Em 2019, bati de frente com um cancro. Não
esteve dentro de mim, mas de alguém muito próximo. Senti a angústia e a luta
para que o inimigo pudesse ser travado, vivenciando, ao mesmo tempo, o
desespero de quem, ao redor, galgou montanhas para que no final o vencedor fosse
mesmo o maldito cancro.
Com ele aprendi que a vida passa rápido
demais para alguns dos comuns mortais e que são nestes momentos que as pessoas
te vão mostrar o lugar que realmente merecem na tua vida. Um verdadeiro cliché que
me fez despedir não só de quem já não está, como de quem não merece estar! Assunto
arrumado!
Este ano enfatizei totalmente a ideia que
já tinha da minha mãe: chiça, que mulher valente! Supera tudo o que lhe aparece,
com as lágrimas nos olhos, mas sempre escondidas num sorriso natural que
espelha o que ela realmente é: uma guerreira!
A centenas de quilómetros daqui, sinto de
perto uma sina familiar chamada de emigração. A vida é difícil para caraças!
Nos últimos 364 dias, voltei a confirmar
que a família e os amigos são o melhor do mundo e que não há nada mais
tranquilo e seguro do que o sorriso de uma Maria Miguel.
Volto a destacar como peça fundamental nos
meus dias um tal de Nuno Miguel e que a vida me presentei, diariamente, permitindo
que, profissionalmente, continue a fazer aquilo de que me mais gosto. Não é nada
fácil trabalhar por conta própria! J
Termino o ano cansada, entre notícias,
lides domésticas, controle de uma doença crónica e alguns prazeres sociais e
familiares, encontro-me a tirar uma formação de formadores e fui convidada para
ser coautora de uma obra importante para a comunidade onde me insiro!
Entrarei em 2020 com as mesmas pessoas de
2019, mais coisa menos coisa, e percebo que, neste momento, fazer um pudim que
agrade a todos pode ser aquilo que mais me deixará feliz!
Um bom ano de 2020 e desejo que um dia possa
olhar para 2019 e perceba, com tranquilidade, porque razão ele aconteceu assim…
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