Finalmente o corso do Carnaval
Luso Brasileiro da Bairrada contou com bom tempo para sair à rua. O desfile de
2 de março – Domingo Gordo – foi cancelado, o de 4 saiu debaixo de chuva e só
no passado domingo, dia 9, e já fora época, houve condições (e boas) para que
os grupos e escolas de samba desfilassem na Avenida.
Turma do Rambuque, nascida no
Grupo Recreativo Escola de Samba Real Imperatriz, de Casal Comba (que levou um
grupo de utentes do Centro de Santo Amaro, da APPCDM - Associação
Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental - de Anadia);
Desafio d’Arte; Big Borga; Grémio Recreativo Escola de Samba Batuque; Os
Papagatos, do Centro Cultural, Desportivo e Recreativo da Pedrulha (Casal
Comba); Polirithmus, de Cantanhede; GRES Amigos da Tijuca; Espantalhos; e
escola de samba Sócios da Mangueira encheram as avenidas do Sambódromo Luís
Marques, na cidade da Mealhada, e muitos foram aqueles que disseram “sim” ao
Carnaval mais brasileiro de Portugal.
De Pombal, encontrámos uma
família inteira (mãe, filhos e netos). Alguns deles vieram pela primeira vez,
outros já contam uma mão cheia de visitas. “Valeu a pena vir cá. Gostei muito”,
disse, ao Jornal da Mealhada, a matriarca da família, que confessou: “Viemos
aqui porque no fundo é o Carnaval mais perto que temos da nossa localidade”.
E se na terça-feira, com chuva,
duas mil e quinhentas pessoas visitaram o Sambódromo da Mealhada, com o preço
do bilhete a cinco euros, no passado domingo, muito provavelmente, o número de visitantes
aumentou. “Foi muito bom e correu tudo melhor do que eu pensava. A ideia de
baixar o preço do bilhete de cinco para três euros teve sucesso”, garantiu
Fernando Saldanha, presidente da direção da Associação de Carnaval da
Bairrada”, que não conseguiu, contudo, até ao fecho da nossa edição,
contabilizar o número de entradas. “Dá-me ideia que tivemos mais entradas no
domingo, em relação a terça-feira, mas só com números é que dou certezas”.
A faltar, no dia 9 de março,
ficaram os reis do Carnaval – os atores Kiko Pissolato e, a sua esposa, Bruna
Anauate –, que, apesar de no desfile de dia 4, terem garantido ficar, optaram
por outro convite e viajaram para um outro país europeu. “Não faz mal nenhum
não o ver. A mim não me diz nada”, disse-nos a família de Pombal com quem
falámos.
Mas eles estiveram, na
terça-feira de Carnaval, e debaixo de chuva percorreram o Sambódromo. Na
altura, ao Jornal da Mealhada, “Maciel”, de “Amor à Vida” transmitida no
horário nobre da SIC, garantiu: “Há muitas pessoas que sambam melhor que eu,
que sou brasileiro”. Já a esposa elogiou “o povo, a culinária e os vinhos”.
Texto de Mónica Sofia Lopes publicado na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 914, de 11 de março de 2014.
Fotografia de Rodrigo Mortágua
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