sexta-feira, 31 de outubro de 2014
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
terça-feira, 28 de outubro de 2014
...São mulheres, combatem um cancro e adaptam-se à nova imagem...
Com trinta e um anos, Sandra
Lourenço, residente no concelho da Mealhada, viu-se envolvida na teia do
“cancro da mama”, que tantas mulheres atinge anualmente, e cuja as maiores
consequências, no período de tratamentos de quimioterapia, são a “nova” imagem
com a queda do cabelo, sobrancelhas e pestanas. Mas a jovem, utilizando os seus
conhecimentos profissionais em maquilhagem, não baixou os braços e organizou,
no passado dia 3 de outubro, uma oficina de “auto maquilhagem para doentes
oncológicos”. Uma sessão aplaudida por quem por lá passou nessa tarde e que
pede “bis”.
Foi através de um auto exame que,
em maio passado, Sandra Lourenço sentiu algo estranho no peito direito, o que a
levou a procurar ajuda médica. Dai até ao diagnóstico de “cancro de mama” o
tempo foi curto. Também as consequências visuais dos tratamentos de
quimioterapia (cinco até ao momento, de um processo de seis ao todo) foram
rápidos a manifestarem-se. Se com o cabelo, o processo é ultrapassado
facilmente, o mesmo não se pode dizer da queda das sobrancelhas e pestanas.
“Quando cortei o cabelo fi-lo em
casa e entre amigos e foi fácil! Mas quando, há três semanas, me vi ao espelho
sem pestanas, a imagem não foi a que eu queria. Parece que até ai não se tinha
passado nada comigo e ai passou-se tudo….”, explicou, ao Jornal da Mealhada, Sandra
Lourenço, que a partir desse momento sentiu um “clique”: “O de sair de casa e
não me sentir mal com a imagem”.
Maquilhadora profissional em
“part-time”, a jovem organizou logo um “ ‘workshop’ de auto maquilhagem para
doentes oncológicos”, gratuito, que se realizou na “Casa de Arte”, na cidade da
Mealhada, no dia 3 de outubro. “Estando eu a passar por isto, é muito mais
fácil saber do que precisam as mulheres, nesta altura. Todas sentimos
exatamente o mesmo e eu não conheço formação nesta área”, explica Sandra
Lourenço, que confessa: “Sai do ‘workshop’ com o sentimento de missão cumprida!
Se eu não estivesse a passar por isto, não ia saber dar o real valor”.
Sara Dias, de quarenta anos,
residente em Cantanhede, foi uma das mulheres presentes na oficina. “Foi magia,
uma verdadeira lavagem à alma e elevou-nos a auto estima! Estas sessões são muito
importantes, uma vez que o nosso ego e a nossa imagem estão muito em baixo”,
explicou-nos Sara, que descreve que o símbolo da mulher é o cabelo, as
sobrancelhas e pestanas. “Sem isto, o nosso aspecto parece doente! Com a sessão
de maquilhagem, o aspeto muda e a alma fica renovada!”, acrescenta.
E pelo sucesso do primeiro
“workshop”, Sandra Lourenço ganhou ainda mais força para continuar. O próximo
será a 27 de outubro, na “Margaret Estetic”, na Lousã. “Terá um custo
simbólico, talvez dez euros, para ajudar na ocupação do espaço e na compra dos
produtos”, explica a jovem mealhadense.
Fotografia de André Monteiro.
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
...Bombeiros da Mealhada em formação para auto salvamento...
Dez elementos do corpo ativo da
Equipa de Intervenção Rápida da Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários da Mealhada, onde se incluiu o comandante Nuno João, estiveram numa
formação em Valongo, dada pelos técnicos da Escola Portuguesa de Salvamento,
nos dias 4 e 5 de outubro. Se quando se “formam” bombeiros aprendem a salvar,
desta vez, os ensinamentos incidiram no auto salvamento.
A formação, dada por empresas
privadas em Portugal, é importada dos Estados Unidos da América. “Pretende
fundamentalmente dotar os bombeiros de manobras para que eles próprios se
passem a salvar em situações mais difíceis”, explicou, ao Jornal da Mealhada,
Nuno João, comandante dos Bombeiros da Mealhada, sobre a formação que se
desenvolveu num teatro de operação em incêndios urbanos / industriais e incidiu
também no “salvamento de vítimas pela fachada de edifícios”.
“Na Escola de Bombeiros, a maior
parte destes procedimentos não são dados”, acrescenta Nuno João, que elogia a
forma como a “mega aula”, praticamente toda ela prática, foi dada aos
bombeiros. “Estas manobras de auto salvamento são feitas com materiais que
normalmente todas as corporações têm nas suas viaturas. Torna tudo ainda mais
real e possível! Por outro lado, o convívio e cumplicidade que se cria entre os
bombeiros da mesma corporação é extremamente positivo”, explica o comandante
dos Bombeiros da Mealhada.
Mas dos cinquenta e oito
bombeiros existentes no quartel, apenas dez fizeram parte deste fim-de-semana
formativo. “Cada formando tem que pagar setenta euros e fica a seu cargo também
todas as despesas inerentes a dois dias longe de casa. Sem a ajuda financeira
da direção desta corporação não tinha conseguido levar dez bombeiros. Fica
muito caro!”, garante Nuno João.
Carlos Melo, bombeiro na Mealhada
há cinco anos, foi um dos elementos da corporação que esteve presente na
formação. “Foi bastante útil e ensinou-nos a resolver muitas situações básicas
com ferramentas simples. Sinto-me mais seguro depois desta formação”, explicou
o jovem.
Bombeiros da Mealhada, Pampilhosa
e Anadia “trabalharam” em conjunto
O Jornal da Mealhada aproveitou a
oportunidade para fazer um balanço do trabalho, nos últimos meses, na
corporação dos Bombeiros Voluntários da Mealhada. “Foi um verão muito calmo e
de maior relevo houve o facto de termos participado em três grupos de reforços
em incêndios no distrito de Viseu”, explicou o comandante Nuno João, que
garante que “no concelho da Mealhada houve poucas ocorrências”.
Mas mesmo em minoria
“conseguiram” testar o “acionamento da triangulação dos Bombeiros, no caso da
Mealhada com as corporações da Pampilhosa e Anadia”. “Na prática isto
representa que, em caso de urgência, a Autoridade Nacional de Proteção Civil,
no distrito de Aveiro, aciona as três corporações, para que a primeira
intervenção seja muito mais dominada no imediato. Este ano funcionou em pleno”,
explicou Nuno João, sobre esta “nova” experiência, que já existia, “mas não
estava bem implementada”.
Fanfarra da corporação da
Mealhada de regresso em breve
Outra novidade dos Bombeiros
Voluntários da Mealhada é a “ativação” da Fanfarra da corporação, parada há alguns
anos. “Estamos a tentar fazê-la renascer e já este ano fizemos algumas coisas”,
garantiu Nuno João, explicando que “alguns bombeiros têm conhecimentos musicais
e vão transmitindo aos colegas”.
Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 930, de 15 de outubro de 2014.
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
...O que Distingue um Amigo Verdadeiro....
Não
se pode ter muitos amigos. Mesmo que se queira, mesmo que se conheçam
pessoas de quem apetece ser amiga, não se pode ter muitos amigos. Ou
melhor: nunca se pode ser bom amigo de muitas pessoas. Ou melhor: amigo.
A preocupação da alma e a ocupação do espaço, o tempo que se pode
passar e a atenção que se pode dar — todas estas coisas são finitas e
têm de ser partilhadas. Não chegam para mais de um, dois, três, quatro,
cinco amigos. É preciso saber partilhar o que temos com eles e não se
pode dividir uma coisa já de si pequena (nós) por muitas pessoas.
Os amigos, como acontece com os amantes, também têm de ser escolhidos. Pode custar-nos não ter tempo nem vida para se ser amigo de alguém de quem se gosta, mas esse é um dos custos da amizade. O que é bom sai caro. A tendência automática é para ter um máximo de amigos ou mesmo ser amigo de toda a gente. Trata-se de uma espécie de promiscuidade, para não dizer a pior. Não se pode ser amigo de todas as pessoas de que se gosta. Às vezes, para se ser amigo de alguém, chega a ser preciso ser-se inimigo de quem se gosta.
Em Portugal, a amizade leva-se a sério e pratica-se bem. É uma coisa à qual se dedica tempo, nervosismo, exaltação. A amizade é vista, e é verdade, como o único sentimento indispensável. No entanto, existe uma mentalidade Speedy González, toda «Hey gringo, my friend», que vê em cada ser humano um «amigo». Todos conhecemos o género — é o «gajo porreiro», que se «dá bem com toda a gente». E o «amigalhaço». E tem, naturalmente, dezenas de amigos e de amigas, centenas de amiguinhos, camaradas, compinchas, cúmplices, correligionários, colegas e outras coisas começadas por c.
Os amigos, como acontece com os amantes, também têm de ser escolhidos. Pode custar-nos não ter tempo nem vida para se ser amigo de alguém de quem se gosta, mas esse é um dos custos da amizade. O que é bom sai caro. A tendência automática é para ter um máximo de amigos ou mesmo ser amigo de toda a gente. Trata-se de uma espécie de promiscuidade, para não dizer a pior. Não se pode ser amigo de todas as pessoas de que se gosta. Às vezes, para se ser amigo de alguém, chega a ser preciso ser-se inimigo de quem se gosta.
Em Portugal, a amizade leva-se a sério e pratica-se bem. É uma coisa à qual se dedica tempo, nervosismo, exaltação. A amizade é vista, e é verdade, como o único sentimento indispensável. No entanto, existe uma mentalidade Speedy González, toda «Hey gringo, my friend», que vê em cada ser humano um «amigo». Todos conhecemos o género — é o «gajo porreiro», que se «dá bem com toda a gente». E o «amigalhaço». E tem, naturalmente, dezenas de amigos e de amigas, centenas de amiguinhos, camaradas, compinchas, cúmplices, correligionários, colegas e outras coisas começadas por c.
Os amigalhaços são mais detestáveis que os piores inimigos. Os nossos inimigos, ao menos, não nos traem. Odeiam-nos lealmente. Mas um amigalhaço, que é amigo de muitos pares de inimigos e passa o tempo a tentar conciliar posições e personalidades irreconciliáveis, é sempre um traidor. Para mais, pífio e arrependido. Para se ser um bom amigo, têm de herdar-se, de coração inteiro, os amigos e os inimigos da outra pessoa. E fácil estar sempre do lado de quem se julga ter razão. O que distingue um amigo verdadeiro é ser capaz de estar ao nosso lado quando nós não temos razão. O amigalhaço, em contrapartida, é o modelo mais mole e vira-casacas da moderação. Diz: «Eu sou muito amigo dele, mas tenho de reconhecer que ele é um sacana.» Como se pode ser amigo de um sacana? Os amigos são, por definição, as melhores pessoas do mundo, as mais interessantes e as mais geniais. Os amigos não podem ser maus. A lealdade é a qualidade mais importante de uma amizade. E claro que é difícil ser inteiramente leal, mas tem de se ser.
Miguel Esteves Cardoso, in 'Os Meus Problemas'
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
terça-feira, 21 de outubro de 2014
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
...Câmara corta água à Alcides Branco, que alega ser um “ato desumano”...
O executivo da Câmara Municipal
da Mealhada deliberou, na reunião pública de 6 de outubro, manter o corte de
água à empresa Alcides Branco & C.ª S.A., situada na Lameira de Santa
Eufémia, na freguesia do Luso. O motivo? “Inicialmente falta de pagamento de faturas
e depois a entrega insuficiente de documentos para reativação de ligação”,
explicou, ao Jornal da Mealhada, Rui Marqueiro, presidente da autarquia. Mas
Nuno Branco, administrador da empresa, diz que este procedimento “faz parte de
uma telenovela” e que “os únicos prejudicados são os trabalhadores”.
“A empresa atrasou várias vezes o
pagamento e também várias vezes foi notificada. Chegou a uma altura em que a
Câmara teve que cortar a água por incumprimento”, começou por explicar o edil,
que garante que os pagamentos “já foram liquidados”.
A partir desse momento, começou o
processo de ligação com reposição de contador de água, na qual “o senhor
(referindo-se ao proprietário da empresa) entregou o requerimento e licença de
exploração, contudo ficou a faltar a licença de utilização das instalações”,
esclarece Rui Marqueiro, ao nosso jornal, garantindo ir notificar a empresa da
deliberação do executivo municipal. Nuno Branco assume que houve alguns
atrasos, que já foram pagos, mas que agora está a ser alvo de um processo, que
só acontece “num país de terceiro mundo”. “Não devemos nem meio litro de água à
Câmara. Pagámos, requisitámos novamente o contador, que foi accionado durante
meia hora, e depois desligado, como está até hoje….”, garante o administrador da
empresa, que sobre a documentação em falta, afirma: “É uma telenovela. Cada vez
que lá levo um papel, dizem-me que falta outro. O problema disto tudo é que os
únicos prejudicados são os trabalhadores, que não têm água para a sua higiene.
É desumano e nada digno!”.
Segundo Nuno Branco, o corte de
água “em nada afeta a produção da fábrica, uma vez que não é precisa para a
laboração” e ainda acrescenta que “a telenovela acaba daqui a três semanas”. E
porquê?, quisemos saber. “Porque vai terminar a campanha que, este ano, contou
com excesso de produção, o que levou a que tivéssemos laboração nos meses de
julho e agosto”, respondeu-nos Nuno Branco, que ainda garante que “tudo está
dentro da legalidade na fábrica, que labora há cinquenta anos e há-de trabalhar
outros cinquenta!”.
A “fábrica da baganha”, como é
conhecida a Alcides Branco, não tem dado descanso ao edil nos últimos meses,
com as queixas das populações do Luso, Vacariça e Mealhada a intensificarem-se
de dia para dia, devido ao fumo e cheiro, provenientes daquela unidade fabril,
que produz azeite. “Eu não quero que a fábrica feche. Eu quero é que ela opere
legitimamente, sem causar prejuízos ambientais para ninguém”, esclarece o
autarca, que acrescenta: “Este cheiro nauseabundo pode destruir todo o trabalho
que a autarquia tem feito para impulsionar a economia local. É preciso que a
economia local perceba que vai perder mais se se mantiver a fábrica a laborar
desta maneira, do que se a fecharem. A estância termal do Luso está a ser
gravemente afetada”.
“A saúde e a qualidade de vida
dos cidadãos e o potencial turístico da região não podem ser secundarizados em
favorecimento de uma pequena indústria que de forma sistemática falha no
cumprimento da lei!”, afirma, por sua vez e em comunicado, Bruno Coimbra,
deputado na Assembleia da República e natural da vila do Luso, que tem já um
histórico de atividade parlamentar nesta matéria, com iniciativas que remontam
ao ano de 2011.
Noticia de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 930, de 15 de outubro de 2014.
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
terça-feira, 14 de outubro de 2014
...Em Portugal, as taxas de doenças mentais são altas, mas baixas em suicídios...
As décimas Jornadas sobre
Comportamentos Suicidários realizaram-se, no Grande Hotel do Luso, de 25 a 27 de setembro. Na
ocasião, e em conversa com Álvaro de Carvalho, diretor do Programa Nacional de
Saúde Mental na Direção Geral de Saúde, o Jornal da Mealhada ficou a saber que
“Portugal tem das taxas mais elevadas de patologias associadas à saúde mental”.
Durante três dias, o “debate”, na
vila do Luso, centrou-se nos “comportamentos suicidários”. Uma iniciativa à
qual disseram “sim” centenas de médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes
sociais, sociólogos, professores e estudantes da área, provenientes de vários
pontos do país.
Um estudo internacional, cujo
relatório foi divulgado há um ano, e que engloba trinta e quatro países, de
todos os continentes, garante que “Portugal tem a segunda taxa mais elevada de
doentes com patologias mentais, cerca de vinte e três por cento, sendo apenas
ultrapassada pela República da Irlanda”.
E quais são as principais? “Ansiedade,
controlo dos impulsos, fobias sociais e depressão”, respondeu-nos Álvaro de
Carvalho que, contudo, garante que são patologias que “trazem pouca
incapacidade para o dia à dia”.
Para além das taxas pouco
animadoras para Portugal, Álvaro de Carvalho ainda viu o “inesperado” acontecer
neste relatório, pois os números portugueses estão distantes dos da Espanha
(que tem três vezes menos) e de Itália. “Julguei que pelas diversas parecenças,
tais como, geográficas, climáticas e sociais pudéssemos estar todos no mesmo
patamar”, lamenta o médico, sobre o estudo, que foi cordenado por uma equipa
das Ciências Médicas da Universidade de Lisboa.
Mas apesar dos números, “a taxa
oficial de suicídio em Portugal não é assim tão alta. Por ano, acontecem dez
casos por cada cem mil habitantes”. Álvaro de Carvalho explica, contudo, que é
preocupante a comparação entre o suicídio e os acidentes de viação, ambos
considerados causas de morte previsível. “As percentagens mostram-nos que, de
há quatro anos para cá, os números sobem muito no suicídio, se compararmos com
os acidentes”, garante o médico, que refere a importância do Plano Nacional de
Prevenção de Suicídio já em vigor.
O factor comum em praticamente
todos os suicídios mostra que os doentes procuraram, meses antes, um clínico
geral. “Isto leva-nos a ter certeza de que se melhorarmos os cuidados de saúde
primários, podemos reduzir o número de pessoas que se podem suicidar.
Conhecendo a realidade podemos desenvolver estratégias”, afirma Álvaro de
Carvalho, que enfatiza que este tipo de grupo se centra “em idosos, que vivem
sozinhos e sofrem de doenças crónicas”.
E se por todo o mundo, os
períodos de crise socioeconómicos fazem crescer a taxa de suicídios, em
Portugal esse dado não faz quase diferença: “Ou porque a maior parte das
pessoas tem um grande apoio familiar ou porque somos um povo resiliente
(resistente) ou por diversas outras coisas…”.
Noticia de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 929, de 1 de outubro de 2014.
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
sábado, 11 de outubro de 2014
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
...População diz “Baganha Basta”...
Criado no passado dia 11 de
setembro, o grupo na rede social Facebook “Baganha Basta” ultrapassou, passados
oito dias, mais de meio milhar de adesões. “Se sofres com este cheirete,
arranja uma daquelas máscaras contra o pó, de farmácia, de gás… tiras uma
fotografia e coloca-a como foto de perfil como forma de protesto...”, lê-se no
primeiro post da página, que reivindica o mau cheiro e fumo criados pela
fábrica Alcides Branco & C.ª S.A., de óleos alimentares (especialmente de azeite),
situada na Lameira de Santa Eufémia, no Luso. “É um primeiro passo... pelas
pessoas, pelos turistas, por muitos empregos... pela nossa própria saúde...”,
acrescenta.
São mais de quinhentos os
munícipes que já disseram “sim” a esta luta, no dia 19 de setembro. São de
várias partes do concelho, mas especialmente do Luso e da Mealhada. “É um
cheiro e um fumo que me impede de abrir as janelas de minha casa. Por vezes
entranha-se de tal forma que nos deixa agoniados”, lamenta, ao Jornal da
Mealhada, Tiago Ângelo, residente no centro da vila do Luso, que acrescenta:
“Como lusense ou como simples habitante da freguesia, sinto-me incomodado com o
cheiro, daí estar a cem por cento de acordo com o movimento de cidadãos. Juntos
temos mais força nos protestos”.
Na mesma rede social, lê-se um
comentário de Pedro Costa, residente no centro da cidade da Mealhada: “Desde
que aderi ao Facebook, mantive sempre a mesma fotografia de perfil. Até hoje. Hoje
mudei-a por uma boa causa: vamos acabar com a pestilência no nosso concelho. Um
abraço de solidariedade aos irmãos da parte mais alta do nosso concelho que têm
aturado isto durante anos a fio e um desejo profundo que o mal que foi feito a
quem nos tem visitado, não tenha deixado marca suficiente para que não queiram voltar.
Vamos lá acabar com esta vergonha”.
Recorde-se que esta não foi a
primeira tentativa da população na rede social. Criado no ano de 2011, e com
cerca de quatrocentos membros, está também ainda ativo o grupo “Chernobyl in
Luso e arredores”, que através de fotografias tem “denunciado” o problema.
“Farei de tudo o que estiver ao
meu alcance para fechar esta fábrica”
Rui Marqueiro, presidente da
Câmara Municipal da Mealhada, já tinha demonstrado, ao nosso jornal, o seu
“cada vez maior” desagrado com esta fábrica. E tudo porque, no passado dia 20
de agosto, recebeu a notícia de que a equipa de árbitros que estava em trabalho
no Centro de Estágios do Luso, como é habitual todos os anos por esta altura,
tinha “abandonado” o local por não aguentar o mau cheiro.
“Está mais do que provado, o
prejuízo que esta empresa cria no concelho da Mealhada. Hoje são árbitros, mas
amanhã são equipas nacionais, aquistas (pessoas que frequentam Termas) e
munícipes”, lamentou, na altura, o autarca, que já teve conhecimento de que,
brevemente, a “fábrica da baganha”, como é conhecida, irá receber uma inspeção
da Direção Geral do Ambiente, que reunirá pareces de várias entidades: Câmara
Municipal da Mealhada, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).
“Se não houver resolução por
parte do Governo, a Câmara avançará com uma ação em Tribunal. Farei de
tudo o que estiver ao meu alcance para fechar esta fábrica, pois já vi que a
única solução só pode ser esta”, acrescentou.
Texto de Mónica Sofia Lopes publicado na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 929, de 1 de outubro de 2014.
Fotografia do grupo “Baganha
Basta” no Facebook
terça-feira, 7 de outubro de 2014
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
domingo, 5 de outubro de 2014
...o meu coração estar mais forte...
Com amigos assim, qualquer aniversário torna e tornará o meu coração cada vez mais forte!
Obrigada a todos pela presença...
Obrigada amor Godo...
Obrigada mãe....
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
...a MSL agradecer os 33 anos...
Obrigada a quem está comigo e junto de mim na luta desta vida, que é tão maravilhosa.....
Este ano é muito especial... estou a criar a minha família e isso deixa-me com vontade de viver mais 33 anos....
Mãe, és a melhor, a maior e a mais lutadora. Vais vencer!
Obrigada avós Lurdes, avô Arlindo, pai Zezé, avó Almerinda, dona Graça, sogro, cunhado Godo, "novos" avós, Cila, Tixa, Joana e tantos, mas tantos outros AMIGOS e AMIGAS...
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
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