quinta-feira, 30 de junho de 2016
quarta-feira, 29 de junho de 2016
...luso...
3 recolhas, 3 laboratórios, o mesmo
resultado: água na Fonte de São João está «própria»
Rui Marqueiro, presidente da Câmara
Municipal da Mealhada, realizou uma conferência de imprensa sobre a “polémica”
em torno da qualidade da água da Fonte de São João, situada no centro da vila
termal do Luso. No encontro foram apresentados documentos “para o
esclarecimento público da situação na fonte onde diariamente são enchidos
milhares de garrafões de água”.
O Jornal da Mealhada já tinha noticiado que,
até ao final do ano corrente, a Câmara Municipal da Mealhada e a Administração
Regional de Saúde do Centro, na pessoa da Delegada de Saúde da Mealhada, irão
fazer análises conjuntas à Fonte de São João. O périplo começou, no passado mês
de maio, os resultados já chegaram e são unânimes: nos dias em que as análises
foram feitas, os coliformes fecais - bactérias indicadoras de contaminação – estão
a zero, levando a que a água esteja própria para consumo.
Foi no passado dia 31 de maio que foram
feitas as colheitas da água, por parte da Câmara Municipal da Mealhada e do
Serviço de Saúde Pública da Mealhada e remetidas, respetivamente, para a CESAB
– Centro de Serviços do Ambiente – e o Laboratório de Saúde Pública de Aveiro. Para
além desta análise em conjunto, e uma vez que o assuntou tem vindo a preocupar
o presidente da autarquia, foi pedida uma terceira análise ao Laboratório das
Águas do Centro Litoral, tendo a recolha acontecido no dia 6 de junho. E não há
como enganar: as três “ditam” a inexistência de coliformes fecais.
O assunto deixou o edil “aliviado”, mas
não o descansa e, por isso, tal como o Jornal da Mealhada já escreveu, a “vigilância
vai ser apertada”. A legislação portuguesa dita que a cada trimestre têm que
ser feitas análises às águas das Fonte, mas para Marqueiro podem ser mais. “Até
dezembro a Câmara da Mealhada e a Delegação de Saúde da Mealhada farão analises
em conjunto, no mesmo dia, à mesma hora, no mesmo momento e, eventualmente, até
da mesma bica”, esclareceu, aos jornalistas, Rui Marqueiro, que acrescentou que
“se a Delegada de Saúde o permitir, até acho que se deve fazer isto para
sempre”.
Análises dos últimos anos detetam
coliformes fecais em meses de verão
A probabilidade que estes coliformes
fecais apareçam em alturas de grandes enxurrados “é grande”, afiançou, há
quinze dias e ao Jornal da Mealhada, o presidente da autarquia, baseando-se na
opinião empírica dos serviços da Câmara, que quer agora perceber “se é possível
que esta água não os tenha em nenhum período”. “Se aparece esta componente é
porque há contacto com a unidade fecal e é a obrigação da senhora Delegada da
Saúde de cumprir com as suas funções e divulgar os resultados, como o fez, até
porque se este componente aparece é porque há contacto com a unidade fecal”,
acrescentou na altura.
Mas agora, e depois de apresentados os
resultados dos últimos anos, a “teoria” poderá “cair por terra”, uma vez que em
2014 os coliformes fecais são visíveis em julho e em 2011 e 2013 em agosto –
alturas em que normalmente as chuvas são escassas. “Já em 2014 temos um ano
completamente limpo”, garantiu Rui Marqueiro, preocupado com a “inconstância
dos resultados”.
"Não sabemos as razões. Pode haver
uma rutura, pode haver uma ligação ilegal à rede, ou pode ser que a
contaminação ocorra no tanque que serve as bicas. Vamos fazer uma inspeção à
rede e se for necessário iremos contratar uma empresa para desinfetar a
água", garantiu ainda o edil.
Alegada água “imprópria” não retira
“clientes” à Fonte de São João
Na conferência de imprensa, que contou com
dois momentos – um no Grande Hotel e outro junto à Fonte de São João – Rui
Marqueiro enfatizou que “embora fique situada a menos de cem metros da nascente
da água do Luso, a fonte de São João não tem qualquer relação com a marca de
água comercializada pela Sociedade Central de Cervejas, sendo um aquífero de
superfície”.
Gerida pela Câmara Municipal da Mealhada,
esta Fonte debita quarenta litros de água por segundo, o que representa cento e
quarenta e quatro metros cúbicos por hora, e é um local onde diariamente
centenas de pessoas enchem garrafões de água para consumo.
O que o Jornal da Mealhada comprovou no
dia da conferência de imprensa, na manhã de 14 de junho, onde dezenas de
pessoas por lá passaram num espaço de cerca de trinta minutos.
Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 974, de 22 de junho de 2016.
terça-feira, 28 de junho de 2016
segunda-feira, 27 de junho de 2016
...região...
Canas de Senhorim homenageia António Pêga
com nome de Rua
António Pêga, natural da Mealhada, mas a
residir em Canas de Senhorim há algumas décadas, foi homenageado, na referida
vila do distrito de Viseu, tendo visto o seu nome ser atribuído a uma rua. Uma
via que liga a Rua da Estação ao espaço da feira e que tem ligação ao Bairro da
Raposeira.
A inauguração da “Rua Dr. António Pêga” realizou-se
na tarde do passado dia 10 de junho e contou com familiares e amigos do
homenageado, onde estiveram também os seus primos João Pega e Carlos Oliveira,
representantes de entidades ligadas à vila de Canas de Senhorim, e ainda
autarcas da Câmara Municipal de Nelas e da Junta de Freguesia.
Médico de profissão, tendo estado, durante
mais de cinquenta anos, a exercer medicina em Canas de Senhorim, “apesar de se
encontrar aposentado, continua a exercer funções, graciosamente, aos mais
necessitados, como médico não já de família, mas de famílias”, lê-se no convite
para a cerimónia de inauguração da Rua, um ato integrado no evento “Canas em
Movimento ‘2016”.
E o convite continua: “(António Pêga) Um
amigo, um cidadão, que tomou esta terra como sua, envolveu-se em associações
sempre com um sentido de dever e também de coração aberto, de sorriso franco e
de uma cordialidade impossível de retribuir. Homem de afetos, e alguém a quem
esta Vila não pode deixar de homenagear e demonstrar a sua eterna gratidão,
pois ficará para sempre na memória de quantos com ele conviveram”.
“A proposta da atribuição do seu nome ao
arruamento que liga a Rua da Estação ao Bairro da Raposeira surgiu do executivo
da Junta de Freguesia de Canas de Senhorim e foi aprovada, por unanimidade,
pela Assembleia de Freguesia na sessão pública do dia 30 de setembro de 2015,
vindo depois a ser prontamente abraçada pela Câmara Municipal de Nelas”, lê-se
na edição impressa do “Defesa da Beira” do passado dia 17 de junho.
No discurso no dia da inauguração, António
Pêga recordou histórias da sua vivência em Canas de Senhorim, muitas ligadas ao
seu percurso profissional e ainda não esqueceu a Mealhada, dizendo ser a sua
“terra Natal”.
Homenageado nasceu na Mealhada
Recorde-se que António Pinto Fernandes
Pêga nasceu, a 5 de novembro de 1933, na Rua Dr. José Cerveira Lebre, no centro
da Mealhada, local onde viveu até aos dois anos. Passou depois a residir em
Ourentã (Cantanhede), onde fez o ensino primário. Os três primeiros anos do
secundário foram feitos no Colégio Infante de Sagres, na sede de concelho, e os
quatro anos restantes no Liceu Nacional de Aveiro. “Mas era na Mealhada que
tinha os meus amigos…. No verão chegava a vir de Cantanhede para cá, a pé”,
declarou António Pêga, em entrevista ao Jornal da Mealhada, no passado mês de
janeiro, recordando diversos momentos da sua juventude e da cidade onde ainda
hoje tem família, como é exemplo, João Pega, seu primo.
Licenciado em Medicina, pela Universidade
de Coimbra, teve como atividade principal a Clínica Geral, ao longo de
cinquenta anos, desde a sua chegada a Canas de Senhorim, em maio de 1964. Local
onde até hoje reside…
Literatura, outra vertente de António Pêga
O médico tem ainda uma outra faceta virada
para a literatura, tendo já publicado três obras. “Dizeres…”, contém frases
carismáticas que António Pêga foi ouvindo ao longo da sua vida; “Até logo… Não
Venhas Tarde”, vivencia memórias da Guerra Colonial, em Angola, onde foi
Tenente Miliciano Médico; e ainda “Percursos”, que é uma adaptação do seu currículo
profissional a que acrescentou factos da sua vida particular e assim foi
transformado em Biografia.
Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 974, de 22 de junho de 2016.
Fotografia de Lindo Dias.
sexta-feira, 24 de junho de 2016
quarta-feira, 22 de junho de 2016
segunda-feira, 20 de junho de 2016
domingo, 19 de junho de 2016
sexta-feira, 17 de junho de 2016
quarta-feira, 15 de junho de 2016
terça-feira, 14 de junho de 2016
segunda-feira, 13 de junho de 2016
domingo, 12 de junho de 2016
sexta-feira, 10 de junho de 2016
quarta-feira, 8 de junho de 2016
terça-feira, 7 de junho de 2016
segunda-feira, 6 de junho de 2016
...Pampilhosa...
“Novo” protocolo do GIR coloca todas as
despesas nas “mãos” da Câmara
“De um lado o GIR (Grémio de Instrução e
Recreio), do outro um grupo de pessoas e no meio, nós, a Câmara”. Palavras de
Rui Marqueiro, presidente da autarquia da Mealhada, na reunião camarária que se
realizou durante o dia 16 de maio, acerca do assunto envolto da obra do
Cineteatro da Pampilhosa. Para além do tema estar na agenda da reunião, contou
também com dois elementos de uma Comissão, aprovada em assembleia-geral do GIR,
que deram o seu testemunho sobre toda a situação, enfatizada nos últimos meses.
Sucintamente a história começa com uma
assembleia geral do GIR, no início de 2016, onde é aprovado um protocolo a ser
elaborado com a Câmara Municipal da Mealhada onde esta se responsabiliza a
atribuir cento e cinquenta mil euros de verba para conclusão das obras do
Cineteatro. Um protocolo elaborado pela direção do GIR, depois de dois feitos
pela Câmara terem sido recusados. Esta reunião, contudo, acabou por ser
“impugnada” porque a forma como foi convocada, suscitou dúvidas a grande parte
dos sócios.
“Foi agendada numa nova assembleia em que
os sócios foram convocados por carta postal”, segundo Mário Rui Cunha, sócio do
GIR e um dos elementos da comissão eleita nessa assembleia com a finalidade de
“negociar” com a autarquia um novo protocolo, baseado num primeiro elaborado
pela Câmara, que os elementos da Comissão garantem “nunca terem tido
conhecimento”.
E Marqueiro explica desta forma os dois
protocolos apresentados à autarquia: “Neste feito pela Comissão é ‘a Câmara
paga e o GIR toma conta’, no da direção do Grémio é mais ou menos ‘tomem lá
isto…’”. “Há aqui uma luta pelo poder e nota-se neste protocolo que o elaboram
com desconfiança face ao parceiro”, acrescentou o edil, que sobre todo este
assunto afirma: “Há aqui alguma coisa mal explicada”.
Também Guilherme Duarte, vice-presidente
da Câmara Municipal da Mealhada, considerou “o protocolo inaceitável”. “Devia
aqui dizer-se que o Cineteatro é um edifício municipal ao serviço da Cultura do
concelho, para além disso, estamos a dar verba a uma associação que, há muitos
anos, não tem qualquer tipo de atividades”, disse ainda o autarca.
Rui Marqueiro acabou por dar a sua opinião
de que “o melhor é dar até cento e cinquenta mil euros para a obra ser
terminada, mas quem vai gerir o espaço é o GIR”, contudo, o executivo municipal
deliberou que “apresentará uma alternativa ao documento porque algumas das cláusulas
não são aceitáveis”.
O presidente da Câmara da Mealhada
relembrou ainda, e comparando com a gestão do Cineteatro Municipal Messias, que
“a sala do Cineteatro da Pampilhosa é muita pequena, tem cerca de cento e
trinta lugares, e ficará aquém daquilo que pensam (referindo-se às receitas)”.
“Eles vão ver que há despesas para tudo”, garantem.
Despesas que os elementos da Comissão,
eleita em assembleia-geral pelos sócios do GIR, têm conhecimento, mas que, no
protocolo, as colocam nas “Obrigações do Município”. “O Município compromete-se
a suportar todos os encargos com consumos de energia, gás, água e comunicações,
bem como de todas as restantes despesas inerentes ao normal funcionamento do
Cineteatro da Pampilhosa, nomeadamente, os encargos relativos a: segurança,
manutenção de equipamentos, manutenção da infraestrutura e contratação de meios
humanos de apoio técnico e logístico às atividades e eventos”, pode ler-se na
quinta cláusula do protocolo.
“Só queremos a dinamização da cultura na
vila da Pampilhosa”
Na “visita” à reunião de Câmara, Ana
Pires, também elemento da Comissão, garantiu: “Nós entendemos que na Pampilhosa
existem recursos e muita vontade em utilizar-se aquele espaço. Queríamos que
fosse o Grémio, em articulação com a Câmara, a proporcionar um espaço de
trabalho às associações culturais da Pampilhosa e outras. Só queremos a
dinamização da cultura na vila da Pampilhosa”.
Recordamos os nossos leitores que, na
reunião publica da autarquia, a 2 de maio, estiveram presentes os elementos da
direção do GIR a dar explicações sobre a situação. Na altura José Luís
Sequeira, presidente da direção, declarou: “Há treze anos que esta direção se
tem empenhado em reabilitar aquela casa. Segundos os técnicos, que têm
acompanhado a obra, ela estaria completamente no ‘chão’ se não se tivesse feito
uma intervenção. Temos tido imensas dificuldades e muitas críticas destrutivas
que, muitas vezes, nos derrubaram, mas nunca ninguém nos perguntou se queríamos
ajuda…”.
Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 972, de 25 de maio de 2016.
Subscrever:
Mensagens (Atom)