Sempre que chove, com
intensidade, na cidade da Mealhada, a passagem subterrânea da Estação
Ferroviária fica intransitável, impossibilitando o trânsito de passageiros de
uma linha para a outra. Para quem consegue saltar a plataforma das linhas, a
passagem fica facilitada, contudo, a coima para quem o pratica, e segundo fonte
da Guarda Nacional Republicana, pode ir dos duzentos e cinquenta aos três mil
euros.
“Aconteceu forte, na passada
quinta-feira, dia 20, e já se repetiu”, começou por dizer, ao Jornal da Mealhada,
o munícipe Vítor Simões, referindo-se à “inundação” que reportou em fotografia.
“Quem tem capacidade física para o fazer, salta a plataforma e atravessa sobre
o balastro, galgando o carril, para subir o desnível do outro até se situar na
plataforma contrária”, acrescenta.
Quem não o pode ou tem receio
perde o comboio e tem que ir dar a volta ao fundo da Avenida Dr. Manuel Lousado.
Segundo o munícipe com quem falámos, “a REFER (Rede Ferroviária Nacional) há
muito que pretende substituir as duas bombas que esgotam a água que converge
para aquele túnel. Estão velhas e não conseguem dar conta do recado, mas sem
verba, a coisa vai-se arrastando… As arrelias e transtornos parecem não ter fim
à vista”.
O Jornal da Mealhada tentou
entrar em contacto com o departamento de Comunicação da REFER, mas até ao fecho
da edição não nos foi dado qualquer esclarecimento.
Questionado sobre este assunto,
mais concretamente acerca da passagem das pessoas pela linha, Rui Alves da
Silva, comandante do Destacamento Territorial de Anadia da GNR, garante: “O
trânsito a pé, circulação e atravessamento das linhas-férreas é proibido, por
força do Artigo 19.º do Decreto-Lei 276/2003 de 4 de novembro, sendo punido com
coima de duzentos e cinquenta a três mil euros, no caso de pessoa singular”.
Noticia de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 934, de 10 de dezembro de 2014.
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