segunda-feira, 31 de março de 2014

domingo, 30 de março de 2014

...apresentar o meu afilhado...


Ontem, a minha melhor amiga (que apesar de em momentos da nossa vida, termos passado por periodos menos bons... ser irmão também é isto) "convidou-me/informou-me" que sou a madrinha do Louis (o luso-inglês mais lindo do mundo!).
Nem foi preciso responder... é SIM SIM SIM muitas vezes SIM...

E digo... 
SIM porque sou uma priveligiada por ter um convite destes... 
SIM porque fortalece a amizade que tenho com mãe do Louis de quase três décadas...
SIM porque me sinto honrada de ficar ainda mais ligada a esta familia, para sempre...

Lobe u Louis
Lobe u Cila

sexta-feira, 28 de março de 2014

...Prejuízo no Carnaval da Mealhada “apela” para que evento seja repensado...



As contas ainda não estão concluídas, nem são oficiais, mas Fernando Saldanha, presidente da direção da Associação de Carnaval da Bairrada (ACB), estima que, em 2014, o Carnaval Luso Brasileiro da Bairrada tenha dado um prejuízo no valor de “quarenta mil euros”. O cancelamento do desfile no Domingo Gordo, o mau tempo no de terça-feira, em que esteve constantemente a chover, e a diminuição do preço do bilhete no corso do dia 9 de março, já fora de época, estão na base deste prejuízo, segundo o dirigente.
Apesar da chuva, no desfile de terça-feira, dia 4 de março, estiveram no Sambódromo Luís Marques, na cidade da Mealhada, duas mil e quinhentas pessoas (o preço de cada bilhete era cinco euros). Já uma semana depois, fora de época, no domingo, dia 9, com o tempo sereno e o preço do bilhete a três euros, a organização “esperava mais do que três mil e quinhentas entradas”.
Até ao momento de dados financeiros oficiais, o Jornal da Mealhada sabe que Saldanha previa um orçamento de cento e vinte mil euros para o evento, informação dada na conferência de imprensa realizada a 31 de janeiro, que a Câmara Municipal da Mealhada comparticipou com oitenta e quatro mil euros e que, para já, há a forte probabilidade de o evento ter dado um prejuízo, que ronda os quarenta mil euros.
Acerca das falhas que contribuem para o evento, Saldanha remete para “o mau tempo” e Rui Marqueiro, presidente da Câmara da Mealhada, a maior patrocinadora do Carnaval Luso Brasileiro da Bairrada, não quis comentar e deixa no ar que “o evento tem que ser, no futuro, repensado”.
Para João Peres, presidente da mesa da assembleia-geral da ACB, “o atual modelo de gestão do Carnaval está ultrapassado e tem mesmo que ser reestruturado”. “Isto é mais do mesmo. Trata-se do evento mais reconhecido da Mealhada, mas também o que consome mais dinheiros públicos da Câmara Municipal e há que ter cuidado na clareza do seu retorno. O modelo está esgotado e a autarquia deve ter uma palavra a dizer no investimento e gestão do Carnaval, uma vez que é o seu maior patrocinador”, declara João Peres, garantindo: “O Carnaval deve associar-se a outros eventos com aproveitamento de recursos”. “Justifica-se haver uma ACB, quando as escolas de samba também estão transformadas em associações e desenvolvem as suas atividades anualmente?”, pergunta retoricamente.

“Real Imperatriz é uma escola muito incerta”

O presidente da assembleia-geral da ACB não deixa, contudo, de elogiar o evento de 2014. “Gostei muito das escolas de samba”, elogia João Peres, que enfatiza a situação do Grupo Recreativo Escola de Samba Real Imperatriz, de Casal Comba, que, por não ter cumprido os requisitos “impostos” pela ACB, apenas pôde desfilar como grupo de animação, intitulado de Turma do Rambuque. “Congratulo-me com o comportamento e dignidade com que a Real Imperatriz se apresentou no desfile. Veio demonstrar que tem muito a dar a este Carnaval e ao seu concelho, considerando todas as adversidades porque passou”. Mas para Saldanha “as regras são para se cumprir”. “Não cumpriu com absolutamente nada do que pedimos. Nem com as datas de projetos dos carros e nem dos fatos, logo apenas os aceitámos como grupo de animação”, continua Saldanha, que ainda acrescenta: “Porque é que todas as escolas de samba cumprem e aquela não? Para além disso, um ano apetece-lhes ir e outro já não. É uma escola muito incerta”.
Já sobre as restantes três escolas de samba (Amigos da Tijuca, Batuque e Sócios da Mangueira, João Peres tece muitos elogios. “Proporcionaram um grande espetáculo. As pessoas que se deslocaram à Mealhada certamente saíram satisfeitas. Devemos apoiá-las e acarinhá-las ainda mais, pois têm bastante potencial”, afirma João Peres, sugerindo que, no futuro, “se deve procurar que o corso seja composto por grupos de associações e entidades concelhias tentando evitar que venham de outros lados”.

“ACB é demasiadamente subsídio dependente”

Acerca do Carnaval da Mealhada ter “visto”, em 2014, dois concursos - um da ACB, pela primeira vez (que poucos tiveram conhecimento porque a informação nem na conferência de imprensa foi transmitida), e a oitava edição do do Jornal da Mealhada -, João Peres garante: “A ACB deve fazer coisas novas e não tentar desfazer as que já estão feitas. Entendo que o concurso é uma mais valia para o Carnaval, mas deve ser feita por entidades independentes que possam sim contar com o apoio dos promotores do Carnaval. A ACB é demasiadamente subsídio dependente e eu não lhe reconheço autonomia, capacidade e nem humildade suficientes, para pôr em causa uma instituição concelhia, de reconhecido mérito, como a Santa Casa da Misericórdia da Mealhada (SCMM)”, proprietária do Jornal da Mealhada”. “Felicito-o por ter organizado mais uma edição do seu concurso, agradeço aos jurados pelo seu empenhamento, dedicação e competência e dou os parabéns ao Batuque por se ter sagrado bicampeão”, acrescenta.
E vai mais longe. “É inadmissível que a SCMM, para prestar mais este serviço à sociedade e à ‘terra’, tenha sido ‘obrigada’ a adquirir trinta bilhetes, a cinco euros cada (quando as entradas foram a três no corso do dia 9), tendo em conta que, desde sempre, tem colaborado voluntariamente e gratuitamente em tudo o que lhe é solicitado para com o Carnaval, nomeadamente, com a cedência da Unidade Móvel de Saúde e o seu pessoal, e prevenção e reforço nas Urgências do Hospital da Misericórdia da Mealhada, sempre que o evento se realiza”, lamenta o antigo presidente da direção e fundador da ACB.
Outra das preocupações de João Peres passa pelo facto de, no próximo mês de maio, a ACB ir a votos. “Em maio há eleições e preocupa-me bastante a continuidade do Carnaval e da ACB, face aos prejuízos previstos. Duvido que mais uma vez apareça alguém para assumir o seu comendo e reconheço que é uma grande responsabilidade arrancar com quarenta mil euros de saldo negativo e sem soluções para a recuperação”.
O presidente da assembleia-geral admite que a realidade mais próxima seja “a solicitação ao senhor Saldanha e sua equipa para que continuem à frente da ACB”. “A viabilidade financeira e de recuperação do saldo negativo é quase impossível mantendo o mesmo nível de qualidade do corso. Mesmo com chuva, algo está mal explicado”, garante João Peres, que apela a que se façam contas.

Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 915, de 19 de março de 2014.
Fotografia de Rodrigo Mortágua

quinta-feira, 27 de março de 2014

...Um Segredo de Amor...

"Minha esposa ficou doente. Constantemente ela estava nervosa por causa de problemas no trabalho, na vida pessoal, seus erros e problemas com os filhos. Ela perdeu 13 quilos e pesava cerca de 40 quilos aos 35 anos.

Ela ficou muito magra e estava constantemente chorando. Não era uma mulher feliz. Ela sofria de contínuas dores de cabeça, dor no coração e tensão muscular nas costas. Ela não dormia bem, conseguia pegar no sono apenas na parte da manhã e ficava cansada rapidamente durante o dia.

Nosso relacionamento estava a ponto de acabar. A beleza dela estava deixando-a. Ela tinha bolsas sob os olhos, cabelos desgrenhados. Ela parou de cuidar de si mesma. Se recusou a fazer filmes e rejeitou cada papel. Perdi a esperança e pensei que iríamos nos divorciar em breve...
Foi então que eu decidi agir. Afinal, eu tenho a mulher mais bonita do planeta. Ela é a mulher ideal para mais da metade dos homens e mulheres da Terra, e eu o único que tinha permissão para dormir ao seu lado e abraçá-la. Comecei a mimá-la com flores, beijos e muitos elogios. Surpreendia-a e tentava agradá-la em todos os momentos. Enchi-a de presentes e comecei a viver apenas para ela. Só falava em público a seu respeito e relacionava todos os assuntos a ela, de alguma forma. Elogiei-a a sós e em frente a todos os nossos amigos.

Vocês podem não acreditar, mas ela começou a renascer, a florescer… Tornou-se ainda melhor do que era antes. Ganhou peso, parou de ficar nervosa e me ama ainda mais do que antes. Eu nem sabia que ela podia amar tão intensamente.

E então eu percebi uma coisa: 'A mulher é o reflexo de seu homem'"


Brad Pitt

quarta-feira, 26 de março de 2014

...explicar o Delirium... que é um bar em Bruxelas...


Este bar em Bruxelas, único no mundo, tem disponiveis 2004 tipos de cerveja de todo o mundo...
Uma Sagres mini custa seis euros....
Chama-se Delirium e todos querem lá entrar dentro....

terça-feira, 18 de março de 2014

...Sambódromo da Mealhada “encheu-se” de samba...



Finalmente o corso do Carnaval Luso Brasileiro da Bairrada contou com bom tempo para sair à rua. O desfile de 2 de março – Domingo Gordo – foi cancelado, o de 4 saiu debaixo de chuva e só no passado domingo, dia 9, e já fora época, houve condições (e boas) para que os grupos e escolas de samba desfilassem na Avenida.
Turma do Rambuque, nascida no Grupo Recreativo Escola de Samba Real Imperatriz, de Casal Comba (que levou um grupo de utentes do Centro de Santo Amaro, da APPCDM - Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental - de Anadia); Desafio d’Arte; Big Borga; Grémio Recreativo Escola de Samba Batuque; Os Papagatos, do Centro Cultural, Desportivo e Recreativo da Pedrulha (Casal Comba); Polirithmus, de Cantanhede; GRES Amigos da Tijuca; Espantalhos; e escola de samba Sócios da Mangueira encheram as avenidas do Sambódromo Luís Marques, na cidade da Mealhada, e muitos foram aqueles que disseram “sim” ao Carnaval mais brasileiro de Portugal.
De Pombal, encontrámos uma família inteira (mãe, filhos e netos). Alguns deles vieram pela primeira vez, outros já contam uma mão cheia de visitas. “Valeu a pena vir cá. Gostei muito”, disse, ao Jornal da Mealhada, a matriarca da família, que confessou: “Viemos aqui porque no fundo é o Carnaval mais perto que temos da nossa localidade”.
E se na terça-feira, com chuva, duas mil e quinhentas pessoas visitaram o Sambódromo da Mealhada, com o preço do bilhete a cinco euros, no passado domingo, muito provavelmente, o número de visitantes aumentou. “Foi muito bom e correu tudo melhor do que eu pensava. A ideia de baixar o preço do bilhete de cinco para três euros teve sucesso”, garantiu Fernando Saldanha, presidente da direção da Associação de Carnaval da Bairrada”, que não conseguiu, contudo, até ao fecho da nossa edição, contabilizar o número de entradas. “Dá-me ideia que tivemos mais entradas no domingo, em relação a terça-feira, mas só com números é que dou certezas”.
A faltar, no dia 9 de março, ficaram os reis do Carnaval – os atores Kiko Pissolato e, a sua esposa, Bruna Anauate –, que, apesar de no desfile de dia 4, terem garantido ficar, optaram por outro convite e viajaram para um outro país europeu. “Não faz mal nenhum não o ver. A mim não me diz nada”, disse-nos a família de Pombal com quem falámos.
Mas eles estiveram, na terça-feira de Carnaval, e debaixo de chuva percorreram o Sambódromo. Na altura, ao Jornal da Mealhada, “Maciel”, de “Amor à Vida” transmitida no horário nobre da SIC, garantiu: “Há muitas pessoas que sambam melhor que eu, que sou brasileiro”. Já a esposa elogiou “o povo, a culinária e os vinhos”.

Texto de Mónica Sofia Lopes publicado na edição impressa do quinzenário Jornal da Mealhada, número 914, de 11 de março de 2014.
Fotografia de Rodrigo Mortágua

quinta-feira, 13 de março de 2014

...opinar sobre o CARNAVAL LUSO BRASILEIRO DA BAIRRADA...



Hoje estou de folga…. e sinto-me mesmo de folga…sinto tanto que até me esqueci que sou jornalista…

E portanto vamos cá dar opinião sobre aquele que considero o maior evento do concelho da Mealhada… o CARNAVAL LUSO BRASILEIRO DA BAIRRADA.

Às vezes pergunto-me: Se o Sambódromo Luís Marques fosse em Cantanhede teríamos um Carnaval de cinco dias, gerido por uma empresa “Inova” (ou lá como se chama a empresa que gere a Expofacic) e seriamos visitados por milhares de visitantes?
A Câmara da Mealhada é igual à de Cantanhede, talvez melhor, porque dá oitenta e tal mil euros (julgo que no passado mais de cem mil) e só se interessa em que as contas sejam justificadas, não se intromete na escolha do rei, do príncipe e de todo o resto…
Mas se calhar devia… Devia meter-se, devia criar uma entidade para gerir o Carnaval e remunerar um, dois, ou os necessários, profissionais…
Um trabalho pago, mas de muita qualidade!

Este Carnaval (no corso de domingo, dia 9 de março de 2014) conheci uma família inteira de Pombal… Uns pela primeira vez, outros já cá tinham estado….
Eles assistiram ao desfile inteiro, mas assistiram porque eu lhes pedi para assistir.
Eu explico: Ao fim de mais de uma hora do início do corso (marcado para as 15 horas), lá passa a Imperatriz e lá passa mais um outro grupo (que já nem me recordo…devia ser algum grupo contratado de fora)… a família arrumou as cadeiritas e iam para se ir embora a dizer coisas do género: “Pronto, ao menos viemos dar uma volta à Mealhada”.
Não fui capaz de ficar calada e alertei-os que ainda só tinham visto 25% do que seria o corso. A matriarca da família, pensando que eu era de longe e a olhar para a estrada (tudo isto junto à Escola Profissional Vasconcellos Lebre) disse-me: “Ó menina, olhe que não… Não vem lá ninguém”.
Expliquei-lhe que tinha que aguardar mais um pouco e ela (a família) acabou por ficar. Eu tive o privilégio de fazer “conhecidos”, o que gosto bastante, eles tiveram o privilégio de assistir ao corso inteiro (foi por isso que vieram de Pombal à Mealhada) e no fim a matriarca ainda me disse: “Que coisa linda!”.

Aqui faço um aparte: Alguém da entidade que organiza o Carnaval convidou/contratou associações concelhias para darem espetáculo no corso? Pergunto porque não sei mesmo e podem tê-lo feito e ninguém ter aceite…
Mas eu acho que gostava de ver uma performance da CADES, um momento teatral da Casa Rural Quinhentista, sei lá, tanta coisa….
Eu gostei do Ginásio de Cantanhede, gostei muito… mas os do concelho não quiseram, foi isso?

E por falar em Casa Rural Quinhentista… os dois colaboradores fotográficos que “tenho” no Jornal da Mealhada, por coincidência, são da Pampilhosa. Pisaram pela primeira vez, em anos distintos, o Carnaval da Mealhada pelas "mãos" do JM…
Alguém me explica como é que as pessoas da Pampilhosa não têm interesse por vir assistir a um evento que passa na televisão e fica a cinco quilómetros das suas casas?
Algo se passa com este evento…

Também na bilheteira tenho uma história engraçada para contar…
Enquanto colaboradora de um diário regional, também fui a responsável pelas notícias publicadas sobre o Carnaval da Mealhada em 2014 para este título… No corso de domingo, enviaram uma fotógrafa estagiária para fazer a cobertura fotográfica, mas esqueceram-se de a credenciar… obviamente, e muito bem, a Associação de Carnaval da Bairrada barro-lhe a entrada…
Fui ter com ela à Bilheteira (do lado do Cardal) para tentar que a deixassem entrar, não o tinham que fazer porque ela não cumpriu as regras!
O “segurança”, depois de eu lhe explicar a situação, disse-me que só a deixaria entrar com um tutor do estágio. Eu apresentei a minha Carteira Profissional de Jornalista (ainda bem que a tenho porque não sei se me deixariam entrar no Carnaval da Mealhada para trabalhar. Poucos me conhecem!) e ele, com má cara, deixo-a entrar para então fazer o seu trabalho (que chega a casa de milhares de pessoas da região Centro diariamente), mas ainda me disse:
"Como é que para um evento destes trazem uma estagiária????"
 
Ui… sou só eu que me sinto indignidade com estas palavras? Um porteiro, ou segurança, ou lá o que ele é, deve dizer isto a alguém, uma possível fotografa, que se está a licenciar e que, sem remuneração, a um domingo, abdica do seu tempo livre para vir fazer umas fotografias ao Carnaval da Mealhada?
Se ela não tivesse vindo, as fotografias iam ser tiradas da minha digital, da Sony, uma coisinha tão pequenina e que tanto jeito tem feito ao JM e ao DC… (exemplo nesta fotografia aqui ao lado)

Sobre o concurso ou concursos que avaliam as escolas de samba, só tenho uma coisa a dizer: Tenho muito respeito por quem implementou o Concurso de Escolas de Samba do Jornal da Mealhada. Ele não apareceu feito… tiveram que, algumas cabeças, desenha-lo, monta-lo e pô-lo em prática!
Este ano (2014) a Associação de Carnaval da Bairrada organizou um, em parceria com as escolas de samba. Não tenho nadinha contra… e nem omito opinião…
Mas como é que um mês antes do Carnaval eu recebi um telefonema de um elemento da direção da dita associação que estava a precisar da minha ajuda (enquanto jornalista do JM). “Estou aqui no site do JM a ver os regulamentos do concurso das escolas de samba (são públicos, é verdade!) e falta-me aqui uma coisita. Podes arranjar-me?”, disse.
Ainda bem que eu ando cá há muitos anos. Nessa altura eu não sabia que a Associação de Carnaval da Bairrada ia organizar um concurso, mas enquanto funcionária do JM, não disponibilizo nada que pertença à empresa…
Mas mais uma vez digam-me, por favor, isto não foi uma grande lata?????

Por último, quero dizer, a quem não sabe ou se esqueceu…
Sou sócia (se calhar desde que nasci) da escola de samba Sócios da Mangueira. Os meus pais são fundadores e o meu pai está hoje no ativo da escola… Quando era pequenina, as meninas da Mangueira vestiam-se na minha casa porque não existia sede…
Estive lá, também no ativo, até aos meus 24 anos de idade… até às saídas fora ia…
Hoje não estou no “ativo”, mas vou lá muitas vezes. Continuo a ser sócia. O meu pai paga-me as quotas e eu sei que lhe dá prazer fazê-lo! E até ele me dar esse "mimo" eu deixo… um dia quando se fartar, talvez eu continue a ser sócia da Mangueira... com as quotas em dia…

Mas vos garanto que também entro no Batuque como se na minha escola entrasse. Porque tenho lá amigas, porque me recebem bem e porque, por comodismo, muitas vezes está mais à mão da minha casa…
Adoro muitas pessoas que estão na Tijuca e também lá me recebem bem…
Na Imperatriz (Casal Comba) e no Samba no Pé (Sepins) sempre fui muito bem recebida e tratada, assim como no Paquetá, lá mais atrás…

É a todas as escolas de samba que eu bato palmas.
Por admirar as pessoas que passam horas enfiadas nas sedes a ter ensaios e a colar lantejoulas que eu acho que precisamos de mais, muito mais…

Ups, falta mais uma coisa: Ninguém concorda comigo… mas eu sou a favor de o REI se manter brasileiro. É a tradição. Não mexam nela! :)

domingo, 9 de março de 2014

...Catarina Matos faz humor no Brasil...



Catarina Alexandra Cruz Matos, de trinta e quatro anos, natural da Mealhada, conhecida na Bairrada por “Katy”, licenciou-se em Psicologia e trabalhou nas melhores agências publicitárias portuguesas, mas foi fora do país, mais concretamente no Brasil, que realizou o seu maior sonho: fazer “Stand up comedy”. De passagem por Portugal, falámos com a jovem, que teve “tempo de antena” em quase todos os meios de comunicação social do país e subiu ao palco do Teatro Villaret, em Lisboa.

Quando é que Catarina Matos, conhecida por muitos pela “Katy”, sai da Mealhada?
Foi com algum nervosismo que sai do colinho da mãe para ir para a faculdade. Primeiro fui para Coimbra estudar História, porque não tinha entrado em Psicologia nessa cidade, mas não posso mentir, o meu sonho era ir viver para Lisboa, para junto da minha irmã, Carla Matos (o meu exemplo de vida).
Passado um ano a estudar em Coimbra, os meus pais salvaram o meu percurso académico e deram-me dois presentes, que conseguiram com grande esforço económico: mudei-me para Lisboa onde cursei Psicologia.
Nos primeiros anos passei todos os fins-de-semana na Mealhada, fazia parte do meu bem-estar.

Passou grande parte da vida em Lisboa. Trabalhou dez anos ligada à área da publicidade. Conte-nos esta experiência…
No último ano da faculdade foram captadas pessoas de várias faculdades do país para irem estagiar na maior agência de publicidade portuguesa dessa altura, a BBDO Portugal. Eram mais de seiscentos candidatos para nove vagas e, depois de muitos testes psicotécnicos e entrevistas, fui uma das escolhidas. Foi uma das coisas mais difíceis e surpreendentes que alcancei na vida.

De repente vai para o Brasil. Quando foi isso, como e porque aconteceu?
Quando continuei na vida de Criativa, publicitária, passei por várias agências. Na BBDO fui criativa externa de uma agência de Londres chamada BBH e depois fui para a DDB Lisboa. Mais tarde, entrei na “Grand Union” onde também fui “Social Media Creative”.
Um dia eu e o meu marido recebemos a notícia de que a empresa onde ele era diretor criativo teria de dispensá-lo por motivos da supracitada crise. Durante uns dias receámos ficar sem nada. As outras agências não tinham vagas e resolvemos procurar fora do país.
Do Brasil veio a salvação, na forma de um convite para uma grande agência em São Paulo. Nós não fomos porque quisemos, nós tivemos mesmo de ir. E agora que olhamos par trás, foi o melhor que nos podia ter acontecido.

O “stand up comedy” surge no Brasil? Já era uma paixão? Como é que tudo aconteceu?
Já em Portugal tinha escrito para programas de humor e tinha vontade de o fazer há muitos anos, mas o país não me parecia um palco, nem confortável nem preparado, para isso. Sempre estudei muitos “Stand up comedians” de outros países e acho que tem tudo a ver com o estágio (e estado) evolutivo em que a sociedade se encontra.
Uma semana antes de embarcar para São Paulo contactei um humorista, que admirava há uns anos, Daniel Duncan, que me marcou uma performance para iniciantes num teatro. Assim que cheguei, passados cinco dias, atuei logo e convidaram-me para voltar no dia seguinte. Foi assim que entrei para o meio humorístico brasileiro, onde fiz amigos e onde aprendi com os melhores da escrita, do teatro, humor e do improviso.

Agora essa é a sua profissão?
Felizmente no Brasil podemos viver dela. Penso que em Portugal ainda é complicado e os casos são raros. Mas sim, é com grande incredulidade e felicidade que digo que sou humorista e atriz nas horas vagas. É um sonho tornado realidade.

Neste momento, está em Portugal porquê?
Vim a Portugal visitar a minha família e para me dar a conhecer ao meu país. Já havia pessoas que me conheciam, há uns anos, e que me encorajavam a iniciar esta carreira e quando souberam que eu vinha, convidaram-me para fazer parte dos espetáculos que tinham em cartaz, como por exemplo, o Overdose, que se realizou no dia 22 de janeiro, no Villaret. Esgotou e foi recorde de bilheteira. Os meus anfitriões Rui Cruz e Paulo Almeida, juntamente com a Ponto Final Produções, ofereceram-me a realização de um sonho antigo que era atuar no meu país. Às vezes tenho de me beliscar para acreditar que isto está a acontecer.

Uma rádio nacional, por onde passou, garante que a Catarina Matos é “a única humorista portuguesa no Brasil”. É verdade?
Sim, mesmo aqui em Portugal não há muitas mulheres no humor e assim é pelo mundo... Por exemplo, em Brasília, também sou a única mulher! Não posso mentir: tem as suas vantagens, mas eu gostaria muito de ver mais mulheres a fazer humor. 

Que diferenças vê no humor português vs brasileiro?
Os brasileiros são comunicadores natos e isso traduz-se numa linguagem que, por si só, é mais relaxada e mais engraçada. A nossa fonética é um pouco mais agressiva a nível sonora, a dos brasileiros acaba por ser mais "cantada". As palavras que eles empregam tornam uma frase normal numa frase hilariante.
Também me parece que a sociedade brasileira está um pouco mais predisposta a rir. Eles têm o hábito de sair de casa, seja a que dia for, e ir esgotar teatros e bares para ver “Stand up”. Na televisão e na internet há programas de muito boa qualidade.

Para além de, neste momento, a sua vida profissional estar ligada à comédia, ao sorrir e fazer rir, o que mais lhe dá felicidade na vida?
É ler o que lhe disse nesta entrevista e ter a noção que tive coragem, vontade e quem me apoiasse para que esta história esteja a dar certo. O meu marido, a minha sobrinha e a minha família parece que sempre souberam que um dia isto poderia tornar-se realidade.
Tenho amigos que me dizem, hoje em dia, "eu já sabia!", porque sentiam o meu desejo. Se isto não é ser feliz, viver num círculo assim, não sei o que será. Para mim está perfeito!

Tenciona voltar para Portugal ou, nos próximos anos, estará do outro lado do atlântico?
Penso que proximamente voltarei, mais vezes, em trabalho. Estou a estudar umas propostas com agentes que me querem trazer a Portugal com mais frequência. Estou muito feliz por isso. Voltar para viver, por enquanto, ainda não, porque entretanto estou com um elenco fixo numa “Choperia” (um bar de cerveja) onde tenho um espectáculo todas as segundas-feiras com um projecto chamado “Imperium Comedy Club”. Para além de peças e oficinas de teatro posso dizer que tenho lá a vida profissional muito movimentada.
Quando em Portugal for possível ter isto tudo é uma hipótese que não está descartada, até porque adoraria trazer para cá o respeito incrível com que esta profissão é tratada no Brasil.

Neste vasto e alucinante percurso de vida, onde fica a Mealhada?
A Mealhada sou eu. É o único lugar do planeta onde olho em volta e estou rodeada de pessoas que andaram comigo ao colo, que me conhecem desde sempre, que correram comigo nas noites quentes de verão pelo Jardim. Sabem quem eu sou e sabem que, se mudei, foi para melhor.
Uma das melhores coisas que me aconteceu, desde que cheguei a Lisboa, foi um grupo de amigos do meu coração, que vieram de Anadia para me ver atuar no Villaret! A pessoa pode sair da Bairrada, mas a Bairrada não sai da pessoa.
Nos primeiros meses de me mudar para outro país senti uma dor muito grande porque o meu país está nestas condições, por causa de fracas escolhas económicas e políticas que me afetaram para sempre. Vi amigos terem de vender o carro para conseguirem sustentar os filhos. Mas hoje já estou mais em paz com esta questão. A revolta deu lugar a querer fazer parte da solução.
Quando penso na minha terra, penso começar por ela, nem que seja, começar por fazê-la sorrir comigo.

Entrevista de Mónica Sofia Lopes publicada no quinzenário Jornal da Mealhada, número 913, de 19 de fevereiro de 2014.

quinta-feira, 6 de março de 2014

...mensagem para o meu avô...



O velho ditado de que “só aos outros acontece” vai ser sempre o mais popular nas sociedades… porque de facto, e por mais pena que tenhamos do que acontece aos outros, não é connosco e não conseguimos saber o que custa e o que dói…
Por experiência pessoal, bem sei que as coisas não acontecem só aos outros… e que a doença pode esperar-nos ao virar da esquina…
O meu avô materno, com 84 anos, padece de algumas mazelas, mas ainda vai todos os dias tratar da horta, faça chuva ou faça sol…
Já o meu avô paterno, com 75 anos de idade, caiu na cama e de repente parece que todas as doenças mais esquisitas quiseram permanecer junto dele….
Estar doente acaba por não ser um problema… ficar dependente, julgo que, depois da morte, será o que de pior pode acontecer a uma pessoa….
Depois de dias, semanas e meses a correr hospitais, ontem deixamo-lo num Lar, pela primeira vez…. Sempre com a esperança (talvez ilusão) de que será temporário, um processo passageiro… e julgamos que ainda o vamos ver em casa…

Quando eu era pequenina disse-me o meu avô Basílio: “Não queiras fazer tudo, mas o que fizeres, faz bem feito!”.
Nunca mais esqueci este ensinamento e tem resultado para várias situações da minha vida….
Espero que estejamos também agora a fazer tudo bem feito…. 

(A fotografia da neta que o meu avô mais gostava.... e que espero que ainda goste)