Grémio de Instrução e
Recreio (GIR), proprietário do espaço cultural em questão, foram temas
abordados na assembleia geral ordinária do GIR, realizada na tarde do passado
sábado, dia 12 de março.
Há anos que o Cineteatro da Pampilhosa,
encerrado desde a década de oitenta, vê as obras paradas por questões
burocráticas, orçamentais e de incumprimento de prazos. Nos últimos anos, a
Câmara da Mealhada já ajudou no processo, financeiramente, com quatrocentos e
nove mil euros, contudo, a obra ainda não teve término.
O atual executivo da Câmara da Mealhada,
liderado por Rui Marqueiro, manifestou preocupação com o assunto desde que
tomou posse há mais de dois anos. E, por isso, a 6 de outubro, em comunicado de
imprensa, anunciou que iria custear os trabalhos de requalificação. “Seis anos
após o início da recuperação deste emblemático edifício e depois de várias
complicações que surgiram durante o concurso público e já no decorrer da
empreitada, a Câmara Municipal da Mealhada decidiu suportar os encargos
financeiros necessários para que a obra seja concluída. O proprietário do
espaço, o Grémio de Instrução e Recreio (GIR) da Pampilhosa, vai ver assim o
‘seu’ cineteatro reerguido, sendo que, como contrapartida, as duas entidades estão
a elaborar um protocolo de cedência das instalações à Câmara Municipal. Uma
forma de devolver aos munícipes um dos espaços culturais mais prestigiados do
concelho”, lê-se no documento da altura.
Contudo a ajuda vinha “munida” de uma
única condição: A elaboração de um protocolo entre a autarquia e o GIR que, por
diversas tentativas por parte da Câmara, até ao passado sábado, ainda não tinha
sido assinado pelo Grémio.
E Rui Marqueiro sempre foi perentório
neste aspeto de “exigir” que o protocolo fosse oficializado para que o GIR
possa receber os cento e cinquenta mil euros, estipulados no Orçamento da
autarquia para este ano, que com mais oitenta que o Grémio tem que receber da
Administração Central, poderá assim concluir a empreitada. Para a verba ser
libertada “a Câmara terá que ter um protocolo com a direção do GIR, até porque
caso contrário o Tribunal de Contas pode, e bem, vir questionar-nos sobre este
montante”.
A assinatura do protocolo foi votada em
assembleia geral do GIR, onde, segundo o Jornal da Mealhada pôde apurar, estiveram
presentes treze sócios. Sete votaram a favor e seis contra.
Tentámos contactar o presidente da direção
do GIR, José Luís Sequeira, mas, até ao fecho desta edição, não foi possível.
Noticia de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 967, de 16 de março de 2016.
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