quarta-feira, 30 de abril de 2014
terça-feira, 29 de abril de 2014
...JM na comitiva aveirense que visitou Parlamento Europeu...
“Hoje, estou mais convencida do
que quando entrei de que não podemos prescindir deste projeto global”, referiu
a eurodeputada do Partido Social Democrata, Regina Bastos, na receção a uma
comitiva de cidadãos do distrito de Aveiro, que convidou para uma visita ao
Parlamento Europeu e da qual o Jornal da Mealhada fez parte. Acerca das
eleições europeias, que se realizam a 25 de maio, a parlamentar
social-democrata considera que será uma campanha eleitoral “difícil”.
Regina Bastos disse-se acérrima
defensora do projeto europeu, entendendo que “devemos continuar a falar da
Europa como um espaço de solidariedade e de paz”. Na mesma linha, o presidente
da Distrital do PSD, Ulisses Pereira, deu como importante que na próxima
campanha eleitoral “se fale, realmente, da Europa” e elogiou o trabalho de
Regina Bastos. “Excelente deputada não só na defesa das causas dos distrito de
Aveiro, mas de todos os interesses nacionais. Gostaria muito que tivesse
continuado. Tenho gratidão e admiração pelo seu trabalho”, disse.
Falando para um grupo de quarenta
portugueses, na cerimónia de receção no Parlamento Europeu, a eurodeputada deu
nota de que o próximo orçamento da União Europeia dedicará especial atenção ao
crescimento da economia e ao emprego, para os quais estão destinados vinte e
oito mil milhões de euros, a circular já a partir de junho na economia
portuguesa. “Vamos apostar no desenvolvimento da competitividade das nossas
empresas e dedicámos um grande envelope financeiro para combater o desemprego
jovem”, sublinhou Regina Bastos.
“Combater o desemprego é a
prioridade das prioridades. Devemos centrar-nos na criação de emprego sólido,
com salário justo”, preconizou Regina Bastos, desejando que os sinais dados
pelos indicadores económicos possam ser “sólidos e duradouros”.
“Garantia Jovem” será uma das
medidas que entra em vigor este ano. “Garante uma oferta de emprego, educação
contínua, oportunidades de aprendizagem ou estágio, nos quatro meses seguintes
à perda do emprego ou à saída da educação formal. Em Portugal, trezentos e
setenta e oito mil jovens, dos quinze aos trinta anos, poderá beneficiar da
‘Garantia Jovem’ até 2015”,
explicou Regina Bastos, que ainda falou do Portal Europeu da Mobilidade
Profissional, onde existem “1,4 milhões de ofertas de empregos”. “Um
trabalhador português tem que ter os mesmos direitos dos de qualquer outro
país. Pertencemos à União Europeia para isto mesmo, para termos mobilidade. Por
exemplo, em Portugal temos muitos enfermeiros e o Reino Unido tem falta deles”.
A eurodeputada do PSD referiu-se ainda
aos portugueses como “um povo extraordinário, que, apesar de fustigado pelas
circunstâncias, vai buscar forças para superar as dificuldades”.
Carlos Coelho, eurodeputado do
PSD, dissertou sobre a presença portuguesa na União Europeia, já posta em causa
por partidos extremistas. “O ‘orgulhosamente sós’ de outros tempos já não faz,
hoje, sentido, neste mundo global. Nem a Alemanha que é forte, consegue gerir
os seus desafios sozinho”, referiu o eurodeputado, lamentando que Portugal
detenha uma taxa de votação para o Parlamento Europeu abaixo da média europeia.
“Em 2009 foram 43,2% os que votaram na Europa. Em Portugal, só 36,8% dos
portugueses foram votar e tenho receio que esta percentagem continue a baixar”,
lamentou.
A comitiva aveirense teve
oportunidade de visitar o Parlamentarium, um espaço que narra, em diversas
estações, a história da União Europeia, usando, para isso, meios multimédia e
convidando à interação dos visitantes. No fundo, uma forma lúdica de colocar os
visitantes em contacto com a União Europeia de hoje e de outros tempos.
Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, de 16 de abril de 2014.
segunda-feira, 28 de abril de 2014
...Campanha para ajudar criança da Pampilhosa que sofre de doença rara...
“Desde muito cedo que me apercebi
da diferença do meu filho”. É assim que Helena Lopes, mãe de João Daniel Lopes
de Almeida - residentes na Pampilhosa -, descreve a doença rara de que a criança,
de onze anos, sofre. Em prol disso, a população do concelho da Mealhada
“uniu-se” e quer ajudar, contribuindo para o custo dos tratamentos que a
família não consegue suportar.
“Com um mês de idade, o João não
segurava a cabeça e só o começou a fazer com seis meses de vida, sendo que só
com doze se sentou pela primeira vez. Sempre o achei uma criança sem forças,
muito ‘mole’”, explicou, ao Jornal da Mealhada, Helena Lopes sobre o filho, que
aos dois anos começou a gatinhar, com quatro a andar e só aos dez deixou a
fralda, “após muitas tentativas falhadas”.
“Atualmente o João pouco ou nada
diz, comunica por gestos, adaptados por ele, e sons. Apenas consegue verbalizar
‘vó’, ‘ma’, ‘pe’ e ‘ca’. De dia para dia, cansa-se cada vez mais e mais rápido,
perdendo o equilíbrio. Com o cansaço, a perna e pé direitos começam a tremer”,
acrescenta esta mãe, que frequenta o Hospital Pediátrico de Coimbra, com o
filho, desde muito pequeno. “Todos os exames - ressonâncias,
electroencefalograma, análises genéticas e metabólicas -, que ele fez até ao
momento, dão todos normais”, lamenta.
Na procura de mais respostas,
Helena Lopes pôs-se a caminho da SIC e mostrou ao “mundo” a história do João,
num programa de entretenimento. “Consegui uma consulta na Casa dos Marcos – na Moita
(Lisboa) -, onde ele foi no passado dia 20 de março. A médica achou que o João
necessita de um Programa Intensivo de Reabilitação”, explicou-nos Helena Lopes,
que apela “a colaboração de todos”, uma vez que “não tem fundos financeiros
para os suportar”.
Assim, estão a ser recolhidas
tampas de plástico e papelão, no concelho da Mealhada, “para que, com a sua
venda, todo o dinheiro reverta para os tratamentos do João”. A entrega deve ser
feita nas Escolas Básicas 1, nos Jardins-de-infância, na Delegação do concelho
da Mealhada da Cruz Vermelha Portuguesa, nos Bombeiros Voluntários da
Pampilhosa e na Clínica Peso Saudável, na Mealhada.
Para os interessados em
contribuir financeiramente para a tentativa de reabilitação do João, que
frequenta a Sala de Multideficiências na Escola Básica 2 da Pampilhosa, o
número da conta bancária, da Caixa de Crédito Agrícola, é o 0045 3402
4026370980780.
“Todos os dias pergunto a mim
própria a razão da diferença do João. Hoje pelo meu filho amanhã por vós!”,
apela Helena Lopes, que teve que “abandonar” a sua atividade profissional, numa
fábrica, para ter “todo o tempo do mundo para lutar pelo e com o João”.
Texto de Mónica Sofia Lopes publicado na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada,
de 16 de abril de 2014.domingo, 27 de abril de 2014
...contar a história de uma neta com o seu avô...
Cumpriu-se
parte da “lei natural da vida”… a de uma neta fazer o funeral do seu avô…
E
por mais cruel e duro que nos possamos sentir, esta é a lei natural da vida!
Já
não é tão natural o de acompanharmos o sofrimento da sua luta pela
sobrevivência, mas também acontece… e aconteceu ao meu avô Basílio.
Lutou
pela vida durante meses, sempre, sempre em sofrimento! Mas foi vencido e
julgamos nós, porque temos sempre que arranjar algo que nos faça sentir mais “aliviados”,
de que foi o melhor!
Ficam
as memórias…
Nos
últimos dias, reavivei na minha memória tudo o que passei com o meu avô nesta
vida… e foi tanto…
Não
me lembro do meu batizado, obviamente, mas sempre vi fotografias… No funeral do
meu avô dizia a minha madrinha Nela: “Tiveste um batizado que parecia um casamento!”.
Foi
à grande, como em tudo o que o meu avô fazia. Se era para fazer, tinha que ser
grande, de qualidade e bem feito! Foi sempre assim…
Conheci
França de uma ponta à outra… passei verões inteiros em Paris… Muito passeie com
o meu avô Basílio… Num fim-de-semana até fomos de TGV passar um dia a Londres…
que grandes recordações…
E
está tudo registrado… tenho filmagens minhas desde que nasci… vídeos inteiros da
Sofia na piscina, da Sofia em Paris, da Sofia no Carnaval da Mealhada, da Sofia
na Eurodisney, da Sofia a comer, da Sofia no sofá, da Sofia em todo o lado…
Tanto
que o meu avô trabalhou para ter o que teve … Diz-me a minha avó e eu concordo:
“O Basílio teve tudo o que quis!”. E teve mesmo…. trabalhou muito, mas
conseguiu ter tudo o que quis…
Faltou-lhe
apenas a saúde… e até nisso chegámos a partilhar “as coisas da vida”.
Quando
fiquei doente quem me acompanhou na “descoberta” da minha doença (tirando a
minha rica mãezinha) foi o meu avô… acompanhou-me nas consultas, nas análises e
chegou-me a levar à porta de um exame na faculdade, crucial para que eu
acabasse o meu curso… que ele tanto orgulha tinha, quando eu quase nem
conseguia andar!
Ainda
nem um ano fez que nos encontrámos nas análises dos HUC… o meu avô foi às 7
horas e tirou senha para os dois… eu dormi mais um bocado e quando lá cheguei,
mais tarde, estava a minha senha guardada nos seus papéis, sempre muito
organizados…
Nessa
altura, estava o meu avô a ficar bastante doente…
Em
poucos meses a doença provocou-lhe vários estados de espirito… revolta, força,
aceitação e desespero…
Partiu
em paz com o conhecimento de que teve sempre muita gente à sua volta a dar-lhe
força.
Não
concordei com o meu avô Basílio em todas as decisões que tomou na vida e ele, certamente,
que não concordou com muitas das minhas… mas o balanço da relação que faço com
este Homem é muito positiva…
Eu
gostava que tivesse tido um fim de vida mais bonito, mas eu não escolho e como
ouvi tanto nos últimos dias, parece que “é Deus que escolhe assim”… eu não sei,
mas também não quero pensar muito nisso…
Bom…
e apesar de ser a “lei natural da vida”, eu nunca imaginei (estas coisas nunca
se pensam, eu acho), que um dia ia ter que escrever o texto do falecimento do
meu avô na página da necrologia do Jornal da Mealhada…
Mas
vou… e tudo porque… é, simplesmente, a vida! Dói, mas é “a lei natural da vida!”.
quinta-feira, 24 de abril de 2014
quarta-feira, 23 de abril de 2014
terça-feira, 22 de abril de 2014
...Vive no concelho da Mealhada e “viu” a fatura do gás aumentar? Saiba porquê...
Dezenas de munícipes do concelho
da Mealhada disseram “sim” à sessão pública, promovida pelo executivo
municipal, de discussão de análise de diversos assuntos, tais como, a localização
do Centro Escolar da Mealhada, as construções do novo Mercado Municipal da Mealhada
e do novo Edifício Municipal e a Taxa de Ocupação de Subsolo (rede de Gás). O
“encontro”, que aconteceu na noite do passado dia 4 de abril, no auditório da
Escola Profissional Vasconcellos Lebre, vem ao encontro da política
participativa, defendida por Marqueiro, aquando da campanha eleitoral.
“Tenho medo de começar a pagar
bem mais de taxa de subsolo, do que de gás”
A Taxa Municipal de Ocupação do
Subsolo, relativamente ao gás natural, aprovada na Assembleia Municipal da
Mealhada no ano de 2000, foi o assunto mais “discutido”. “Essa taxa começou a
ser liquidada pelo Município da Mealhada, à Lusitâniagás, concessionária de
serviço público de distribuição de gás natural na Região Centro, a partir de
2005. Acontece que essa empresa contestou a sua exigência nos Tribunais
Administrativos e, só depois de os mesmos darem razão à Câmara Municipal, os
montantes liquidados começaram a ser pagos (a partir de 2011)”, lê-se num esclarecimento
da autarquia, publicado no Jornal da Mealhada do passado dia 19 de março, que
acrescenta: “Contudo, o que acontece neste caso é que a referida empresa
repercute nos consumidores o custo das taxas pagas ao Município da Mealhada. E
tem vindo a fazê-lo a partir de 2011 ou 2012, em resultado das ações que perdeu
nos tribunais” e “ao abrigo da lei”, em “acordo com uma metodologia de
‘repercussão’ aprovada pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE)”.
“Este débito, no valor de um
milhão e quatrocentos mil euros (que a Lusitânigás pagou à Câmara da Mealhada
em 2013), vai ser repassado aos clientes da empresa. Em 2014, falamos de oitocentos
e quarenta mil euros e nos dois anos seguintes em trezentos e sessenta e seis
mil euros, em cada um”, começou por explicar Rui Marqueiro, presidente
autarquia, que, indignado, acrescentou: “Um cidadão que hoje venha viver para a
Mealhada vai pagar esta taxa. O melhor é os novos munícipes ligarem-se ao gás
natural só em 2017”.
O edil confessou ter chegado a
pensar “em pagar esta divida”, mas depois de se informar descobriu que no
futuro poderia ter “problemas com uma inspeção”. “Tenho conhecimento de uma
empresa concelhia que passou, este ano, de dois mil euros para dezassete”,
lamentou o presidente da Câmara da Mealhada, mostrando aos munícipes a formula
que a Lusitânigás está a utilizar para fazer os cálculos. “O cidadão comum,
como eu, não consegue entender esta fórmula e se calhar alguns colaboradores da
empresa também não a devem perceber”.
Questionado se há solução para se
resolver o problema, o edil afirmou: “Julgo que seria melhor se a Lusitâniagás
permitisse que o valor fosse repassado durante muitos anos, mas com os
contactos que já fizemos não me parece que haja a abertura para negociação”.
“Temos encarar como um sacrifício de três anos e acho que os consumidores vão
perder se forem para Tribunal, porque não tenho dúvidas que a Lusitâniagás está
a cumprir a lei. É muito melhor ter gás natural do que não ter”, garantiu.
Na sessão, muitos foram os munícipes
que mostraram o seu descontentamento com os novos valores das suas faturas do
gás. António Lousada, residente na cidade da Mealhada, afirmou: “Tenho medo de
começar a pagar bem mais de taxa de subsolo, do que de gás”. “Durante três anos
teremos um município muito menos atrativo”, acrescentou outro munícipe.
Sobre este assunto, e no
comunicado da autarquia, lê-se ainda: “A Câmara da Mealhada propôs à Assembleia
Municipal a redução da taxa de ocupação do subsolo municipal aplicável às
empresas concessionárias do serviço público de gás natural, de 6,25 euros, por
metro linear (ou Fração), e por ano, para um euro. Todavia, a redução foi
aprovada na sessão da Assembleia Municipal de 27 de dezembro de 2013, pelo que
só produziu efeitos a partir de 1 de janeiro de 2014. O que quer dizer que essa
redução só se vai fazer sentir nas faturas dos consumidores quando tiverem sido
repercutidos na sua totalidade os montantes relativos às taxas dos anos
anteriores”.
“Não conheço nenhuma feira boa
que não tenha um estacionamento”
Outro dos assuntos muito
discutido foi o do Mercado Municipal. Em edições anteriores, o Jornal da
Mealhada já deu conta de que a Santa Casa da Misericórdia da Mealhada,
detentora do espaço, na Póvoa da Mealhada, onde se realiza a Feira semanal, deu
um prazo à autarquia, até 2015, para estudar um novo local, uma vez que
necessita do atual para a construção de um Lar.
“A direção da Misericórdia da
Mealhada reuniu comigo quando tomei posse e colocou-me a par das suas
pretensões. O Hospital da Misericórdia está a crescer e as instalações do
Prolongamento do Lar vão ser necessárias para que esta unidade se saúde se
expanda”, explicou Rui Marqueiro, que confessou: “Como sabem eu sou o defensor
número um do Hospital da Misericórdia da Mealhada e entendo as razões da
direção para alterar projetos que estão a crescer”.
Lançando o valor de “um milhão de
euros” para a construção de um Mercado, o edil ainda explicou que a manutenção
do espaço custará dinheiro para sempre. “O Mercado, até agora, era algo com o
qual não tínhamos absolutamente despesa nenhuma!”, garantiu.
Pedro Costa, residente na
Mealhada, defendeu “a filosofia de que a feira deve manter-se semanal”. “A
manhã de sábado é um dia em que a Mealhada ‘ferve’. Qualquer localização que
seja fora do centro da cidade da Mealhada é um tiro no pé”, disse.
Mas João Peres, provedor da Santa
Casa da Misericórdia da Mealhada, garantiu: “O Mercado da Mealhada perdeu
setenta por cento das pessoas que lá iam, bem como feirantes, desde a
construção dos Bombeiros e da Igreja. Tudo porque se perderam os
estacionamentos”. “Não conheço nenhuma feira boa que não tenha um
estacionamento”, disse, enfatizando os números: “Tínhamos vinte e sete talhos
ativos no passado, hoje nem metade; e tínhamos doze peixarias, por exemplo, e
hoje temos apenas três”.
Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, de 16 de abril de 2014.
segunda-feira, 21 de abril de 2014
domingo, 20 de abril de 2014
sábado, 19 de abril de 2014
quinta-feira, 17 de abril de 2014
quarta-feira, 16 de abril de 2014
terça-feira, 15 de abril de 2014
...Convento do Bussaco já abriu, mas espaço da “Virgem do Leite” continua encerrado...
Um possível curto-circuito, na
noite de Natal de 2013, no Convento de Santa Cruz no Bussaco, que provocou a
destruição da tela da “Sagrada Família”, conhecida por muitos como “Virgem do
Leite”, “encerrou” o espaço. Agora, e apesar da sala onde estava “a pintura
mais valiosa” continuar interdita, o Convento do Bussaco já pode ser visitado
(diariamente das 10h às 13 horas e das 14h às 18 horas), depois de pequenas
intervenções que, Fernando Correia, o atual presidente da Fundação Mata do
Bussaco, achou necessárias. “Não é nenhuma intervenção de fundo, mas procurámos
que o espaço fique mais apresentável e digno para ser visitado”, garante.
À entrada do Convento de Santa
Cruz a vista está “mais limpa”, após terem sido removidos dois “grandes
cedros”, apostando numa melhor visualização do Convento para quem chega aquele local
da Mata. Foram ainda limpas “a cobertura, os bancos e as escadas” da vegetação
que vai crescendo com o passar dos anos.
Já no interior do Convento dá-se
conta da renovação das portas, que as intempéries foram deixando “num estado
lastimoso”. “É um trabalho que está a ser feito por uma carpintaria local, que
fez com que não fosse oneroso para nós”, começou por explicar Fernando Correia,
presidente da Fundação Bussaco desde o passado mês de janeiro, que também
“intervencionou” a iluminação daquele espaço religioso, estando um estudante de
Mestrado em
Eficiência Energética dos Edificados a analisar o caso do
Convento.
Na Capela da Família Sagrada
foram ainda, superficialmente, feitas algumas pinturas interiores, em que as
paredes foram caiadas. E é aqui que ainda se vê um lençol branco que tapa o
espaço onde estava a “Virgem do Leite”. “Estamos aguardar autorização da
Policia de Investigação Criminal para podermos seguir os trabalhos. Sabemos que
as perícias de averiguação já acabaram, só nos falta a autorização”, garante o
“dirigente” da Mata do Bussaco, que lamenta: “Não podemos tê-lo fechado muito
tempo porque os recursos da Fundação são poucos e abri-lo é uma mais valia”.
Mas a intervenção mais necessária
e que ainda não pode ser feita é a da cobertura de todo o Convento. “Pedimos
uma análise ao Departamento de Engenharia da Universidade de Aveiro e já
percebemos que ficará mais caro do que prevíamos”, afirma o presidente da
Fundação Bussaco, que, ao Jornal da Mealhada, explicou o que pensa fazer:
“Vamos intervir com madeiras das ‘nossas’ árvores que tombaram e antes da
colocação da telha, colocar-se-á outro material para dar ainda mais segurança”.
Mas a data para início deste
trabalho está dependente, não só das condições climatéricas estáveis, como
também das financeiras. “Teremos que ter apoio de mecenas (patrocinadores de
artes), instituições, empresas e até da própria Câmara da Mealhada”, apela
Fernando Correia, que “gostava ainda este ano” de ver esse trabalho ter avanço,
tentado evitar “outras tragédias semelhantes às do Natal passado”.
Depois da cobertura, Fernando
Correia quer ainda alterar o percurso expositivo do Convento, para que “não
seja necessário um monitor a guiar os visitantes”. “Queremos mostrar toda a
história do edificado e dos quadros de uma forma fácil e visível”, concluiu.
Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, de 2 de abril.
segunda-feira, 14 de abril de 2014
domingo, 13 de abril de 2014
sexta-feira, 11 de abril de 2014
quinta-feira, 10 de abril de 2014
terça-feira, 8 de abril de 2014
segunda-feira, 7 de abril de 2014
...Misericórdia disponível para assumir o Centro de Saúde da Mealhada...
“O Centro de Saúde da Mealhada
não há-de fechar por não ter quem tome conta dele”. Palavras de João Peres,
provedor da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada, na assembleia de “irmãos”,
que se realizou na manhã de domingo, dia 30 de março, assumindo a
disponibilidade da instituição em gerir a unidade de saúde, em caso de
necessidade.
Há mais de um ano, que o Jornal
da Mealhada deu conta da aposentação de sete dos doze médicos existentes no Centro
de Saúde da Mealhada, motivo que levou a que a Consulta Aberta tenha reduzido o
seu horário de segunda a sexta-feira, o que acontece até hoje. Desde então
muito se especula sobre a situação desta unidade de saúde.
Por sua vez, com provas dadas de
uma boa gestão e crescimento na área da Saúde, está o Hospital da Misericórdia
da Mealhada, levando a que João Peres garanta: “A saúde é, neste momento, a
âncora desta instituição!”.
E este facto – o da boa gestão
financeira da instituição, em particular na área da Saúde – aliado ao aspecto
social que a Misericórdia da Mealhada sempre teve como prioridade, levou a que
João Peres tenha assumido perante a Administração Regional de Saúde do Centro
“estar disponível para assumir o Centro de Saúde da Mealhada”. “Já manifestámos
o nosso interesse, se houver necessidade disso, em não deixar, sem esta unidade,
a população do concelho da Mealhada”, garantiu João Peres, que informou que,
neste momento, “a lei ainda não permite que isso aconteça!”.
Também na mesma reunião, João
Peres mostrou-se preocupado com alguns acordos que tem com o Estado no Hospital
da Misericórdia. “No ano anterior (2012) o acordo com a ARS Centro para o
programa “Consulta a Tempo e Horas” (CTH) esgotou o ‘plafond’ que foi atribuído
logo no primeiro semestre e, em 2013, só foi possível chegar a acordo com a ARS
no último quadrimestre, período no qual também se esgotaram os serviços
contratados”, referiu o provedor, mostrando-se preocupado com este corte.
“Houve uma queda substancial no
número de cirurgias ao abrigo do SIGIC (Sistema Integrado de Gestão de
Inscritos para Cirurgia) o que justifica grande parte da variação dos
resultados na área da saúde face ao orçamentado. Acreditamos que tal redução
advém de uma contenção na emissão de vales por parte do SNS (Serviço Nacional
de Saúde), através de uma gestão mais ou menos artificial dessa lista de
espera, com prejuízo evidente da saúde dos cidadãos”, lê-se no relatório e
contas referentes ao ano de 2013, uma das preocupações acentuadas também pelo
provedor.
“Temos que reforçar os acordos
com o Estado porque somos um hospital social, isto é, os que têm dinheiro
pagam, os que não têm que ser assistidos da mesma maneira”, disse ainda João
Peres, garantindo: “Somos a única unidade da Região Centro que tem todos os
acordos com a ADSE e, também por isso, somos procurados, essencialmente, por
utentes da Mealhada, mas também de Mortágua, Anadia, Oliveira do Bairro,
Cantanhede, Coimbra e de vários pontos do país”.
Após ouvir este balanço, Aloísio
Leão, diretor clínico do Hospital, saudou “a estratégia do senhor provedor na
aposta que fez”. “Temos profissionais muito competentes, generosos e dedicados.
Quando as coisas são feitas por profissionais assim, tudo parece simples!”.
Artigo de Mónica Sofia Lopes publicado no quinzenário Jornal da Mealhada, número 916, de 2 de abril de 2014.
domingo, 6 de abril de 2014
sábado, 5 de abril de 2014
sexta-feira, 4 de abril de 2014
quarta-feira, 2 de abril de 2014
terça-feira, 1 de abril de 2014
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