Executivo aprova, por
unanimidade, Orçamento para 2016
O Orçamento Municipal da Mealhada
para o próximo ano, no valor de dezassete milhões e meio, foi aprovado, por
unanimidade, em reunião extraordinária, que se realizou na manhã do dia 14 de
dezembro. Agora o documento será remetido à Assembleia Municipal da Mealhada,
que se realiza na última semana do presente mês, mas ao que tudo indica ainda
não está convocada.
Em linhas gerais, e segundo Rui
Marqueiro, presidente da Câmara Municipal da Mealhada, as grandes rubricas do
Orçamento do próximo ano vão para os Mercados Municipais da Mealhada e
Pampilhosa, para o edifício municipal, para regeneração urbana na Mealhada e
Pampilhosa e para a requalificação de algumas escolas do concelho.
Assim, e depois de o Jornal da
Mealhada consultar os documentos previsionais, pode ler-se que a autarquia
reserva 170.600 euros para o Mercado Municipal da Mealhada; 236.365 euros para
o Mercado Municipal da Mealhada; 102.600 mil euros para o edifício municipal; e
261.600 euros para a requalificação urbana Zona Central da Mealhada. Na
Pampilhosa estão previstos 300 mil euros para prolongamento da rua da Estação e
cem mil para a requalificação urbana. Para a Estação de Tratamento de Águas
Residuais (ETAR) da Mealhada vão duzentos mil euros.
Ao nível escolar, a autarquia
prevê gastar 469 mil euros no Centro Escolar da Mealhada e quatrocentos mil
euros na requalificação da Escola Secundária da Mealhada. Na requalificação dos
Jardins-de-infância de Casal Comba, Carqueijo e Canedo estão previstos quase
cem mil euros a cada um.
Ao nível desportivo, salta à
vista o valor de 320 mil euros para o Campo de Futebol Municipal do Luso. Há
ainda 160 mil euros para o FESTAME – Feira do Município da Mealhada e cem mil
para a Fundação Mata do Bussaco.
Outro valor de peso é o destinado
ao Grémio de Instrução e Recreio da Pampilhosa, cerca de 409 mil euros. “O GIR
tem que receber da Administração Central cem mil euros. Ora com esta verba não
pode nunca terminar a obra do Cineteatro”, explicou o edil, que enfatizou:
“Claro que a Câmara terá que ter um protocolo com a direção do GIR, até porque
caso contrário o Tribunal de Contas poderia, e bem, vir questionar-nos sobre
este montante”.
Sobre o Orçamento, na
generalidade, Rui Marqueiro explicou: “Baseámo-nos nas regras provisionais do Orçamento
de 2015. Tememos que o Orçamento de Estado, que só deve ser votado lá para
março, possa vir a ter consequências negativas sobre o Orçamento Municipal para
2016”.
Apoio às freguesias reserva
novidade no valor de 600 mil euros
Mas este Orçamento reserva ainda
uma novidade, pois, pela primeira vez, está munido de uma modalidade de apoio
às freguesias (para promoção e salvaguarda do interesse das populações)
sustentada num volume de seiscentos mil euros que será regulamentado após a
aprovação do Orçamento Municipal. Todos os apoios já prestados em 2015 serão
mantidos e acresce a nova verba, que será repartida, equitativamente, por cada
freguesia para apoio às suas competências próprias.
“Na prática está estipulado um
valor máximo de cem mil euros para cada freguesia, contudo, se houver uma Junta
de Freguesia que não utilize este valor, outra pode fazê-lo”, explicou Rui
Marqueiro, que defendeu: “Sabemos que há presidentes mais ativos do que outros.
Sempre assim foi!”.
“Câmara é muito dependente de
fundos comunitários”
Apesar de votarem favoravelmente,
os vereadores da coligação “Juntos pelo Concelho da Mealhada” demonstraram
alguma preocupação. “Genericamente, votamos favoravelmente, mas, na nossa
opinião, este Orçamento revela alguma continuidade do que tem vindo a ser feito
e a Mealhada precisa de algumas alterações. Preocupa-nos a receita,
principalmente a de fundos comunitários, no valor de três milhões de euros.
Esta Câmara é muito dependente dos fundos comunitários”, declarou Gonçalo
Louzada.
Mas Marqueiro defendeu-se. “Se
quiséssemos sobrecarregar nas taxas dos munícipes, certamente que não
precisaríamos de fundos comunitários. O Orçamento Municipal da Mealhada é curto
e sempre teve a preocupação de não sobrecarregar os munícipes”, retorquiu o
edil.
Para os vereadores da oposição, e
segundo a declaração de voto efetuada, a “novidade” dos seiscentos mil euros
para as freguesias é a única de se enaltecer.
Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 961, de 23 de dezembro de 2015.
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