A Fonte de São João, no Luso, tem
regras de acesso e utilização, mas são poucos os que as leiam e cumprem. O
painel com a informação está nas escadas de acesso à “maravilha” da vila e é um
“apelo” feito pela Câmara Municipal da Mealhada.
“Não transporte para o recinto da
fonte, de cada vez e por pessoa, um número de vasilhas superior àquele que pode
trazer cheias, sem auxílio de meio mecânico de transporte: mais de quatro
garrafões ou seis garrafas”; “não use qualquer meio mecânico auxiliar, para
transporte maciço de vasilhas”; e “não utilize grades, caixas, cestos,
contentores ou outras formas de acondicionamento de vasilhas” são algumas das
mensagens transmitidas no painel de informação, que “apela” a que se dê
prioridade a quem apenas se dirija ao local para beber diretamente das bicas e
no momento.
O Jornal da Mealhada,
propositadamente a um dia de semana, esteve na Fonte de São João, das 17h 30m
às 18 horas, no passado dia 8 de julho, e bastou meia hora para comprovar que
ninguém, naqueles trinta minutos, cumpriu as regras. O mesmo “trabalho” já fez
Rui Marqueiro, presidente da Câmara da Mealhada. “São dezenas de pessoas a
encher centenas de garrafões. Pegam no carro e vão embora. Nem um café bebem”,
declarou o edil, na reunião pública da autarquia do mês de julho, que lamentou:
“Até já vi as pessoas a fazerem merendas nos bancos da Fonte”. Também João
Seabra Pereira, vereador eleito pela coligação “Juntos pelo Concelho da
Mealhada” e residente no Luso, declarou: “Eu já vi a fazerem autênticas
merendas, com lancheiras e tudo, nos degraus da rotunda”.
O edil considera que a população
do Luso deve “exigir mais educação por parte dos turistas”, sabendo que se se
estipulassem regras, para o local, os munícipes não iam gostar, mesmo que
saibam que “estas visitas” não trazem grande proveito para a economia local.
Noticia de Mónica Sofia Lopes publicada no quinzenário Jornal da Mealhada, número 924, de 23 de julho de 2014.
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