quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

...Câmara Municipal da Mealhada...



Executivo aprova, por unanimidade, Orçamento para 2016



O Orçamento Municipal da Mealhada para o próximo ano, no valor de dezassete milhões e meio, foi aprovado, por unanimidade, em reunião extraordinária, que se realizou na manhã do dia 14 de dezembro. Agora o documento será remetido à Assembleia Municipal da Mealhada, que se realiza na última semana do presente mês, mas ao que tudo indica ainda não está convocada.

Em linhas gerais, e segundo Rui Marqueiro, presidente da Câmara Municipal da Mealhada, as grandes rubricas do Orçamento do próximo ano vão para os Mercados Municipais da Mealhada e Pampilhosa, para o edifício municipal, para regeneração urbana na Mealhada e Pampilhosa e para a requalificação de algumas escolas do concelho.

Assim, e depois de o Jornal da Mealhada consultar os documentos previsionais, pode ler-se que a autarquia reserva 170.600 euros para o Mercado Municipal da Mealhada; 236.365 euros para o Mercado Municipal da Mealhada; 102.600 mil euros para o edifício municipal; e 261.600 euros para a requalificação urbana Zona Central da Mealhada. Na Pampilhosa estão previstos 300 mil euros para prolongamento da rua da Estação e cem mil para a requalificação urbana. Para a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Mealhada vão duzentos mil euros.

Ao nível escolar, a autarquia prevê gastar 469 mil euros no Centro Escolar da Mealhada e quatrocentos mil euros na requalificação da Escola Secundária da Mealhada. Na requalificação dos Jardins-de-infância de Casal Comba, Carqueijo e Canedo estão previstos quase cem mil euros a cada um.

Ao nível desportivo, salta à vista o valor de 320 mil euros para o Campo de Futebol Municipal do Luso. Há ainda 160 mil euros para o FESTAME – Feira do Município da Mealhada e cem mil para a Fundação Mata do Bussaco.

Outro valor de peso é o destinado ao Grémio de Instrução e Recreio da Pampilhosa, cerca de 409 mil euros. “O GIR tem que receber da Administração Central cem mil euros. Ora com esta verba não pode nunca terminar a obra do Cineteatro”, explicou o edil, que enfatizou: “Claro que a Câmara terá que ter um protocolo com a direção do GIR, até porque caso contrário o Tribunal de Contas poderia, e bem, vir questionar-nos sobre este montante”.

Sobre o Orçamento, na generalidade, Rui Marqueiro explicou: “Baseámo-nos nas regras provisionais do Orçamento de 2015. Tememos que o Orçamento de Estado, que só deve ser votado lá para março, possa vir a ter consequências negativas sobre o Orçamento Municipal para 2016”.



Apoio às freguesias reserva novidade no valor de 600 mil euros



Mas este Orçamento reserva ainda uma novidade, pois, pela primeira vez, está munido de uma modalidade de apoio às freguesias (para promoção e salvaguarda do interesse das populações) sustentada num volume de seiscentos mil euros que será regulamentado após a aprovação do Orçamento Municipal. Todos os apoios já prestados em 2015 serão mantidos e acresce a nova verba, que será repartida, equitativamente, por cada freguesia para apoio às suas competências próprias.

“Na prática está estipulado um valor máximo de cem mil euros para cada freguesia, contudo, se houver uma Junta de Freguesia que não utilize este valor, outra pode fazê-lo”, explicou Rui Marqueiro, que defendeu: “Sabemos que há presidentes mais ativos do que outros. Sempre assim foi!”.



“Câmara é muito dependente de fundos comunitários”



Apesar de votarem favoravelmente, os vereadores da coligação “Juntos pelo Concelho da Mealhada” demonstraram alguma preocupação. “Genericamente, votamos favoravelmente, mas, na nossa opinião, este Orçamento revela alguma continuidade do que tem vindo a ser feito e a Mealhada precisa de algumas alterações. Preocupa-nos a receita, principalmente a de fundos comunitários, no valor de três milhões de euros. Esta Câmara é muito dependente dos fundos comunitários”, declarou Gonçalo Louzada.

Mas Marqueiro defendeu-se. “Se quiséssemos sobrecarregar nas taxas dos munícipes, certamente que não precisaríamos de fundos comunitários. O Orçamento Municipal da Mealhada é curto e sempre teve a preocupação de não sobrecarregar os munícipes”, retorquiu o edil.

Para os vereadores da oposição, e segundo a declaração de voto efetuada, a “novidade” dos seiscentos mil euros para as freguesias é a única de se enaltecer.

Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 961, de 23 de dezembro de 2015.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

...Lameira de Santa Eufémia...



“Se a Fábrica da Baganha laborou, então fê-lo ilegalmente”

A fábrica de extração de óleo alimentar, que opera na Lameira de Santa Eufémia, no Luso, denominada de Alcides Branco & C.ª SA, está a ser alvo de vigilância apertada por parte da Comissão Eventual de Acompanhamento desta empresa, que é constituída por um conjunto de elementos nomeados pela Câmara Municipal da Mealhada. A “intensificação de vigilância” surge após uma “reunião de emergência”, que se realizou na tarde do dia 14 de dezembro em detrimento dos maus cheiros que foram libertados nos últimos dias. “Têm sido dados sinais de que a empresa está a laborar e a ser assim, estará a fazê-lo de forma ilegal”, declarou, ao Jornal da Mealhada, Rui Marqueiro, presidente da autarquia, que não esconde a indignação por a empresa “estar a violar o acordo judicial em vigor que impede a fábrica de laborar”.
Nos últimos dias, largas dezenas de mealhadenses têm "inundado" as redes sociais com críticas muito contundentes aos maus cheiros provenientes da referida fábrica de extração de óleo alimentar, conhecida por “Fábrica da Baganha”. O fumo, prova de que a fábrica estará eventualmente a laborar, já tinha sido avistado há algumas semanas.
Este facto levou a que fosse convocada uma reunião de emergência no passado dia 11 e na altura, em comunicado, o edil afiançou que não hesitará um segundo em "tomar as medidas que forem necessárias para, nos termos da Lei, acabar, de uma vez por todas, com uma situação indigna para o concelho da Mealhada e injustamente penalizadora dos munícipes que são obrigados a suportar cheiros incrivelmente nauseabundos, pagando, sem culpa, uma elevada fatura ambiental".
“Se se confirmar a laboração da fábrica, os elementos da comissão alertam-me e eu farei chegar esse facto ao Tribunal”, acrescentou, ao Jornal da Mealhada, o edil.
A Comissão Eventual de Acompanhamento da Alcides Branco & C.ª SA é constituída por Nuno Salgado, juiz jubilado; um representante da Guarda Nacional Republicana; Nuno João, comandante dos Bombeiros Voluntários da Mealhada; pela Delegada de Saúde da Mealhada; por Manuel Antunes (antigo funcionário da fábrica); e por Claudemiro Semedo, presidente da Junta de Freguesia do Luso.

Tribunal “encerrou” fábrica em 2014

Recorde-se que Câmara Municipal da Mealhada decidiu interpor uma providência cautelar contra a unidade fabril depois de, durante o verão de 2014, ter recebido inúmeras queixas da população, ter visto uma equipa abandonar o Centro de Estágios do Luso por não aguentar os cheiros e os fumos que se faziam sentir e por ter tido conhecimento do incumprimento de vários requisitos legais para a manutenção da licença provisória por parte da empresa.
A providência cautelar entrou no Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro no dia 17 de outubro de 2014 e meia dúzia de dias depois foi aceite por esse tribunal, levando assim a que a Direção Regional de Economia do Centro fizesse cumprir, de acordo com o artigo 128 do Código de Processo dos Tribunais Administrativos, o pedido do Município da Mealhada para que “em defesa dos interesses de saúde pública, do ambiente e da qualidade de vida” a unidade fabril fosse encerrada provisoriamente até a decisão da providência cautelar e da ação principal.

Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 961, de 23 de dezembro de 2015.
Fotografia de Arquivo JM.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

...Santa Casa da Misericórdia da Mealhada...

Gala de Natal produzida pelos colaboradores

A Gala de Natal da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada realiza-se no próximo dia 19 de dezembro, um sábado, com início às 16 horas, no Cineteatro Municipal Messias. O valor dos bilhetes reverte, na totalidade, a favor do Fundo de Emergência Social da instituição e podem ser adquiridos nas diversas valências da Misericórdia da Mealhada.
A história desenrola-se em volta de um sofá, onde um casal de velhinhos vê televisão, passando de programa em programa. Será cerca de hora e meia de espetáculo, totalmente produzido por colaboradores da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada, onde não faltará o humor, a música, muitas surpresas e, claro, uma mensagem natalícia.

Os ensaios não param e todos os colaboradores das valências e serviços estão empenhados “em produzir o melhor espetáculo de sempre”.

Noticia de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 960, de 9 de dezembro de 2015.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

...“natal luso-bussaco”...

Luzes, música e muita animação

A vila termal do Luso está “vestida” de Natal desde o passado mês de novembro. As luzinhas nas árvores e na rua, as músicas de Natal e a animação durante todos os fins-de-semana “trazem” ao centro localidade mais de um mês de festa, que só termina a 10 de janeiro. O programa é extenso e quem por lá passa garante que é animado.
Pelo quarto ano consecutivo, a associação lusense AquaCristalina realiza o “Natal Luso-Bussaco” que conta com a colaboração, para além da população do Luso, de diversas entidades parceiras: Fundação Mata do Bussaco, Dias do Avesso, Living Place, P8 eventos, Uakatá, Despert'art, Proliabike e DitoEFeito.
“O evento começou em 2012 pela empresa Dias do Avesso, do qual sou gerente. Foi um projeto piloto, que correu bem, e desafiámos os outros empresários e comerciantes a aderirem”, começou por explicar, ao Jornal da Mealhada, Inês Seabra, secretária da direção da associação AquaCristalina, que garante que o objetivo primordial é o da “captação de turistas”. “Estamos a tentar contrariar o turismo sazonal, que no Luso acaba por acontecer só no verão. Como sabemos que nos hotéis maiores, como o Grande Hotel e o Inatel, há famílias que já procuram o Luso no Natal e na Páscoa, achámos que fazia sentido oferecer mais alguma coisa, criando outros atrativos”, acrescenta Inês Seabra.
E para isso, o “Natal Luso-Bussaco” tem duas vertentes disponíveis: Iluminações de Natal, fruto de angariação de fundos realizada ao longo do ano; e um programa cultural centrado nas famílias, com atividades para os mais novos e mais velhos. “Longe do buliço de outros destinos típicos desta quadra, o Luso propõe-se a oferecer algo diferente, aquilo que é e tem de melhor: Um local belo, tranquilo e onde se respira natureza e bem-estar; onde as famílias podem viver a ternura desta época com atividades em família e espetáculos culturais para todas as idades que não perturbam a calma do local. Serenidade, harmonia e luz... assim se define o Natal Luso-Bussaco”, lê-se num comunicado de imprensa dos elementos da direção da associação AquaCristalina.
Mesmo no centro da vila, na Fonte de São João, está montada a Tenda de Natal, o espaço que todos os fins-de-semana recebe inúmeras atividades: Espetáculos todos sábados à noite (música, bailado, canto lírico, grupos corais, malabarismo, fantoches, etc.), Mercadinhos e Sabores de Natal aos domingos (até ao dia 25 de dezembro) e até uma grande festa de Natal para os mais pequenos a 19 de dezembro, a partir das 14 horas. Na noite do dia 19, mas à noite, haverá também uma peça de teatro baseado nos Contos de Aquilino Ribeiro, “Amá-la com histórias”.
Pelas ruas andará o já habitual “Natal Itinerante” que, todos os sábados e domingos de dezembro, fará circular, por vários espaços da vila e da Mata do Bussaco, os micro-espectáculos de Natal levando o espírito natalício por onde passa. A entrada na tenda e nos espetáculos é gratuita.
A partir de 12 de dezembro será ainda possível percorrer as ruas da vila, fazendo o Roteiro de Presépios de Rua que os habitantes com afinco vão preparando. São trinta presépios de rua, todos diferentes e imaginativos que convidam a um passeio em família. “Noventa por cento estão no Luso e Bussaco e os restantes por aldeias da freguesia”, explica Inês Seabra, que ainda informa: “Nessa noite haverá ‘Bingo à Moda Antiga’. Um evento solidário que reverterá a favor do Grupo de Ação Sociocaritativo do Luso, que trabalha com a Caritas”.
Depois do Natal, mais concretamente a 26 de dezembro, o programa “apresenta” um concerto de canto lírico e piano com uma cantora portuguesa, mas que vive no estrangeiro. No dia 2 de janeiro realiza-se o Concerto de Ano Novo, com a Lost Orchestra, do qual o lusense Dinis Rego é maestro. No dia 10 de janeiro, e para finalizar os festejos, o Grupo Regional da Pampilhosa do Botão promove o Canto Tradicional dos Reis, que percorrerá todas as Capelas da freguesia.

Centenas de pessoas no dia da inauguração

O dia de inauguração, o dia em que tudo aconteceu e ficou iluminado, na vila do Luso, foi um sucesso. “Um milhar de pessoas assistiu ao acender das luzes, que contou com fogo de artifício piromusical”, afirmou a secretária da direção da associação AquaCristalina, que garante: “Quisemos criar um dia de marcante e acho que conseguimos. Notámos que estavam bastantes pessoas de fora, talvez mais de dois terços”.
A escolha do local para concentração do programa natalício também não foi escolhido ao acaso: “Sabemos que centenas de pessoas vêm à água do Luso por dia e ao fim de semana são milhares. Por isso, queremos captar esse fluxo de pessoas”.

Câmara da Mealhada e Junta de Freguesia financiam evento

Para que tudo isto aconteça, a associação AquaCristalina conta com o apoio da Câmara Municipal da Mealhada e da Junta de Freguesia do Luso que disponibiliza um subsidio de oitenta e cinco mil euros para os elementos diretivos possam proporcionar animação nos três meses de verão e no mês de natal. “Para além desta comparticipação que utilizamos na animação cultural, gastámos ainda quinze mil euros em decorações e iluminações, que provém de fundos que a associação angaria ao longo do ano”, explica Inês Seabra.
E que balanço se pode já fazer do evento?, quisemos saber. “Os objetivos estão a ser bastante alcançados. Temos pessoas que vieram no verão e agora estão a vir no Natal, muitas delas de fora do concelho e até da região”, garante a dirigente.

“Ao Luso, no Natal, só não vem quem não quer!”

Para Inês Seabra não há dúvidas de que “havendo pessoas a circular no Luso, obviamente que o comércio mexe”. E de uma maneira geral os comerciantes e gerentes dos bares concordam.
“É sempre positivo, uma mais valia e traz pessoas. Noto que trouxe outro Natal à vila do Luso. Estas inovações positivas só podem ser benéficas”, declarou, ao Jornal da Mealhada, o proprietário da Casa de Chá, situada junto à Fonte de São, no Luso.
Opinião idêntica tem Diogo Ribeiro, gerente da “Rosa Biscoito”, que alia mercearia “gourmet” com tapas, petiscos e cafetaria. “O Luso esteve sempre muito parado nesta altura de inverno. Com estas atividades de Natal tem sido impecável. Traz pessoas ao Luso e mesmo aquelas que já vinham encher o garrafão acabam por parar e comprar qualquer coisa no Mercadinho de Natal”, elogia Diogo Ribeiro, que ainda enaltece o facto do evento “tirar as pessoas dos centros comerciais”. “Por outro lado, a promoção e divulgação que tem sido feita é gerida da melhor maneira. Ao Luso, no Natal, só não vem quem não quer!”, acrescenta ainda.
Mais cética encontrámos a gerente da Loja de Utilidades do Oásis, situada no centro da vila. “No dia da inauguração apareceu muita gente, mas nenhuma dessas pessoas são nossas clientes”, afirma Isabel, que ainda discorda da gestão do Mercado aos domingos: “A tenda fica repleta de comerciantes vindos de fora, que pagam pouco para lá estar e ainda nos tiram os clientes. Isso não concordo e acho injusto. “O Luso está bonito, é um facto, mas não traz turistas que comprem no comércio tradicional”, lamentou ainda, ao Jornal da Mealhada, a comerciante.


Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 960, de 9 de dezembro de 2015.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

...Carnaval Luso Brasileiro da Bairrada...

Câmara da Mealhada reduz apoio monetário em 24 mil euros

O executivo da Câmara Municipal da Mealhada aprovou, por maioria, em reunião pública, realizada na passada segunda-feira, dia 7 de dezembro, o corte de vinte e quatro mil euros para o Carnaval Luso Brasileiro da Bairrada na edição de 2016. A notícia, contudo, foi avançada pelo Diário de Aveiro, uns dias antes da reunião, o que levou a que a direção da Associação de Carnaval da Bairrada enviasse uma carta a Rui Marqueiro, presidente da autarquia, a manifestar o seu descontentamento.
A verba disponibilizada pela Câmara da Mealhada ao Carnaval, nos últimos anos, foi de oitenta e quatro mil euros. Este ano o executivo decidiu descer para sessenta mil euros, justificando que esta descida se deve ao facto do Carnaval em 2015 ter tido um lucro de cerca de quarenta mil euros. O corte, contudo, salvaguarda “casos de necessidade”, tais como, as más condições climatéricas, e assim, Marqueiro garante poder apoiar com mais verba, que possa atingir os oitenta e quatro mil euros.

“Não podemos ser penalizados por termos sido sérios”

O Jornal da Mealhada teve acesso à carta enviada por Filipa Varela, presidente da direção da Associação de Carnaval da Bairrada, a Rui Marqueiro. “(…) Esse valor positivo (referindo-se aos quarenta mil euros) – que não é inédito, longe disso, podendo até considerar-se periódico – permitiu renovar equipamentos, fazer aquisições que há muito iam sendo adiadas, no sentido de a ACB conseguir um dia ter maior autonomia e sustentabilidade face ao financiamento público. (…) O reconhecimento por termos sido sérios, rigorosos, diligentes e poupados – acreditando sempre que o financiador público, a população, não merecia menos do que isso – não pode ser a penalização e o corte de quase um terço do valor atribuído no ano passado. O gesto do Município perante uma gestão cuidada e criteriosa não nos parece que deva ser a da censura pela afirmação de que uma associação sem fins lucrativos não deve ter resultados positivos”.
E Filipa Varela apela ainda: “Estamos a cinquenta e sete dias da data prevista para os inícios dos festejos carnavalescos na Mealhada. Estamos já há muitos meses a trabalhar no sentido de termos um evento que dignifique a Mealhada e a sua população. Muito do trabalho está praticamente pronto, muito do investimento está comprometido, quase tudo o que devia estar comprado, já está comprado. (…) Procurar discutir isto, nesta fase, é algo que nenhum dos elementos da direção da ACB merecia nesta altura, e muito menos merecia a própria associação, com quarenta anos de história e um serviço de voluntariado e promoção do concelho e das suas gentes”.

ACB projetou orçamento com base em 84 mil euros

Já na semana passada, a presidente da direção da ACB se tinha mostrado preocupada com a indefinição do valor dado pela Câmara da Mealhada. Na altura, ao Jornal da Mealhada, a dirigente declarou: “Contamos que o valor disponibilizado seja, pelo menos, o do ano passado, oitenta e dois mil euros. Foi com essa base que estipulámos o nosso orçamento para o próximo Carnaval. Mas e se não for? Teremos que rever tudo o que foi feito”.
“Já houve um adiamento da segunda tranche de verba às escolas, que está estipulado em protocolo. Conseguimos dar a primeira tranche (cerca de vinte e cinco por cento do valor global, tendo em conta o número de total de figurantes de cada escola), porque tínhamos quarenta mil euros de saldo positivo do Carnaval deste ano”, explicou na altura.

Mangueira e Tijuca ainda não assinaram protocolo com a ACB

Mas não será só esta a preocupação dos elementos diretivos da ACB, uma vez que em nota publicada na página oficial do “Carnaval da Mealhada” na rede oficial Facebook, pode ler-se que “no final do mês de outubro a ACB apresentou às quatro escolas de samba o protocolo de participação no Carnaval de 2016 – com as condições de financiamento, direitos e obrigações das escolas, etc. Digamos que se trata de um contrato entre a ACB e as escolas. Neste momento, assinaram o protocolo duas escolas de samba (Batuque e Real Imperatriz), aguardamos pela assinatura de mais uma e aguardamos que uma quarta escola nos dê conta se vai ou não assinar o protocolo (e participar nos desfiles)”, referindo-se às escolas Amigos da Tijuca e Sócios da Mangueira.
Nuno Canilho, também da direção da ACB, garantiu, ao nosso jornal na semana passada, que “esta indefinição está a fazer com que, por exemplo, ao nível dos carros alegóricos (que é da competência da Associação de Carnaval) a construção esteja parada para essas duas escolas”.

Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 960, de 9 de dezembro de 2015.

Fotografia do Carnaval de 2015.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

...instituto da vinha e do vinho...

Antigos funcionários reuniram-se pela primeira vez

Os funcionários do antigo Instituto da Vinha e do Vinho, que funcionou durante décadas no centro da cidade da Mealhada, reuniram-se, pela primeira vez desde que encerrou o IVV, na noite do passado dia 13 de novembro.
“Desde que saímos do IVV, em 2006, deixamos de ter contacto uns com os outros”, começou por dizer, ao Jornal da Mealhada, Cristina Couceiro, hoje fiscal na ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica), que desde setembro, em conjunto com Conceição Costa, antiga administrativa do IVV, começou a organizar o convívio.
O encontro aconteceu num restaurante na Mealhada, onde estiveram cerca de trinta antigos funcionários. “Estiveram presentes colegas da zona da Bairrada, de Viseu e até de Pinhel”, afirmou Cristina Couceiro, que ainda lamentou: “Houve quem fosse convidado e não tivesse estado presente, mas também houve muitos que não chegaram a ser convidados porque se perdeu completamente o contacto”.
“Apesar disto, esperamos organizar outro convívio, na Primavera do próximo ano, e contamos conseguir convidar todos os colegas”, acrescentou a antiga fiscal do IVV, que ainda confessou: “Quando vou à Mealhada e passo pelos edifícios, ainda me custa ver que estão ‘abandonados’. Sei que agora está lá uma escola de samba a usufruir do espaço, mas mesmo assim, custa um bocado…”.
Em 2006, quando o IVV “encerrou” portas, os funcionários tiveram vários destinos: Uns reformaram-se, outros foram para a ASAE e outros tiveram transferência para o Núcleo de Coimbra da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro.

Recorde-se que a Câmara Municipal da Mealhada, ainda no executivo liderado por Carlos Cabral, “travou” uma luta para conseguir adquirir os imóveis e tirar o material depositado pela ASAE, durante anos, resultado das apreensões efetuadas na zona. Uma parte das antigas instalações já foi “destruída”, resultando dai o Centro Escolar da Mealhada, que está em funcionamento desde o início do ano letivo 2015-2016.

Noticia de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 959, de 25 de novembro de 2015.