terça-feira, 30 de setembro de 2014

...um ano de Diário de Coimbra...

Ser jornalista é mais do que ter uma profissão, pois diferentemente de outros ofícios, um profissional de jornalismo não deixa de sê-lo aos finais de semana ou aos feriados, pelo contrário, aproveita esse tempo para adquirir mais algum conhecimento sobre qualquer assunto, já que deve saber um pouco de tudo, embora nunca esteja totalmente informado.
O jornalismo é uma profissão que não atrai a maioria, talvez por não garantir bons salários e nem mesmo a tão sonhada fama, mas é melhor que seja assim, para não haver uma banalização de um ofício que deve ser em prol da sociedade, mais para um serviço comunitário que empresarial.
Ainda que o jornalista necessite de remuneração tanto quanto os outros profissionais, esse não deve ser o objetivo final para a escolha dessa profissão, e sim a vontade nata de ajudar ao próximo de alguma forma, seja alertando a sociedade sobre determinado assunto, seja impedindo que informações desnecessárias cheguem a público.
O bom jornalista não é aquele que demonstra saber tudo, mas aquele que tem humildade para querer e estar sempre aprendendo algo, que aprende com qualquer pessoa, uma criança ou um idoso, um empresário ou um analfabeto. É ter sensibilidade para se adequar aos diferentes acontecimentos da vida, demonstrando isso em suas reportagens. Investigar é mais que um verbo para quem exerce essa profissão, é um compromisso para que se possa transmitir a realidade dos fatos aos interessados.


Por fim, é preciso ter paixão para ser um jornalista. Saber receber as informações corretas e transformá-las para uma transmissão de acordo com cada realidade e ainda ter presteza, adequando isso aos interesses empresariais dos meios de comunicação. É ter capacidade de inovar para prender a atenção daqueles que querem obter conhecimento, ao mesmo tempo em que, tenta convencer os não interessados. É ler, escrever e falar bem, mas mais do que isso, é conhecer e respeitar as diversas culturas, suas linguagens e necessidades.

http://www.casadosfocas.com.br/ser-jornalista-nao-e-uma-questao-e-uma-certeza/

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

...Festival de Samba, em local diferente, “correu muito bem”...

O passado fim-de-semana “recebeu” mais uma edição do Festival de Samba da Mealhada. A edição de 2014, uma co-produção da Associação do Carnaval da Bairrada (ACB) com as escolas de samba que desfilam no Carnaval Luso Brasileiro da Bairrada, realizou-se nos Estaleiros Municipais, junto da Zona Desportiva da cidade, uma nova localização que terá beneficiado o espetáculo, segundo garante fonte da direção da ACB.
Muitas centenas de pessoas terão passado pelos Estaleiros Municipais da Mealhada na passada sexta-feira e no sábado, estimam os organizadores, uma vez que as entradas gratuitas não puderam ser controladas.
No primeiro dia a animação contou com a atuação do grupo Forrobodó e a dupla de “Disc Jockey” “Meninas da Favela”. No sábado, durante a tarde, estava prevista a realização de um conjunto de ateliês e oficinas, destinado ao público em geral, e dinamizados pelos carnavalescos que, no entanto, não alcançaram a adesão desejada e vão ser alvo de “avaliação” com as associações intervenientes no Festival.
A noite de sábado, o ponto alto dos dois dias, foi de grande enchente, com a atuação das escolas de samba do Carnaval da Mealhada e um conjunto de quatro escolas convidadas. Para além do Grupo Recreativo Escola de Samba Real Imperatriz, de Casal Comba, do Grémio Recreativo Escola de Samba Amigos da Tijuca, de Enxofães, e ainda do GRES Batuque e dos Sócios da Mangueira, da Mealhada, subiram ao palco quatro escolas de Estarreja, Sesimbra e Figueira da Foz. Especificamente escola de samba Rainha, de Buarcos – Figueira da Foz, Trepa no Coqueiro e Independentes da Vila, ambas de Estarreja, e Bota no Rego, de Sesimbra.
No festival foi assinalado o décimo aniversário dos Amigos da Tijuca e entregue a Xandinho, dos Sócios da Mangueira, um prémio pela autoria do “Samba mais popular de 2014”, numa escolha que envolveu sambistas portugueses e brasileiros. A noite ficou ainda marcada pelos aniversários da escola de samba Batuque (vinte seis anos de existência e mentor do Festival de Samba da Mealhada há duas décadas) e dos Independentes da Vila, que convidaram o público para a sua festa de aniversário no primeiro fim-de-semana de outubro.
A noite não terminou sem a animação do grupo de pagode Samba Lelê e a atuação espontânea de baterias com elementos de todas as escolas de samba que resultou “em grande, num espetáculo muito interessante”.
Durante os dois dias de festa, no recinto, as escolas de samba exploraram os bares de bebidas, a ACB montou um espaço de comidas e a Associação 4 Maravilhas da Mesa da Mealhada apresentou-se com uma tenda, onde não faltou “a água, o pão, o vinho e o leitão”.
“O espaço do festival – uma solução para evitar a hipótese de mau tempo – revelou-se uma aposta ganha sobre a qual interessa refletir na medida da sua continuidade”, garante fonte da direção da ACB, que enfatiza que “aos níveis acústico e de conforto das pessoas funcionou muito bem”. “Foi um voto de confiança que o senhor presidente da Câmara deu ao Carnaval da Mealhada e à sua estrutura organizativa, que vai ter de ser avaliado, mas que neste momento nos parece ter-se constituído como uma grande inovação!”, acrescenta o documento.
“O tecido empresarial mealhadense mostrou-se bastante solidário e é significativo o número de empresas e instituições às quais temos de agradecer”, assegurou a ACB, que agradece “penhoradamente, à Câmara Municipal da Mealhada, à Escola Profissional Vasconcellos Lebre, à Adriventosa, a Gilberto Nogueira, ao Restaurante Hilário, ao Restaurante Rei dos Leitões, à Churrasqueira Rocha, aos Talhos Ernesto, às Caves Messias, à Adega Cooperativa da Mealhada, à Adega Rama & Selas, à Certoma, ao Carlos Lopes & Comp. Lda., à Padaria Manaia e à Sociedade das Aguas de Luso. Tivemos também a imprescindível ajuda de antigos foliões que deram o seu contributo, destacamos ‘Quim Padiola, Ti’ Arlindo, Eduardo ‘Popeye’, Emerson, Né e Marla”.

“As escolas de samba não estavam habituadas a trabalhar em conjunto”

A mesma fonte garantiu, ao Jornal da Mealhada, estar já a organizar a edição de 2015 do Carnaval Luso Brasileiro da Bairrada, que se realiza a 15 e 17 de fevereiro. “A organização deste Festival preparou-nos para identificar o que são as nossas fraquezas e pontos fortes com que contar no Carnaval. Procurámos, por exemplo, testar o modelo, que já havíamos defendido no programa eleitoral, de negociarmos e fazermos as compras em conjunto. Percebemos que as escolas de samba não estavam habituadas a trabalhar assim”, afirmou fonte da ACB, exemplificando que “o modelo organizativo, que a nova direção da ACB defendeu no programa eleitoral, foi testado, vai ser avaliado e aperfeiçoado, nesta e noutras áreas”.

Depois de o Jornal da Mealhada já ter noticiado um percurso diferente para o Carnaval de 2015, que será feito numa avenida improvisada no Sambódromo Luís Marques, sabe-se agora que os festejos terão início no chamado Domingo Magro e só terminam na Quarta feira de Cinzas, onde se destaca o Carnaval da Criança e um desfile popular no centro da cidade, lembrando os corsos de outras décadas.

Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 928, de 17 de setembro de 2014.

domingo, 28 de setembro de 2014

sábado, 27 de setembro de 2014

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

terça-feira, 16 de setembro de 2014

...separação geográfica....

Ao fim de quase trinta e três anos separamo-nos, geograficamente, pela primeira vez. Separadas por uma dezena de horas e um mar imenso.... A partir de hoje falaremos a partir de dois continentes diferentes... mas nunca nada mudará o facto de seres a pessoa mais importante da minha vida!

A emigração nos dias de hoje é muito mais fácil com a ajuda das telecomunicações, que a partir de agora serão as nossas melhores amigas. E é por isso que temos que sorrir.... porque sempre fomos abençoadas pelas "oportunidades".... E a oportunidade do teu neto/neta ter uma vovó em outro país, outro continente para poder conhecer e visitar, não é para qualquer um...

É para os mais fortes e capazes... como tu és!

AMO-TE!

terça-feira, 2 de setembro de 2014

...Autarquia da Mealhada diz “basta” ao fumo e cheiro da Alcides Branco...



A fábrica Alcides Branco & C.ª S.A., situada na Lameira de Santa Eufémia, que produz óleos alimentares (em especial azeite), tem sido alvo de críticas, ao longo dos últimos anos, ora pelo fumo intenso e ruído, ora pelo cheiro que emana, que é constante. No último ano, a atividade da empresa fez-se notar com muita intensidade e a Câmara da Mealhada não quer ser benevolente. “Não há contemplações para os incumpridores”, garante Rui Marqueiro, presidente da autarquia.
O Jornal da Mealhada conseguiu apurar que a “fábrica da baganha”, como é designada pelos munícipes, foi alvo de uma inspeção técnica e o relatório provisório alega o incumprimento de várias licenças. O assunto foi discutido na reunião pública da autarquia, que se realizou na manhã do passado dia 11, e o executivo ficou a conhecer a intenção de Marqueiro, que colocou o caso nas “mãos” de um advogado, que tem “luz verde” para interpor uma ação judicial contra a empresa, se existirem elementos para isso. “Se assim for e enquanto eu aqui estiver, o senhor Alcides Branco não terá mais licenças para trabalhar. Não há contemplações para os incumpridores. Já chega de benefícios de dúvida. Há vários anos que esta fábrica nos incomoda”, afirma Marqueiro, pretendendo assim “defender os direitos dos cidadãos”. “Não tenho dúvidas de que as populações do Luso, da Vacariça e da Mealhada serão testemunhas da Câmara Municipal neste processo”, declarou o edil.
Recordamos que, em 2007, a população e alguns autarcas do concelho “uniram-se”, em prol desta causa, com uma manifestação, que juntou centenas de pessoas. Na altura, e em comunicado ao nosso jornal, Alcides Branco admitiu que “a atividade (da fábrica) produziu alguns malefícios ambientais” e que, por isso, seria investido “um milhão de euros em um secador e lavador de fumos, já em fase de montagem. Uma nova ETAR -  Estação de Tratamento de Águas Residuais - com maior capacidade e um pavilhão para armazenagem das matérias-primas”. E tudo isto, garantiam os técnicos, resultaria em “melhorias nos cheiros exalados”, o que, nos dias de hoje, não se verifica.
“Nada do que foi prometido, foi cumprido. Por isso, sou da opinião, que a solução para o problema é a deslocalização da fábrica”, até porque, para Marqueiro, “isto pode ser o fim da estância termal do Luso”. Também Arminda Martins, vereadora na Câmara da Mealhada, na reunião pública da autarquia, afirmou: “Entre termos x de pessoas a trabalhar numa fábrica e centenas ligadas ao turismo, a opção é obvia… Nos últimos tempos, de madrugada e ao fim do dia, aquilo é horrível!”.
Num trabalho de reportagem, publicado no Jornal da Mealhada a 18 de junho de 2008, está refletido o mau estar de atletas e técnicos de um Campeonato Nacional de Atletismo, que se realizou no Centro de Estágios do Luso. “Viemos de carro até aqui e quando começamos a chegar perto da localidade temos logo que fechar os vidros porque não se aguenta”, afirmou , nessa altura, um dos elementos do júri da prova.
Mas o discurso que lemos neste trabalho de há seis anos não muda. “Sente-se um cheiro absolutamente insuportável, consoante a direção do vento. Vemos um Centro de Estágios, uma instalação desportiva anexa e pessoas a irem-se embora do Parque de Campismo por causa disto”, descreveu-nos um residente da localidade, onde a fábrica está instalada, que lamenta: “Realmente é um bocado estranho estarmos no ‘Céu’, no Bussaco, a olhar cá para baixo para o ‘Inferno’".
“Inferno” que, Nuno Branco, administrador da empresa, minoriza, alegando que “a campanha do último ano foi muito grande, daí ter-se notado muito mais (as consequências)”. “O importante é termos trabalho para conseguir pagar as contas!”, afirmou o dirigente, ao nosso jornal, que ainda nos garantiu que “o fumo, por exemplo, existe há cinquenta e cinco anos”. “Só não existia fumo quando a empresa não existia”, concluiu.

Reportagem e fotografia de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 926, de 20 de agosto de 2014.