O executivo da Câmara Municipal
da Mealhada deliberou, na reunião pública de 1 de dezembro, apresentar, aos
respetivos proprietários, as soluções encontradas para os estacionamentos de três
estabelecimentos comerciais, que sofrem alterações de acesso com a obra de
requalificação do centro da cidade. A empreitada está, neste momento, parada.
Tornar uma das principais ruas da
Mealhada, como é o caso da Doutor José Cerveira Lebre, pedonal, traz sempre
alguns constrangimentos, nomeadamente, quando lá se situam uma farmácia (a
Miranda) e o Posto de Correios, que até então tinham dois estacionamentos
disponíveis à porta. Mas os técnicos dos serviços da Câmara “estudaram” o
assunto e arranjaram soluções, que aguardam o “aval” dos proprietários, depois
de lhes serem apresentadas.
No caso da Farmácia Miranda, os
dois lugares poderão situar-se na Rua Armindo Pega (por trás do Tribunal), dois
lugares na Rua Cerveira Lebre (em zona que não está pedonal) ou ainda dois
lugares na Rua Maria Luísa (na lateral dos CTT). Já no caso do Posto de
Correios, que até à rua se tornar pedonal, tinha dois lugares de
estacionamentos na Cerveira Lebre, que agora se “mudaram” para a Rua Maria
Luísa, esta solução parece satisfazer os responsáveis.
Há ainda o caso da Farmácia
Brandão, que faz esquina entre as Ruas Eduardo Alves de Matos e a Doutor Costa
Simões, que também tem dois lugares de estacionamento à porta que “terão que
desaparecer”. A solução passa por dois lugares nos estacionamentos junto aos
estabelecimentos “O Portão” ou “Metinha” ou ainda na rua por trás do Tribunal.
José Calhoa, vereador na Câmara
da Mealhada eleito pelo Partido Socialista, começou por dizer: “Enquanto
cidadão e com uma filha asmática, entendo que o estacionamento reservado às
farmácias deve ser o mais próximo possível. Às farmácias vai-se por necessidade
e não por gosto…”.
Também Gonçalo Louzada, da
coligação “Juntos pelo Concelho da Mealhada”, lamentou as soluções, defendendo
que “há pessoas, com mobilidade muito condicionada, que acredito que seja
complicado deixar o carro longe”.
Arminda Martins, vereadora na
autarquia responsável pelos pelouros das Obras e Empreitadas, lembrou que este
projeto vem de um outro executivo, “ao qual me insurgi contra algumas situações
arquitetónicas”. “Neste executivo tivemos o cuidado de falar com os
comerciantes, sendo certo que a lógica da obra era a de pedonalizar a rua e
acabar com o tráfego de veículos”, acrescentou a autarca, destacando as únicas
exceções, que são as previstas na lei: “Ambulâncias, veículos da Guarda
Nacional republicana e transportes de cargas e descargas”.
E para Rui Marqueiro, presidente
da autarquia, deve manter-se assim: “É que a seguir aos pedidos de lugares da
farmácia, vão vir todos os outros comerciantes pedir o mesmo”. José Seabra
Pereira, da coligação “Juntos pelo Concelho da Mealhada”, lamenta a comparação:
“Não considero todos os estabelecimentos iguais. Para mim, a saúde pública está
em primeiro lugar”.
O projeto prevê também que a Rua
Eduardo Alves de Matos (por trás da “Esplanada”) seja pedonal. “Contudo, não
vamos iniciar esta obra, sem que o ‘novo’ edifício da autarquia esteja pronto”,
explicou Arminda Martins, que ainda garantiu que “a Praça de Táxis (no fim da
Rua Cerveira Lebre) se manterá no mesmo local” e que “serão implementadas novas
instalações sanitárias, no Jardim Municipal, preparadas para pessoas com
dificuldades motoras”.
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