segunda-feira, 25 de julho de 2016

...Escola Profissional Vasconcellos Lebre...



Comemoração dos 25 anos relembraram “nascimento”

As comemorações dos 25 anos da Escola Profissional Vasconcellos Lebre (EPVL) terminaram, na tarde do dia 9 de julho, depois de uma semana onde não faltou um almoço com professores e funcionários e ainda uma Gala, no Cineteatro Messias, espetáculo que a escola quis “oferecer” à comunidade. O último dia de festejos foi de balanço das mais de duas décadas de trabalho, fez-se o rescaldo do último ano “difícil” com os atrasos nos pagamentos por parte dos fundos comunitários e ainda se lembrou, pela voz de Rui Marqueiro, presidente da Câmara da Mealhada, o responsável pelo “nascimento” da EPVL: Carlos Cabral – seu antecessor na autarquia.
O presidente da Câmara da Mealhada não quis que a efeméride dos vinte e cinco anos da EPVL ficasse recordada sem que o nome de Carlos Cabral, que liderou os destinos da autarquia durante três mandatos e meio, ficasse esquecido. “A justiça tem que ser feita e temos que dar importância aqueles que trabalharam para que esta escola estivesse aqui”, começou por dizer Rui Marqueiro, lembrando o percurso feito em 1990, “onde Carlos Cabral, na altura vereador responsável pelo pelouro da Educação, fez uma boa candidatura que acabou por ser aceite pelo Ministério da Educação”.
“Depois de um longo período e de finalmente termos o ‘sim’, faltava um diretor”, continuou o edil, confessando que o primeiro nome que lhe surgiu foi precisamente o de Carlos Cabral, “uma vez que era a cara desta candidatura”. “O caminho não foi por aí e convidei João Pega, que aqui esteve durante mais de vinte anos”, declarou Rui Marqueiro, garantindo: “Ainda bem que a história foi assim. A Câmara continuou com um bom vereador e a EPVL ganhou um bom diretor”.
O presidente da Câmara da Mealhada não quis terminar o seu discurso, sem deixar de descansar o diretor da EPVL, relativamente aos constrangimentos financeiros, uma vez que a escola é dependente de verbas disponibilizadas pelos fundos comunitários. “A Câmara da Mealhada não pode e nunca vai deixar que a EPVL acabe por falte de dinheiro. Seria um ato criminoso”. “Este é o projeto que mais prazer me deu, e continua a dar, na minha passagem pela vida pública”, concluiu o edil, elogiando o trabalho de Nuno Canilho: “Não admito que pensem que a minha escolha foi uma jogada politica. É uma honra trabalhar com alguém que tem tanto futuro pela frente”.

“Quisemos ser uma escola onde as pessoas são mais felizes”, declarou Nuno Canilho

Nuno Canilho centrou o seu discurso no papel que a escola tem na região e começou colocando uma questão: “Pode uma escola transformar os jovens e ser fator diferenciador na sociedade?”. Para o dirigente: “Sim, pode”. “Poderíamos ter seguido um caminho normal, mas não o fizemos, quisemos ser uma escola onde as pessoas são mais felizes!”, continuou o diretor da EPVL, que enalteceu o papel de toda a comunidade escolar, desde funcionários, professores, alunos e encarregados de educação, no sucesso dos últimos vinte e cinco anos.
“A nossa escola está sempre cá para dar o melhor pela nossa terra e pela nossa comunidade”, acrescentou Nuno Canilho, agradecendo aos proprietários da EPVL – Câmara da Mealhada e Caixa de Crédito Agrícola – todo o apoio dado. “O último ano não foi o mais fácil, mas teria sido bem mais difícil se não tivesse contado com a vossa ajuda”, concluiu.
O dirigente lembrou ainda que no último ano letivo foram testados todos os limites. “Tivemos um número record de alunos, de turmas e de cursos. Superámo-nos!”, disse ainda Nuno Canilho, lembrando que “a taxa de sucesso da escola é de 97,58%”.

“Uma escola onde a formação humana e moral é superior a qualquer outra coisa”

João Pega, diretor da EPVL durante mais de duas décadas, também esteve presente na cerimónia em representação da Caixa de Crédito Agrícola Bairrada e Aguieira. “É sempre um momento alegre estar junto dos ‘meus’ queridos alunos, professores e funcionários. São vocês a razão de ser desta escola, uma escola onde a formação humana e moral é superior a qualquer outra coisa”, acrescentou o antigo dirigente.

“Para sermos bons trabalhadores, precisamos de ser felizes”

Também Manuela Alves, diretora pedagógica da EPVL, proferiu algumas palavras. “Fazer parte desta escola há vinte e quatro anos é um sonho. Aqui a educação e formação andam de mãos dadas”, começou por dizer a “professora Mané”, como é conhecida no seio da comunidade escolar, acrescentando que “para sermos bons trabalhadores, precisamos de ser felizes. Tenho orgulho em dizer sou EPVL, uma escola onde sou profundamente feliz!”.

“A Câmara da Mealhada é das melhores parceiras da região na Educação”

Presente esteve também Cristina Oliveira, Delegada Regional da Educação do Centro, que afirmou: “Sou fã das escolas profissionais porque trabalham num projeto educativo diferente”. E referindo-se ao caso concreto da EPVL disse: “Uma escola que promove um projeto educativo tão abrangente tem mesmo que estar de parabéns!”.
Cristina Oliveira deixou ainda alguns elogios: “À Câmara da Mealhada por ser das melhores parceiras da região Centro para com a Educação” e ainda “aos pais por terem deixado os filhos virem estudar para uma escola profissional”.

“As pessoas têm orgulho na EPVL”

Também Daniela Esteves, presidente da Assembleia Municipal da Mealhada, elogiou a EPVL. “Nos testemunhos que ouço sobre esta escola não vejo estigma nenhum. As pessoas têm orgulho na EPVL. Não vêm aqui uma alternativa, mas sim um caminho”, afirmou a autarca.

Professora Maria João Saraiva recebeu Prémio de Mérito

A festa terminou com a entrega de Prémios de Mérito aos melhores alunos de cada curso e à professora Maria João Saraiva, pelos seus 24 anos a lecionar na EPVL. “Este prémio é simbólico, mas significa a ajuda pelos teus vinte e quatro anos a esta escola. És uma lutadora, uma ganhadora e uma amiga para vida”, disse Manuela Alves, após entregar a revista dos vinte e cinco anos da EPVL autografada por alunos, professores e funcionários. Maria João Saraiva agradeceu o prémio que designou de “coletivo” e desejou que “venham mais duas décadas”.
Seguiu-se a entrega dos diplomas aos alunos que terminaram os cursos nos anos de 2011 a 2014 e de 2012 a 2015.
Presente na cerimónia esteve ainda Bruno Coimbra, deputado na Assembleia da República, numa festa que registou a ausência de José Luís Presa, da ANESPO – Associação Nacional de Escolas Profissionais.

Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 976, de 20 de julho de 2016.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

...Assembleia Municipal da Mealhada...



Bancadas políticas querem desagregar freguesias

Depois da aprovação, por unanimidade, na Câmara da Mealhada, foi agora a vez da Assembleia Municipal aprovar, da mesma forma, a “luta” pela desagregação das freguesias da Mealhada, Ventosa do Bairro e Antes.
A última Assembleia Municipal da Mealhada realizada, na noite do passado dia 24 de junho, ficou marcada pela unanimidade, de todas as bancadas, em remeter a posição sobre a Reorganização Administrativa Territorial Autárquica, “imposta” em 2012, à Assembleia da República.
“Há zonas do país onde a população deixou de ter um referencial do Estado. No nosso caso não há tanto esse problema, mas cada freguesia tem a sua própria identidade e isso cada vez se perde mais com esta agregação”, declarou Rui Marqueiro, presidente da Câmara da Mealhada, aquando da Assembleia Municipal, onde ainda lamentou: “Esta junção não faz sentido nenhum!”.
Na proposta aprovada pode ler-se que “quase quatro anos após a imposição da agregação de freguesias da Mealhada, Ventosa do Bairro e Antes, constata-se que os esperados ‘ganhos de eficiência e de escala’ e a ‘melhoria na prestação de serviços públicos’, que serviram de fundamento à reorganização administrativa, não se confirmaram”.
E o documento continua: “A nova conjuntura política, com uma maioria parlamentar cujos partidos se opuseram à agregação das freguesias ao arrepio da vontade manifestada pelas respetivas populações, cria uma expetativa no sentido de inversão do processo na sequência de um amplo debate e no respeito pelo poder local democrático e a sua autonomia, consagrada na Constituição da República Portuguesa”.
Uma proposta que termina com a “firme oposição à reorganização administrativa territorial autárquica imposta” em 2012 e solicita “a intervenção dos grupos parlamentares da Assembleia da República, no sentido de promoverem a revogação da Lei (…) e tomarem medidas legislativas que visem a ‘desagregação’ e consequente autonomização das Freguesias de Mealhada, Ventosa do Bairro e Antes”.
Antes da aprovação, por unanimidade, da proposta, João Louceiro, da bancada da CDU, declarou: “Entendemos que o debate sobre esta matéria esta sobejamente feito, mas concordamos que esta intervenção seja remetida aos diversos partidos, até porque está na altura de reverter o processo de agregação de freguesias”.

“De três freguesias criar-se uma é bem mais fácil do que uma se dividir por três”

Recorde-se que, em declarações ao Jornal da Mealhada, numa edição passada, João Santos, presidente da Junta da União das Freguesias da Mealhada, Ventosa do Bairro e Antes, garantiu estar a favor, “politicamente”, da desagregação, mas lembrou que o processo “criará alguns constrangimentos”. “Foram três anos de trabalho para organizar uma ‘mega freguesia’ a partir do zero, orientar-se pessoal, ampliar Estaleiros e sede da Junta…. Foi feito muito trabalho que agora se poderá ver voltar para trás”, lamentou o autarca, que afirma que caso o processo da desagregação vá em frente “haverá ainda mais trabalho”. “De três freguesias criar-se uma é bem mais fácil do que uma se dividir por três”, acrescenta.
João Santos enfatizou ainda, na altura, que “pode haver pessoas insatisfeitas, mas também há as que por elas já não se mexia em nada porque como está, está bem!”. 

Noticia de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 975, de 6 de julho de 2016.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

...4 Maravilhas da Mesa da Mealhada...



Satisfeito com 7.ª Gala, Marqueiro elogiou criação da marca

A VII Gala das “4 Maravilhas da Mesa da Mealhada” decorreu, na noite da passada sexta-feira, na Adega Rama, no Carqueijo. A festa, que se realiza de dois em dois anos, revalidou a continuação dos aderentes na marca e integrou novos. Este ano, contou ainda com a novidade de duas candidaturas na categoria “Produtos Alimentares Associados”.
A noite de 1 de julho foi de Gala para todos os aderentes da marca “4 Maravilhas da Mesa da Mealhada – Água, Pão, Vinho e Leitão”. Uma marca que, segundo Rui Marqueiro, presidente da Câmara Municipal da Mealhada, foge totalmente à regra do que os estudos de marketing estipulam como parâmetros. “Tudo indicava que uma marca com quatro produtos não funcionaria, mas a verdade é que esta pegou! Parabéns a quem a inventou e a registou. Integra produtos com qualidade e que são da Mealhada”, elogiou o edil, aos jornalistas, no final da Gala, organizada por dois mealhadenses, Paula Gradim e Sérgio Lindo, reconhecidos no concelho da Mealhada pelas suas intervenções artísticas.
Mas os «reis» da noite foram os produtores e comerciantes. Assim, na categoria de “Água e Pão”, revalidaram o titulo a Sociedade da Água de Luso, Escola Profissional Vasconcellos Lebre e as Padarias Manaia e Madrugadora. No Vinho, os galardões foram para Milheiro Selas, RAMA, J. Rama, Lda., Quinta do Azinhal, Manuel Ferreira da Silva, Quinta do Carvalhinho e as Caves Messias.
Na categoria de Restaurantes os “premiados” foram Sociedade Hoteleira Pedro dos Leitões, Nelson dos Leitões, conjunto turístico “Quinta dos Três Pinheiros”, Churrasqueira Rocha, “Hilário”, “O Castiço”, “Típico da Bairrada”, “Octávio dos Leitões”, “Pic-Nic”, “Rei dos Leitões”, “Meta dos Leitões” e “Oásis”.
Receberam ainda galardões o assador “Leitão 100% Bairrada” e os estabelecimentos comerciais “Esplanada Jardim”, “Tás Ca Larica” e Intermarché.
Mas a “grande” novidade foram os “Produtos Associados”, uma nova categoria, que contou com duas candidaturas na área da doçaria: Os caramujos do Luso levados por “Semedo & Bonito” e os bolos da empresa “Docealhada”. “Faltou aqui o ‘Casticito’, um pastel que já tem marca registada, mas que por esquecimento da sua tutora não se candidatou”, declarou o presidente da Câmara da Mealhada, enfatizando que a marca “4 Maravilhas” está “aberta a quem quiser fazer parte dela, sempre com espírito de inovação”.
Candidataram-se ainda, e integrarão o projeto logo que tenham os processos de obras concluídos, o hotel “Portagem Bairrada Center”, o restaurante “Gil dos Leitões” e a Adega Casa de Sarmento. “Muito nos honra que queiram fazer parte do nosso projecto municipal”, concluiu ainda Rui Marqueiro.
A animação do evento esteve a cargo do casal mestra sala e porta bandeira da escola de samba da Mealhada “Batuque”; da fadista lusense Edna Costa; do mágico André Lopes, natural do Canedo; do grupo musical de Pombal “Coffee & Cigarettes”; da Orquestra de Tangos de Coimbra; e ainda de elementos da Patinagem Artística do Hóquei Clube da Mealhada.

Avaliação introduziu “melhorias”

Recordamos os nossos leitores que “a marca, criada e registada pela Câmara Municipal da Mealhada em 2007, procura reforçar o posicionamento dos quatro produtos gastronómicos de excelência do concelho, através da promoção da qualidade, da genuinidade e da tradição por parte dos agentes económicos. E dá aos consumidores essa garantia de que, ao entrarem num estabelecimento que exibe o selo ‘4 Maravilhas,’ está assegurada essa qualidade que transforma uma refeição numa experiência memorável”.
A avaliação é feita por um júri constituído por representantes de várias entidades: Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, Associação de Escanções de Portugal, Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, Centro de Formação Profissional para o Sector Alimentar, Associação de Municípios Portugueses do Vinho e Comissão Vitivinícola da Bairrada.
Para além da categoria “Produtos Alimentares Associados”, a marca introduziu “melhorias” na avaliação aos candidatos, segundo Ana Paula Pais, presidente do júri, tendo aberto o parâmetro de degustação dos produtos e ainda dado enfoque à carta e serviço de vinhos.

Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 975, de 6 de julho de 2016.