sexta-feira, 30 de maio de 2014

...Circulação ferroviária da Linha da Beira Alta restabelecida três dias após acidente...



Em três dias e meio foi restabelecida a circulação ferroviária no troço Mortágua-Pampilhosa, da Linha da Beira Alta, após o acidente que envolveu um comboio de mercadorias, ao início da tarde do passado dia 15 de maio, e que destruiu a via da Ponte de Várzeas (a original construída pela casa Eiffel, a atual construída pela Krupps, na década de cinquenta).
Eram cerca das 12h 30m, de 15 de maio, quando um, dos dezanove vagões, de um comboio de mercadorias, da Takargo Rail, uma empresa do Grupo Mota-Engil, descarrilou na Linha da Beira Alta, depois de passar o apeadeiro Luso/Bussaco, no sentido Guarda-Coimbra. A Ponte de Várzeas ficou destruída e, na altura, a REFER – Rede Ferroviária Nacional – não tinha uma previsão para a abertura do Troço Mortágua-Pampilhosa.
O descarrilamento começou em Trezói (Mortágua), mas o maquinista, que saiu ileso do acidente, só se apercebeu quando parte do comboio de mercadorias estagnou no Luso, pouco depois do apeadeiro, cerca de seis quilómetros de via-férrea depois. “Tratou-se do descarrilamento do rodado da frente de umas das carruagens, no meio do comboio, e o maquinista não se apercebeu”, disse, ao Jornal da Mealhada, fonte das autoridades, que garantiu estar a falar-se de um “transporte” com mais de mil toneladas. “Rebentou com madeiras e peças metálicas da ponte e há muitos parafusos soltos”, acrescentou.
No local, cerca das 15 horas do dia do descarrilamento, estavam agentes do Posto da Mealhada da Guarda Nacional Republicana, representantes da REFER e da Mota-Engil e técnicos da empresa de averiguação dos estragos.
Uma hora mais tarde, chegou o comboio de socorro para se iniciar os trabalhos de remoção dos vagões do comboio.
Nesta altura, o acidente era considerado grave e sem prazo para resolução, contudo, a linha voltou a estar em circulação, a partir das 23 horas, do dia 18 de maio, um domingo. “Ainda que a extensão dos danos, as excecionais características do troço afetado, e a necessidade de consideráveis meios logísticos, operacionais e humanos tenham colocado à REFER um grande desafio, tudo foi feito para que os trabalhos - sem abdicar dos inalienáveis requisitos de segurança - evoluíssem de forma célere”, lê-se numa informação da REFER, que acrescenta: “O modo positivo como estes progrediram permitiu antecipar as primeiras expetativas da empresa, que apontavam o restabelecimento da circulação para amanhã (segunda-feira, dia 19), facto que certamente contribuirá para minorar os transtornos para os operadores ferroviários e para os passageiros nesta importante ligação ferroviária”.
Durante o período de encerramento da via, “a CP assegurou o transbordo rodoviário aos passageiros”, tendo o “serviço de emergência” sido feito de Mortágua-Pampilhosa, para os comboios regionais, e de Coimbra-Mortágua, para os inter-cidades.
Também a Estrada Nacional 235, que liga Vila Nova a Várzeas, esteve fechada até que a ponte, com duzentos e oitenta metros de comprimento, fosse arranjada. A circulação passou ser feita de Vila Nova de Monsarros para Barrô e daqui para o Luso, ficando interdita a estrada de acesso a Várzeas, com sinalização do caminho alternativo.

Noticia de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 920, de 28 de maio de 2014.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

...a mulher da minha vida fazer anos...

Você que me deu o bem mais precioso, a vida. 
Me esperou com tanto carinho. 
Me ensinou os primeiros passos. 
As primeiras palavras. 
As lembranças mais antigas que tenho em você, 
È a sua mão segurando a minha para me dar proteção. 
Sua voz doce, cantando cantigas de ninar, me fazendo dormir e sonhar. 
Um sonho sereno, tranqüilo, sabendo que você estaria ali a me proteger. 
Você que lutou, sorriu, chorou. 
Mas não deixou a amargura tomar conta de seu coração. 
Você que me ensinou a ser mulher, mas continuar com meus sonhos de criança. 
A ser forte, sem ser amarga. 
Abrir meus caminhos, tomando sempre cuidado com as plantinhas ao redor. 
Com você aprendi a ser “gente” 
Que respeita “gente”. 
Aprendi a ter fé, aprendi a aceitar os defeitos das pessoas. 
Aprendi que o amor tem que ser incondicional. 
 Minhas melhores lembranças, são as que você cria todos os dias... 
No amor que sinto em tudo o que você faz. 
No brilho do seu olhar. 
Mãe, que Deus a proteja sempre, te ilumine, te de forças para continuar sua batalha. 
E que eu possa sempre sentir e ter esse amor maior em todos os momentos de minha vida.

 http://www.mensagenscomamor.com/

terça-feira, 27 de maio de 2014

...o Bussaco estar no Diário de Coimbra...

http://www.diariocoimbra.pt/noticias/mata-do-bucaco-quer-ser-paisagem-protegida-local

A proposta de classificação da paisagem protegida local da Mata Nacional do Buçaco estará em discussão pública a partir de hoje. Na sequência da deliberação, tomada por unanimidade, pelo executivo Municipal da Mealhada, está marcada para 5 de Junho, pelas 21h00, no Casino do Luso, uma sessão de esclarecimento.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

...Eleições ACB: “Candidatamo-nos porque queremos defender um programa”...



As eleições da Associação de Carnaval da Bairrada (ACB), para o triénio 2014-2016, só acontecem em junho, mas, pela primeira, e a mais de um mês da sua realização, já há uma lista candidata a esta corrida, liderada pela mealhadense Ana Filipa Varela. “Levar o bom Carnaval a sério” foi apresentado, oficialmente, ao final da tarde da passada quinta-feira, na Escola Profissional Vasconcellos Lebre, que se situa na zona desportiva, local que, por coincidência, em duas épocas do ano, se torna Sambódromo Luís Marques, para a realização de eventos relacionados com o Carnaval Luso Brasileiro da Bairrada.
Numa “estratégia para refundar e credibilizar o Carnaval na Mealhada”, Ana Filipa Varela, presidente da direção da lista, explica a candidatura: “Esta equipa de pessoas está ligada ao Concurso de Escolas de Samba do Jornal da Mealhada e, ao longo dos anos, foi analisando o evento nas suas diversas formas. Tínhamos duas hipóteses ou ficávamos a ver o evento decair ou fazíamos alguma coisa. Nós decidimos fazer, tendo como base um programa sério e realista!”.
E é a partir deste programa que nasce esta candidatura. “Candidatamo-nos porque queremos defender um programa, com nove anos de reflexão!”, afirma Nuno Canilho, candidato a secretário da direção, com o pelouro das Relações Públicas. “Se os sócios o preferirem ótimo, se não é uma escolha e saímos de consciência tranquila pelo ‘estudo’ que fizemos”, acrescentou Nuno Canilho, incidindo no facto do modelo organizativo da ACB existir desde 1979. “Trinta e cinco anos depois, interessa adaptá-lo às novas realidades”, garante.

“Não há condições técnicas para o corso sair de onde está!”

Adaptação que pretende focar-se em pontos essenciais, como a escolha do rei ser, ou não, brasileiro, a necessidade de alteração dos estatutos da ACB e a mudança, ou não, do Carnaval para o centro da cidade da Mealhada.
Sobre este último ponto, a posição da direção candidata é clara: “Entendemos que não há condições técnicas para o corso sair de onde está! Faz sentido, sim, repensarmos o Carnaval, neste local, mas torná-lo mais apto e agradável”. “É um debate que tem que ser feito com as escolas de samba”, garante Nuno Canilho, que não descarta, contudo, a hipótese de nascer também um evento nas ruas da cidade e a realização do Carnaval da Criança.
Outro ponto da lista candidata passa por a ACB colaborar com as escolas de samba na compra dos materiais. “A Câmara Municipal da Mealhada investe muito do seu dinheiro público no evento e tem que haver uma abordagem profissional.  Fica mais barato comprar-se material em grandes quantidades, do que cada escola por si, como acontece”, explica ainda Nuno Canilho, que também referiu a pretensão de se criar uma política de aproximação “aos comerciantes da região” e “às associações do concelho”.
João Peres, atual presidente da mesa da assembleia-geral da ACB, aceitou o repto desta candidatura para ocupar o mesmo cargo. “Pela ACB passaram muitas direções e o modelo do Carnaval foi-se esgotando. Todos os que por lá passaram fizeram, bem ou mal, o que podiam!”, começou por dizer João Peres, que acrescentou: “Aceitei este convite por ser uma lista de pessoas jovens (todas com menos de quarenta anos), muitas delas ligadas ao Carnaval desde as barrigas das mães. Mas mais importante que ser uma candidatura jovem e atempada, é ter um programa!”.
Questionado, por um elemento da escola de samba Amigos da Tijuca, sobre o facto desta lista tencionar colocar um limite de escolas de samba a desfile, como tem acontecido nos últimos anos, Nuno Canilho respondeu: “Se, neste momento, existem quatro escolas preparadas para desfilar é com essas que temos que trabalhar para que se promova o melhor desfile possível. Estipularemos um cronograma e haverá a assinatura de um protocolo com direitos e obrigações de cada uma das partes. Agora estipular que uma sai porque só há lugar para três, isso não!”.
Nos últimos anos também muito se tem questionado sobre a escolha do rei ser, ou não, brasileiro e os custos que isso acarreta. “Há nisto uma fundamento histórico, que durante anos foi um chamariz de pessoas e justificou o sucesso e afirmação deste Carnaval”, começou por dizer Bruno Peres, também ele elemento desta candidatura, que acrescentou: “Interessa refletir os fundamentos da racionalidade económica de trazer ou não um rei brasileiro. Por outro lado, podemos aproveitá-lo para se fazerem presenças em espetáculos que promovam o evento, sessões de autógrafos ou fazer-se, por exemplo, um acordo com a SIC de se trazer uma figura brasileira ligada não às telenovelas, mas ao futebol ou a outra área”.
O Carnaval Luso Brasileiro da Bairrada conta com trinta e seis edições ininterruptas e quarenta anos de história, o mesmo tempo da criação dos estatutos, o que para esta direção candidata é também uma urgência mudar-se.

“Há uma rutura com o atual modelo e não com as pessoas”

Nuno Canilho ainda ressalvou o facto de esta candidatura não estar em rutura com a atual direção da ACB. “Há uma rutura com o modelo e não com as pessoas, que têm garantido o Carnaval até hoje”, diz o candidato, que enaltece o evento e os seus principais ingredientes: as escolas de samba. “É dos espetáculos mais completos que temos. Podemos assistir a dramaturgia, dança, cenografia, artes manuais, etc.”, concluiu.

Eleições a 14 de junho

A lista da candidatura, que tem também os mealhadenses Carla Baptista e Nuno Semedo, ainda não está completa. A certeza é a de que a 14 de junho irá a votos, numa assembleia-geral, onde também serão apreciadas as contas do último ano de trabalho.

Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada no quinzenário Jornal da Mealhada, de 14 de maio de 2014.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

segunda-feira, 12 de maio de 2014

...SEIS MESES DE MANDATO DE RUI MARQUEIRO...



A 29 de setembro de 2013, a equipa liderada por Rui Marqueiro conseguiu fazer o pleno e conquistar a maioria na Câmara e Assembleia Municipais e arrecadou a presidência de todas as Juntas de Freguesia do concelho. Agora volvidos, precisamente, seis meses, quisemos fazer o balanço de um trabalho, que ainda agora começou…
Para que esta entrevista fosse feita, a pesquisa de assuntos pertinentes para os leitores do concelho da Mealhada primou pela abundância e, por isso, dividimo-la em três partes. Na I Parte baseámo-nos em informações retiradas das notícias da campanha e do ato de eleição; na II Parte nas intervenções proferidas no debate autárquico promovido pelo Jornal da Mealhada; e, na III Parte, em assuntos que fomos captando em reuniões de Câmara e em encontros de diversas entidades, em que Marqueiro foi convidado, nos últimos meses.
 
I Parte

Que balanço faz de meio ano de mandato?
Estamos a dar continuidade a todo o feito realizado pelo executivo anterior. Houve um ao outro reajuste, mas sempre na linha de continuidade.
Temos quatro novas adjudicações: a do Centro Escolar da Mealhada, a do Pavilhão de Ventosa do Bairro, a estrada de Eiras em Barcouço e a intervenção no Campo Jorge Melo, utilizado pelo Luso Futebol Clube.
No domínio da ação social e desenvolvimento económico mantemos a linha de continuidade, com diferença no estilo, nomeadamente, na participação da população. Temos feito visitas a obras, reuniões e estamos a começar o orçamento participativo.
O balanço é positivo e só não o é totalmente por causa da situação da Taxa de Ocupação de Subsolo da rede de gás, que a Lusitaniagás está a cobrar aos munícipes da Mealhada. Não contava com isto e estou a tentar minorar a situação entrando em acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) para que seja aumentando o prazo daquilo que eles chamam de “repasse”.
Também de negativo temos alguns imóveis municipais degradados, nomeadamente, as Piscinas, o Arquivo, o edifício da Câmara e o Cineteatro Municipal Messias.

Encontrou a Câmara Municipal da Mealhada como esperava, principalmente ao nível financeiro?
A Câmara tinha nove milhões em caixa, mas também tinha lançado obras de vários milhões.

Considera que Carlos Cabral, seu antecessor, lhe deixou a “vida” facilitada neste arranque, nomeadamente, em relação a obras e concursos iniciados como os do Centro Escolar e do Espaço Inovação da Mealhada?
É a herança comum de alguém que tem bom senso e que sabe até onde pode ir. Foi feita uma gestão normal, com alguns êxitos de obras feitas, tais como, o Parque da Cidade da Mealhada, do Centro Escolar da Pampilhosa e Centro Estágios do Luso.

A equipa que escolheu foi a que idealizou para trabalhar no terreno?
A equipa que escolhi tem a ponderação das personalidades, as condições geográficas de cada um e, obviamente, a minha confiança pessoal.
Os quatro primeiros membros eram a minha grande aposta!

E em relação aos dois vereadores eleitos pela coligação “Juntos pelo Concelho da Mealhada”… Têm, na sua opinião, sido importantes nas decisões para o Município da Mealhada?
Têm estado sistematicamente nas reuniões e procuram ter sempre uma postura positiva. Trazem sugestões e ideias e, de uma maneira geral, as decisões da Câmara da Mealhada, em noventa por cento dos casos, são aprovadas por unanimidade.
Eles estão aqui para defender o melhor para o Município e não com postura partidária. Parece-me que a ligação da coligação dos “Juntos pelo Concelho da Mealhada” aos partidos é muito ténue.

O seu executivo fez duas nomeações: Nuno Canilho na Escola Profissional da Mealhada, e Fernando Correia na Fundação Mata do Bussaco. Que balanço faz dos seus trabalhos?
Quer num caso, quer no outro, o balanço é bastante positivo.
O Nuno Canilho tem nas mãos uma herança carismática, uma vez que a EPVL sempre teve como diretor o engenheiro João Pega, mas lidou muito bem com isso. É muito inteligente, moderado e vê sempre o lado positivo das questões. Ser presidente de uma instituição é sempre difícil, mas eu confio e não meto lá o nariz.
Em relação à Fundação Mata do Bussaco temos a recente novidade do aperfeiçoamento do novo decreto-lei que clarifica as relações entre a Câmara Municipal e a Fundação Bussaco. Estou crente que, a partir de agora, alguma coisa se fará a bem da Mata do Bussaco. Até porque se não for a autarquia, o estado também não vai intervir lá.

II Parte

Intervir na vila do Luso é uma das suas ambições, públicas, onde já se referiu aos projetos Willuso e LusoInova. Está já a fazê-lo?
Reconhecendo que o anterior executivo tinha toda a boa vontade do mundo, estes projetos têm que ser repensados e encontrada uma qualquer alternativa. Nada passou da teoria. Procurei informação junto das entidades intervenientes e não vi nada.
Não é fácil, mas temos que procurar outras alternativas para o Luso e ponderar o aspeto termal-turístico. Continuamos a encher o Luso de eventos desportivos.
Sei que o Cineteatro do Luso foi comprado na lógica da investigação da saúde, mas é difícil. Não sei se temos “Teatro” para isso, nem se temos investigadores e muito menos sei se temos dinheiro.

Há alguma novidade sobre a Represa do Vale da Figueira, na Vacariça?
Dias depois de assumir o mandato pedi uma reunião com os serviços da Agricultura… A ser feita, a represa custaria mais de dez milhões de euros para irrigar apenas dez hectares. Dez mil euros por hectare é incomportável e não seria nunca candidatável a nenhum fundo.
Em alternativa poderão vir a fazer-se várias represas, para aproveitamento agrícola, como acontece em Santa Cristina.

Uma escola de samba está instalada nos edifícios do antigo Instituto da Vinha e do Vinho. É para continuar?
O que se vai passar mais naquele local?
Este executivo tem vontade de aproveitar todo o espaço do IVV e ligá-lo ao enoturismo, como âncora de um sistema de atração turística. Pensamos em entregar o assunto a um arquitecto de renome.

Alguns serviços públicos da Mealhada, como o Tribunal e o Registo Civil não estão munidos das melhores condições de atendimento a todos os tipos de público. O IVV não seria um local ideal?
Quero acreditar que o Estado tem uma agenda definida para colocar num só sítio vários serviços. Eu não sou a favor do encerramento de nada, mas sou a favor de caminhos tecnicamente melhores e para isso estou disponível, para encontrar soluções com a Administração Central.
Fala-se em Lojas de Atendimento, mas eu não faço ideia do que isto seja…

A comunidade sambista pode esperar com algo parecido, ao de outros municípios, como por exemplo uma “aldeia do samba”?
A única coisa que posso dizer é que estamos a estudar soluções e seus custos, tendo sempre em conta os interesses das escolas e o sossego dos cidadãos.

III Parte

“Temos que atuar fortemente em muitos bens imobiliários. Não previa que a Câmara tivesse que gastar tanto dinheiro nisto”. Está feito algum levantamento das necessidades? De quê e de quanto falamos?
O levantamento está todo feito. Por exemplo, no Pavilhão Municipal da Mealhada teremos que investir quinhentos mil euros; nas Piscinas, só em desumidificadores, cerca de duzentos mil euros; no edifício municipal um milhão de euros; e falta-nos orçamentar o Cineteatro Messias e o Arquivo Municipal da Mealhada.

“Quando cheguei à Câmara da Mealhada não concordava com o projeto de requalificação da Zona Central da Mealhada e foram feitas algumas alterações. A obra não está a correr bem e houve precipitação no seu lançamento”. O que querem dizer estas palavras?
Quero dizer que, por exemplo, só agora conseguimos a demolição do antigo quartel dos Bombeiros. Por outro lado, estamos a intervir numa zona, de cada vez, para que os efeitos da obra não prejudiquem tanto o comércio e os habitantes. O mesmo está acontecer no Luso…

Num encontro dos Aposentados da Bairrada mostrou fotografias da enorme degradação na obra de Cafetaria do Parque da Cidade da Mealhada, que curiosamente nunca abriu ao público. Como é que isto é possível?
A obra está ainda sujeita à intervenção do empreiteiro, que já foi convocado para a vistoria e repor os trabalhos mal executados, o mais depressa possível.

As instalações sanitárias do Parque existem e são boas. Porque ainda não estão abertas ao público?
Estão abertas, são muito boas e têm excelentes materiais e, por todos estes motivos, é natural que a Câmara tenha que ter cuidado com elas e só abrir em períodos limitados, onde possam estar funcionários municipais.
Com a abertura da Cafetaria esse problema poderá resolver-se, contratualizando que quem para lá for assegure, diariamente, a abertura do equipamento sanitário.

O antigo DS – o estabelecimento junto ao Cineteatro Messias – vai ser um Posto de Turismo? Como Cafetaria não funciona?
Há várias ideias no ar. Há quem queira que seja um café, outros um Posto de Turismo e até quem ache que devia ser o edifício municipal. O executivo está a estudar as várias hipóteses.
Como Cafetaria ainda temos um processo judicial a decorrer porque no passado foram autorizadas obras ao anterior concessionário num edifício privado, que é do Município.

E a obra junto à rotunda do Luso será um Posto das “4 Maravilhas da Mesa da Mealhada”, com fins de “merchandising”? Em que vai consistir concretamente?
Terá diversa informação turística, dos restaurantes, das padarias, dos vinhos, da água do Luso, dos doces, das Termas do Luso e do Bussaco. Tudo isto munido de tecnologia informática e mapas.

No concelho da Mealhada há condutas de água com amianto?
Estamos, neste momento, a fiscalizar redes onde é possível que exista algum amianto.

E acerca da ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) da Mealhada, estão a ser cumpridas todas as exigências europeias?
Não estão a ser cumpridos os parâmetros definidos na lei. A solução passa pela construção de uma nova ETAR ou o alargamento da atual, ao qual precisamos de um parecer favorável por parte da Reserva Ecológica Nacional e sabemos que terá um custo de dois milhões de euros.

Quer negociar com as Estradas de Portugal e alterar o acesso de saída, perto do Intermarché, para quem quer entrar no IC2?
Como a visão é limitada nessa entrada, eu gostava, apesar de ser só uma ideia, que houvesse uma saída entre a rotunda e a estrada da Avenida Doutor Manuel Louzada. As rotundas baixam a velocidade e têm normas muitíssimas boas.

Há muito imobiliário privado degradado no concelho da Mealhada? Há solução para isto sendo que, em alguns casos, afeta a higiene e saúde públicas?
Sofri uma enorme desilusão porque pensei que o Estado ia adjudicar verba para a regeneração urbana, mas não há. Assim, teremos adiados os problemas da regeneração urbana por muito anos.
A Câmara da Mealhada tem um programa municipal para isso, o PIRPEC, mas que tem uma dimensão muito limitada.

A candidatura do Centro Escolar da Mealhada já foi aprovada? De quanto vai ser a comparticipação? As obras começam em breve?
Já foi aprovada e é de oitenta e cinco por cento, mas a obra não pode começar enquanto não estiver resolvida a situação de uma providência cautelar interposta à autarquia.

No ano de 2014, quanto vai ser transferido às freguesias do concelho?
Dobrámos a verba dada até agora e, este ano, serão transferidos trezentos e cinquenta mil euros.

A denominação ACIBA (Associação Comercial e Industrial Beira Aguieira – que junta Mealhada, Mortágua e Penacova) diz-lhe alguma coisa?
A Associação Comercial e Industrial da Mealhada (ACIM) quis crescer para mais dois concelhos e eu considero que o municipalismo é um bem, para além disso, Mortágua e Penacova são os municípios mais idênticos ao nosso.
Acho que isto trará vantagens aos três municípios e a Câmara da Mealhada apoia esta ideia.

A preparação e implementação do Orçamento Participativo, que tanto defendeu na campanha autárquica, já foi tema em reunião de Câmara. Há novidades?
Neste momento estamos a desenvolver a ferramenta informática. Vamos começar por ter as denominadas “assembleias participativas” e quero crer que é para breve. Tencionamos que o programa informático fique pronto em maio e a partir daí poderão ser lançadas as reuniões com as freguesias.

As obras na Zona Central da vila e no Centro Escolar do Luso estão concluídas brevemente?
Não, estão atrasadas.

E a situação do Mercado Municipal. Já há um local estudado?
Na Mealhada não vejo outro sítio que não seja o do terreno junto ao campo de futebol da Mealhada ou os terrenos nas Murtelas, junto às escolas.
Julgo que devemos fazer um estudo auxiliado pelos utilizadores, escolher uma localização e só depois avançar com um projeto.
Um milhão de euros não chegará para a construção de Mercado, com feira e estacionamento, portanto, terá que ser uma obra alvo de candidatura a Fundos Comunitários.

Na campanha eleitoral falou da baixa taxa de desemprego e da qualidade de vida que as estatísticas provam para o Município da Mealhada. Agora que já contactou com a realidade no terreno, responda-nos: Há casos de fome no concelho da Mealhada?
A Câmara Municipal está a ajudar/assistir várias famílias no município. Aprovámos dois fundos: Um de Emergência Social e outro Extraordinário. O primeiro já foi esgotado e já me foi pedido reforço. No de emergência estamos a estudar tudo para cumprir a lei.
Mas a verdade é que, em comparação com o panorama nacional, a Mealhada tem uma taxa de desemprego baixa relativamente a muitos outros municípios e a qualidade de vida aqui é boa.

Entrevista de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 918, de 30 de abril de 2014.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

...uma grande novidade sobre o Bussaco...

Filme promocional da MATA NACIONAL DO BUSSACO vai estar presente na 3ª Edição do Finsterra - Arrábida Film Art & Tourism Festival.

Sessões 07 de Maio:
10h30 | Casa Mãe Rota dos Vinhos | Palmela
15h00 | Cine-Teatro João Mota | Sesimbra
15h00 | Cinema Casa da Baía | Setúbal