quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

..."Faleceu Homero Serra, presidente da Junta do Luso durante 24 anos"...

Faleceu, na tarde da passada segunda-feira, Homero Serra, com sessenta e nove anos de idade, antigo presidente da Junta de Freguesia do Luso pelo Partido Socialista (PS). Segundo o Jornal da Mealhada conseguiu apurar, o “autarca” estaria em trabalho numa vinha quando se sentiu indisposto.
Homero Serra presidiu a Junta de Freguesia do Luso durante vinte e quatro anos, como simpatizante do PS, tendo sido eleito pela primeira vez nas eleições autárquicas de 17 de dezembro de 1989, num executivo formado juntamente com António Esteves e Jorge Carvalho. O autarca lusense foi sempre reeleito até concluir o “longo” mandato nas últimas autárquicas de 2013. 
Pertenceu ainda, durante vários anos, à direção do Clube Desportivo do Luso e da Cooperativa Agrícola da Mealhada.
Em 29 de Maio de 2013, num artigo, publicado no quinzenário Jornal da Mealhada, assinado por C.C., pode ler-se: “Quanto ao Homero Serra, quero agradecer-lhe tudo o que fez pela minha terra, porque sei que o fez com todo o empenho. Desejar-lhe as maiores felicidades quando terminar o seu mandato à frente da Junta de Freguesia. Dizer-lhe também que, por mim, pode partir tranquilo e consciente do dever cumprido...”

O funeral realiza-se hoje, quarta-feira, dia 21 de janeiro, no Luso.  

Noticia de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 937, de 21 de janeiro de 2015.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

..."Vela pode ter originado incêndio no Convento de Santa Cruz"...

A investigação sobre o incidente que causou a perda da obra “Virgem do Leite” de Joséfa de Óbidos no Convento de Santa Cruz do Bussaco foi inconclusiva, afastando, no entanto, a hipótese de roubo ou curto-circuito. Os técnicos da Fundação Bussaco irão agora proceder a uma limpeza e reabilitação do espaço. “Serão utilizadas as ‘nossas’ verbas com a colaboração da Câmara Municipal da Mealhada, não podendo contudo quantificar com precisão o valor de materiais e mão de obra, mas será uma obra a realizar no ano de 2015”, garantiu, ao Jornal da Mealhada, António Gravato, presidente da Fundação da Mata do Bussaco.
Foi na véspera de Natal de 2013 que um incêndio na capela da “Virgem do Leite” do Convento de Santa Cruz do Bussaco provocou a perda da obra de Josefa de Óbidos, também conhecida como “A Sagrada Família”, datada de 1664 e um dos mais emblemáticos valores patrimoniais existentes neste espaço religioso. “A Sagrada Família pintada para os Carmelitas Descalços do Bussaco é um tema saído da experiência e maturidade artística de Josefa de Óbidos que seria retomado, em 1672, no painel retabular (alusivo ao Sagrado) realizado para a série do extinto Convento de Carmelitas Descalças de Cascais. De um a outro vai a distância de um tratamento intimista de uma piedade controlada no Bussaco e de um sentido de maior teatralidade em Cascais”, lê-se num comunicado de imprensa da Fundação Bussaco.
“A investigação, que incluiu pertinentes exames laboratoriais de amostras removidas pela Policia Judiciária no local do incidente, concluiu que de facto foram identificados pigmentos de pintura contextualizados do século XVII, identificando-se pigmento branco de chumbo (usado nesse período) e ocre. Recordamos que a pintura estava assinada pela autora e era datada do ano 1664. Segundo o documento de arquivamento do processo, não foi possível identificar um eventual agente concreto tendo sido mesmo avançada a provável causa do incêndio a uma vela que terá reacendido, ficando assim colocada de parte a hipótese de curto-circuito. Esta obra de arte em contexto museológico era alvo de devoção por parte da população que deixava ex-votos, fotografias e velas junto a tela. A Fundação Mata do Bussaco tem já um plano de reabilitação da área afetada, que se iniciou com a limpeza do alçado do transepto do lado do evangelho da igreja do Convento de Santa Cruz do Bussaco”, acrescenta o mesmo documento.

Quem foi Josefa de Óbidos?

“Josefa de Óbidos detém um papel de indiscutível relevância no panorama da pintura portuguesa do século XVII. Com uma personalidade artística muito marcante e de traços reconhecíveis, a pintora de temas religiosos, naturezas-mortas ou retratos navega entre a atração das referências marcadamente andaluzas, o academismo provinciano da designada escola de Óbidos e o contributo dos pintores portugueses da primeira metade desse século”.

Convento “oferece” novas atrações aos turistas

Apesar da Capela da “Virgem do Leite” estar encerrada desde a “tragédia”, que ocorreu em dezembro de 2013, houve outros “investimentos” por parte da Fundação Bussaco. “Abrimos, pela primeira vez, a Sacristia e o Altar, que está na entrada do Convento, e arranjámos todo o telhado, que ficou com muita qualidade, explicou, ao nosso jornal, António Gravato, que, na tarde do dia 13 de janeiro, esteve com Miguel Poiares Maduro, Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, numa cerimónia em Vila Nova de Poiares, tendo aproveitado a ocasião para o convidar a visitar a Mata do Bussaco.
“O próximo passo é o de abrir a Torre Sineira do Convento e tentar recriar o quarto do Duque de Wellington (responsável pelo comando das forças anglo-lusas aquando da Batalha do Bussaco) e um quarto-tipo dos Carmelitas”, concluiu o dirigente.

Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 937, de 21 de fevereiro de 2015.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

...o Carnaval da Mealhada e o Cedro do Bussaco estarem no DC...

http://www.diariocoimbra.pt/noticias/mealhada-reserva-rei-surpresa-que-nao-e-brasileiro
e
http://www.diariocoimbra.pt/noticias/cedro-com-18-toneladas-transformado-em-ponte

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

...Misericórdia da Mealhada prevê investimentos para 2015...

Meia centena de irmãos da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada (SCMM) reuniu em assembleia geral ordinária, na manhã do passado dia 28 de dezembro. O principal ponto foi o da votação do Plano de Atividades e Orçamento para o ano de 2015, aprovado por unanimidade, e que prevê um resultado liquido positivo no valor de novecentos e oitenta mil euros (que não representa lucro porque a instituição tem empréstimos na banca).
No documento apresentado aos sócios está patente que os valores mais avultados de receita são na área da Saúde, seguindo-se a da Educação. Na dos Idosos prevê-se um saldo negativo. Apesar disso, “as projeções apresentadas indicam uma clara estabilização da condição financeira da SCMM. Contudo, as responsabilidades ainda existentes perante a banca, fornecedores e prestadores, os princípios da precaução e da sã gestão dos recursos bem como os quadros conjuntural, politico e macroeconómico, recomendam a cabimentação de investimentos moderada. Não obstante continuamos a propor o investimento em projetos e estudos para diversas respostas sociais com o intuito de preparar o futuro da instituição com tempo e fundamento”.
Começamos então por descrever alguns desses investimentos. “Como é público o ‘Mercado Municipal’, que se realiza em terrenos da Misericórdia na Póvoa da Mealhada, vai mudar de local. Felizmente que assim é, até porque se aquilo não fosse da instituição, a ASAE já tinha fechado o espaço”, começou por dizer João Peres, provedor da SCMM, que acrescentou: “Apontamos que naquele local seja construído um Lar e agradecemos (elementos da mesa administrativa) que nos façam chegar outras ideias, obviamente de âmbito social”. Esta será uma obra só possível depois de formalizada uma candidatura ao novo quadro comunitário e que seja aprovada.
No valor de perto de quatrocentos mil euros estão a ampliação e remodelação da Cozinha do Prolongamento do Lar, que faz face às refeições dos Lares, do Hospital, dos funcionários e ainda presta serviços para a Guarda Nacional Republicana e Cantina Social. “Esta obra vai ter que se executar haja ou não haja fundos comunitários, porque se assim não for teremos que diminuir o número de refeições. Estamos lotados e a ultrapassar a nossa capacidade de produção”, explicou Bruno Peres, membro da mesa da assembleia geral.
Já na área da saúde está previsto um investimento, superior a três milhões de euros, para ampliação do Hospital da Misericórdia da Mealhada, que só acontecerá também se houver comparticipação dos fundos comunitários. Por outro lado, haverá um investimento, de cento e trinta mil euros, em equipamentos de otorrinolaringologia, gastroenterologia, ginecologia, urologia, cardiologia, Núcleo de Desenvolvimento da Criança, do Núcleo de Medicina do Tráfego e da Acupuntura. “Muitos equipamentos têm que se renovar porque estão a funcionar desde o início da abertura do Hospital”, declarou Bruno Peres, que prevê que “nesta área não haja grande volume de faturação, no próximo ano”. “Em primeiro lugar porque estamos no limite da nossa capacidade e oferta; e em segundo lugar porque os acordos com o Serviço Nacional de Saúde vão baixar em vinte por cento, isto é, os mesmos serviços vão ser pagos por menos dinheiro”, acrescentou.
Neste ponto, também João Peres, provedor da SCMM, declarou: “Fomos procurados pelas Termas da Curia e estamos a elaborar alguns protocolos na área da saúde termal. Queremos que os utentes internacionais venham tratar-se à Mealhada e vamos também apostar na Medicina Desportiva para atletas de alta competição”.
Antes do término da reunião, João Peres ainda declarou que “nos Idosos, é público que as reformas cada vez são mais baixas e as famílias têm cada vez menos dinheiro” e que “na Infância há cada vez menos miúdos, o que nos levou a despedir duas educadoras”.
Também Jacinto Silva, presidente da mesa da assembleia geral, proferiu algumas palavras, comparando a instituição a uma “autoestrada, que vai no bom sentido”. “Dou um grande elogio a todos os funcionários e membros da direção da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada”, concluiu.

Instituição adquire património

Aprovadas por unanimidade e em minuta foram também as compras de dois terrenos: Um junto às Atividades de Tempos Livres da instituição, por quarenta mil euros, na Póvoa da Mealhada; e o outro, um prédio junto à sede da Misericórdia da Mealhada, no centro da cidade, por cento e dez mil euros. “São edifícios que, por estarem pegados a nós, serão nos úteis certamente”, declarou João Peres.
Nas mesmas condições de aprovação ficou também a venda de uma casa junto ao estabelecimento comercial “Ponto 3”, na Póvoa da Mealhada, por doze mil e quinhentos euros. Neste ponto, o provedor da SCMM informou ainda: “Há uns contactos feitos com o proprietário do terreno junto ao Hospital da Misericórdia da Mealhada, que está disposto a vendê-lo, mas ainda não sabemos por quanto”.


Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 936, de 7 de janeiro de 2015.