sábado, 27 de julho de 2013

...poder ser um dia muito feliz, mas não é!...


Pensamos pequeno e mal, quando pensamos só em nós!
Pensamos pequeno e mal, quando não abdicamos de nada em prol do outros, em prol da amizade, em prol do amor!
Pensamos muito pequeno e muito mal, quando não reconhecemos e gratificamos o amor e o bem que nos dão e nos fazem!
Somos cada vez mais pequenos, quando só nos vemos a nós ao espelho!
Somos más pessoas, quando a vida nos dá coisas boas e nós, simplesmente porque não nos queremos esforçar, viramos as costas!

Hoje é dia de festa, de mar, de jantar em família e de pagar copos aos amigos e conhecidos, mesmo aqueles a quem muitas vezes só dizemos bom dia. Mas mesmo esses estão lá... na festa e com muita alegria! 
Fica só a faltar precisamente a única pessoa que durante todos os segundos da sua vida deixaria tudo para nos fazer feliz! Fica só a faltar essa pessoa...

Este dia, 27 de julho, podia ser feliz, mas não é!

quarta-feira, 24 de julho de 2013

...entrevista Carlos Cabral, presidente da Câmara da Mealhada...



“Fui incluído na lista negra dos militantes do PS na Mealhada. Conseguiram magoar-me”

A poucos meses da saída, após trinta e quatro anos a participar ativamente nos destinos e decisões do Município da Mealhada, Carlos Cabral, atual presidente da Câmara Municipal, concedeu uma entrevista ao Jornal da Mealhada, onde falou da muita obra feita e de alguma que ficou por fazer, das saudades que já sente e do orgulho que tem nos funcionários municipais, que o “ajudaram” a estar à frente de uma das poucas autarquias portuguesas que não tem dívidas a ninguém.

De que é que mais se orgulha?

Orgulho-me de tanta coisa… Na minha vida autárquica, orgulho-me sobretudo pelo facto de ter dado sempre o máximo de mim em cada momento e é preciso dizer-se que sou autarca desde as primeiras eleições após o 25 de Abril, primeiro na freguesia da Pampilhosa, depois na Câmara Municipal, onde já sou presidente há catorze anos. Não tenho qualquer problema de consciência de não ter dado o máximo de mim em cada dia, em cada momento.

E a nível de obra feita, qual para si teve mais relevância?

Gostei de todas as obras que foram feitas, posso não gostar delas esteticamente, mas gosto delas porque são o resultado de uma equipa de trabalho e dos anseios das populações. Mas há obras que nos deixam marcas… Hoje ninguém se lembra que completámos as coberturas a cem por cento do abastecimento de água e da recolha de esgotos com tratamento no concelho da Mealhada e isso são duas necessidades extremamente básicas que nós construímos e concluímos. Se calhar hoje não dizem nada às pessoas, porque abrem a torneira e corre a água e porque sabem que os esgotos são tratados, mas a mim isto continua a dizer muito porque me marcou, foi um esforço enorme em diversos mandatos, num deles ainda não era presidente, era vereador. Foi um esforço que me encheu de alegria quando em Carvalheiras e Louredo completámos o ciclo de abastecimento da água e também, porque não dizê-lo, quando levámos a água a Rio Covo, a mais pequena povoação do concelho da Mealhada, que tinha na altura dois habitantes. Talvez tenha sido a água mais cara do concelho, mas as pessoas que lá viviam tinham os mesmo direitos que qualquer outra.

O que ficou por fazer?

Tanta coisa… Tinha que ficar muita coisa por fazer, se não isso era um problema para a Democracia. Se tivéssemos feito tudo já não havia eleições autárquicas porque não era preciso. Há muita coisa por fazer no município, mas que eu tenha deixado por fazer ficaram alguns projetos, nomeadamente, o projeto da Plataforma Rodoferroviária da Pampilhosa, que está pronto e aprovado, temos parte dos terrenos, mas fica por construir, e o Campo de Golfe, que se arrasta há uma série de anos, uma vez que quando nós quisemos e tínhamos condições parte da população não quis e hoje passa-se o contrário, as populações querem, mas não há possibilidade, em termos financeiros e do enquadramento económico em que vivemos. E estas são obras que têm que ter uma parceria com o setor privado, não uma parceria publico-privada…

Se soubesse o que sabe hoje, o que não teria feito?

É difícil escolher. Não tenho consciência de termos feito uma obra que não fosse necessária. Todas as obras deste Município, após o 25 de Abril, têm a minha participação, todas sem exceção, quanto mais não seja pelo meu voto no executivo municipal.

Em relação às Termas de Luso, assunto de que tanto se fala nos últimos anos, o que é que aconteceu?

Como sabe as Termas do Luso são concessionadas à Sociedade da Água de Luso, em que a Câmara Municipal não tem propriamente intervenção legal, mas teve sempre uma intervenção de influência. Evidentemente há coisas em relação às Termas do Luso que eu não concordo. Hoje o termalismo tem um conceito diferente do que tinha há vinte, trinta anos. Hoje as Termas, na sua generalidade, foram relegadas para um papel lúdico, quando elas, na minha modesta opinião, têm uma importância muito grande na prevenção da doença. Infelizmente vivemos num país de medicina curativa, onde a medicina preventiva, que deveria ter um investimento acentuado que resultaria em poupança de grandes recursos, foi praticamente abandonada. As Termas tiveram uma altura em que eram sobrevalorizadas, basta dizer que a Segurança Social pagava o alojamento a toda a gente, julgo que até do cão e do gato, e hoje quase todas as comparticipações foram eliminadas. É evidente que isto teve um reflexo brutal no Luso. Quando as Termas “caem” é a própria vila do Luso que cai na sua parte social e económica. Há poucos anos, como se sabe, a SAL fez uma aposta ao associar-se a outra empresa, que toda a gente diz agora que foi uma aposta errada e eu também o digo, mas no início era uma aposta que parecia válida. Como diria o jogador do Futebol Clube do Porto, João Pinto, “prognósticos só depois do jogo”. Agora, muito obrigado, todos acertam.
Por outro lado julgo que a população do Luso tem que fazer uma reflexão profunda do que quer para a vila. Ainda há poucos dias, houve um problema que foi debatido na Câmara Municipal sobre a perspetiva, para nós nefasta, do barulho noturno que se faz sentir no Luso. Tive aqui um abaixo-assinado de duzentas e tal pessoas a dizer que essa atividade responsável pelo barulho noturno era necessária e fundamental para a vila do Luso. As pessoas têm que optar. É preciso saber se o Luso é uma estância de repouso ou se é uma estância de atividade noturna, com tudo aquilo a que está associado. Como vê, as pessoas contradizem-se com alguma facilidade. O que se passa no Luso é muito complexo e nem a população chegou a um consenso do que pretende. A Câmara sabe o que quer em termos da sua influência e participação. Temos feito uma reconversão total da vila, em termos urbanísticos e que tem decorrido nos últimos anos. Recuperámos a Fonte de São João, a Avenida e agora continuamos com obras de grande envergadura e de grande influência na estrutura urbana do Luso.

E como fica a situação do Teatro Avenida Luso?

A Câmara adquiriu há quatro anos o edifício que lá existe, parcialmente em ruína, com uma finalidade. Depois de obras de recuperação pretendíamos ter ali um pequeno auditório, mas também, e com um protocolo a estabelecer com a Universidade de Coimbra, que tem tremido por razões de ordem financeira, a criação de um espaço de investigação para aproveitamento das virtualidades da água do Luso em determinado tipo de tratamentos, nomeadamente, ao nível de doenças que aparecem nas fases mais avançadas da vida. E este é um assunto que não está posto de lado. Espero que o próximo executivo lhe pegue e continue em contacto com a Universidade, para que possa ser possível a concretização dessa ideia.

E em relação ao Cineteatro da Pampilhosa?

O Cineteatro da Pampilhosa é propriedade da associação mais antiga do município da Mealhada, que se chama Grémio de Instrução e Recreio e que temos dados de que em 1908 já existia. Este Teatro foi construído com um grande apoio da população, teve alguns mecenas locais e entrou em ruína, obviamente com o passar dos anos. Há cinco ou seis anos, os atuais dirigentes dessa associação quiseram fazer a sua recuperação. Fez-se uma parceria tripartida entre o Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território, através da Direção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, que se propunha a comparticipar a obra, a Câmara Municipal e também a própria associação. Posso dizer-lhe que a Câmara Municipal tem cumprido religiosamente o protocolo, a associação tem cumprido a realização do protocolo e ficam a faltar as comparticipações prometidas pela Administração Central. Estou convencido de que se a direção da GIR remeter isto para o Tribunal Administrativo, pode demorar uns anos, mas acaba por receber o dinheiro acordado, porque não se pode colocar de lado a documentação assinada pelo próprio Secretário de Estado. Algum dia este dinheiro aparece, porque o estado assumiu um compromisso e através da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) estão-se a “esquecer” deste dinheiro.

E sobre as antigas fábricas de Cerâmica da Pampilhosa?

A Câmara adquiriu no ano passado a antiga Cerâmica das Devesas, que é a fábrica em ruínas mais a sul junto à Estação e a mais antiga. Adquiriu porque estava em negociação há anos com os proprietários, entendemos que era necessário pôr ordem, em termos urbanos, naquela zona, além disso, o edificio é de 1891, parte dele tem uma traça que merece ser conservado e, por fim, havia também a hipótese de fazer um parque de estacionamento do lado poente da Estação para facilitar o seu acesso. Evidentemente que há também por parte da CP e da REFER necessidade de permitir o acesso do lado poente da Estação da Pampilhosa. Mas tudo isto está a decorrer com a lentidão dos comboios portugueses, que passam a trinta quilómetros por hora na Pampilhosa, à mesma velocidade a que andam as entidades responsáveis por eles.

O estado do Bussaco, neste momento, é motivo de orgulho para si?

A natureza foi muito injusta para com o Bussaco, em janeiro deste ano, aquando da tempestade que assolou esta região e devastou parte da Mata Nacional do Bussaco, onde mais de duas mil arvores foram derrubadas, destruída parte da Via Sacra e do Convento e ainda alguns edifícios. E isso não nos traz boas recordações…
Agora se se refere ao trabalho da Fundação Mata do Bussaco, respondo sim, é motivo de orgulho, porque esta entidade fez mais pelo Bussaco, pela sua conservação e recuperação, em cerca de três anos de atividade, do que a Direção Geral das Florestas e seus antecedentes durante quarenta anos. E isto é uma realidade.
Das coisas que mais me choca é ver pessoas com responsabilidades neste município, muita gente do Luso, ter uma animosidade doentia em relação à gestão da Mata do Bussaco só porque se acabaram alguns privilégios existentes e que eram de todo injustos. Eram privilégios que a população do concelho não tinha, mas que algumas poucas pessoas do Luso tinham, tais como, “direito a casa, a lenha, etc.”. Só que a casa e a lenha de que se fala também é do português mesmo que viva nos Açores, porque estamos a falar de património público, que foi alvo de aproveitamento pessoal e até de algumas virtualidades e potencialidades do próprio Bussaco. É inadmissível também que tenha acabado a concessão do Palace Hotel e antes disso não tenha sido lançado um concurso para a nova concessão, que há cinco seis anos anda a ser prorrogada. Isto quer dizer alguma coisa…

Em 2009, em entrevista ao Jornal da Mealhada, focou as prioridades da sua candidatura na aposta na ação social escolar, no investimento nas Zonas Industriais e “dar passos largos no desenvolvimento do projeto LusoInova”. Alguma destas coisas falhou?

Falhou, não a cem por cento, mas falhou a questão do LusoInova. Este foi um projeto elaborado com uma participação muito ativa da Sociedade das Águas de Luso e, portanto, a Câmara na parte que lhe diz respeito também avançou no cumprimento daquilo que lhe cabia e que assumiu. A reestruturação da zona urbana do Luso está integrada nisto tudo. Desta vez eu diria que foi o setor privado que falhou, mesmo não tendo a responsabilidade exclusiva dessa falha.
Em relação às Zonas Industriais… A da Pedrulha “viu” esgotadas as vendas de lotes na primeira fase, passámos à segunda e ainda há poucos dias foram abertas propostas para mais uma hasta publica de atribuição de lotes, e num período de crise em que vivemos, foram atribuídos mais três lotes de grande dimensão. Isto foi um êxito na minha opinião e é preciso dizer-se que não vendemos lotes a um euro o metro quadrado, porque falamos de um sítio com qualidade, apesar de haver quem diga isso…. e cá estaremos para ver.
Em relação à Zona Industrial de Barrô o projeto está aprovado, está tudo como deve ser, mas faltam os terrenos que são todos privados. Sabe que a transparência da vida pública é fundamental, mas sobretudo beneficia aqueles que têm dinheiro.
Em relação à ação social, não foi só a ação social escolar, infelizmente, mas também ação social direta, devido aos tempos difíceis que o país atravessa. Os serviços sociais da Câmara Municipal têm tido uma atividade intensiva com o apoio às populações e por esta mesa têm passado pessoas que vêm quase desabafar com o presidente da Câmara e que o deixam revoltado por não poder fazer nada. Nunca veio cá ninguém pedir emprego, mas vêm muitos pedir trabalho.

Conseguiu adquirir os edifícios do Instituto da Vinha e do Vinho como tanto desejava. Que projetos serão ali construídos, para além do Centro Escolar da Mealhada?

A Câmara adquiriu-os, custou-nos mais de um milhão e duzentos mil euros, foi pago de imediato e é sabido que quando quisémos entrar nos edifícios parte deles estavam ocupados com mil cento e tal máquinas de jogo apreendidas pela ASAE e sob a guarda da Direção Geral do Turismo. Encontrámos também duas cubas com álcool, não sei se cheias ou meias, que está a pingar e está lá há cerca de vinte anos e que foi uma apreensão da Guarda ou Brigada Fiscal da GNR. Num país rico como o nosso esqueceram-se que estava ali o álcool, que tanta utilidade tem. Adquirimos os edifícios em agosto do ano passado e até hoje não conseguimos tirar de lá nem o álcool, nem as máquinas. Há cerca de oito dias recebi um ofício da Direção Geral do Turismo que dizia que as máquinas de jogo já tinham saído de lá. Só que como eu já cá ando há muito tempo, mandei verificar e afinal ainda lá estão seiscentas para tirar. Este para já é o problema…
Já recuperámos há anos um dos edifícios, a antiga Destilaria, que é uma parte que tem condições extraordinárias para receber alguns eventos relacionados com a produção do vinho, por exemplo, e depois temos instalações que dão para muita coisa, nomeadamente, para alguns serviços municipais. O nosso objetivo é dar vida aquela parte da Mealhada, que como é sabido há uns anos a esta parte está despovoada.
Temos também o início do projeto que poderá ligar a Avenida Dr. Manuel Louzada à rotunda do Leitão na Estrada Nacional 1, que é uma obra prevista há uns anos, mas agora temos os terrenos podemos abri-la imediatamente. Será o próximo executivo a decidir.

Durante os seus últimos mandatos houve momentos de conflitualidade, nomeadamente, com a Associação de Carnaval da Bairrada e a Santa Casa da Misericórdia da Mealhada. O que se passou?

Não houve conflitualidade. Não concordo que tenha havido conflitualidade porque não existiu qualquer agressividade verbal das partes envolvidas. Agora, uma instituição pública como a Câmara Municipal não está ao serviço de ninguém, está ao serviço de todos sem exceção, neste caso de vinte e uma mil pessoas residentes no município. No dia em que a Câmara estiver ao serviço de um reduzido número de pessoas e/ou de instituições isso é muito mau.
O que existiu com o Carnaval foi apenas a introdução de regras para o apoio municipal. Como são dinheiros públicos tem que se dizer concretamente para que servem. A ACB justifica-se à Câmara Municipal e esta responde ao Tribunal de Contas porque fomos inquiridos. E foi isto que aconteceu em determinada altura, em que exigimos a apresentação de contas do dinheiro público que a Câmara entregou à Associação de Carnaval. Nós não queremos saber das receitas do evento, em termos de entradas ou de outras coisas quaisquer. A única coisa que queremos saber é das importâncias que lhe são entregues pela Câmara. Para isso, mandámos realizar uma auditoria, o resultado é conhecido e não vamos falar mais sobre isso. A partir desse momento, e seguindo um protocolo, a Associação de Carnaval passou a apresentar faturas das aquisições que fazia e faz em cada ano, no prazo de cinco, seis dias é-lhe entregue o montante correspondente e depois eles têm dez dias para provar que pagaram. E parece que isto foi bom para todos. Assim a Câmara passou a poder responder ao Tribunal de Contas sobre o destino deste dinheiro público.
Em relação à Santa Casa da Misericórdia da Mealhada também não há conflitualidade nenhuma. Uma instituição que recebe quinhentos mil euros da Câmara Municipal para construir um Hospital naturalmente que isto não é conflitualidade, é precisamente o contrário. Se calhar as pessoas pensam que se poderia dar mais, mas eu gostava de saber quantas Câmaras Municipais pagaram quinhentos mil euros a qualquer Misericórdia para construir equipamentos e temos 308 no país… E estou a falar pela boca de uma pessoa muito respeitada por todos nós, o senhor padre Melícias quando era o presidente da União das Misericórdias e numa deslocação à Mealhada me disse isto mesmo.

E em relação ao Mercado, que apesar de ser denominado de municipal é propriedade da Santa Casa…?

Em relação a este assunto houve um erro gravíssimo da mesa da Misericórdia. Se esta entidade tem aceite a proposta que o senhor Aprígio Santos da Figueira da Foz lhe apresentou para comprar os terrenos do Mercado por um milhão e quinhentos mil euros, tinha sido uma maravilha. É que a Câmara jamais poderá acompanhar a proposta do senhor Aprígio e outras que foram apresentadas. Não podemos porque não temos capacidade financeira para isso e íamo-nos endividar pela certa.

É “acusado” de ser “unhas-de-fome” na gestão dos dinheiros públicos?

Fui acusado disso na Assembleia Municipal por um representante do meu partido e acusado de fazer gestão de merceeiro por um membro da oposição, curiosamente por um filho de um merceeiro que muito prezei pois era meu conterrâneo. Respondi-lhe que o fazia “com muita honra”. Prezo muito os merceeiros antigos porque tinham sentido de ética do não dever nada a ninguém e entendiam que o dinheiro que estava na gaveta não era todo lucro. Agora os modernos merceeiros não, sobrevivem e fazem tudo com o nosso dinheiro e no fim piram-se e pagamos todos com os impostos.
Eu com o meu dinheiro posso fazer o que eu quiser, mas com dinheiros públicos tenho mesmo que ser “unhas-de-fome”.

É mesmo verdade que vai deixar a Câmara com dinheiro e com as contas totalmente em dia?

Sim, é verdade. Aqui as faturas são pagas, com a minha autorização ou a da vice-presidente, que é uma das intervenientes nesse “corte das unhas rentes”, a uma, duas semanas. Temos estabilidade, não temos deficit e quando foi perguntado ao Revisor Oficial de Contas, na Assembleia Municipal, se a Câmara fosse uma empresa se seria um bom investimento, a resposta foi: “Ótimo”. Há nove anos seguidos que transitamos sem dividas de curto prazo de ano para ano. Já sei que nesta situação somos agora trinta e tal no país, mas os municípios são 308, portanto ainda há uma grande diferença. Vale a pena ser “unhas-de-fome”. A população até agora tem achado bem, tenho a certeza.

É vereador na Câmara desde 1979, foi número 2 da Câmara durante dez anos e é presidente da autarquia desde 1999. Na sua opinião, acha que se pode falar de eternização do poder e que isso poderá levar a um compadrio de cargos na autarquia, de que por vezes se fala lá fora?

Se há coisa que muito me orgulha e me honra é nunca me ter chegado nenhuma denúncia de situação de compadrio patrocinada pelo presidente da Câmara. Posso dizer-lhe que houve duas ou três acusações e as pessoas pagaram no Tribunal por aquilo que disseram.
Sabemos que são enviadas algumas cartas anónimas para a Inspeção Geral da Administração do Território e até para a polícia por alguns “cobardes” e eu lamento que em Democracia isto ainda seja usado. Ainda recentemente tive uma inspeção à Câmara motivada por cartas anónimas. Eu não tenho qualquer propensão para adivinhar mas só faltou lá a assinatura nessas cartas dos e das “artistas” que as escreveram...

Incompatibilizou-se com o doutor Rui Marqueiro?

Pessoalmente não, mas politicamente tenho opiniões diferentes das deles. Somos do mesmo partido, temos visões diferentes das coisas e do mundo e portanto há uma incompatibilidade ideológica, sem duvida nenhuma. Não haveria problema nenhum, não fossem os partidos levarem isto a mal, como é o caso.

Aquando das eleições diretas do PS, disse num órgão de comunicação social que Marqueiro não tinha perfil para ser presidente nos dias de hoje. Mantém essa ideia?

A minha escolha não foi o doutor Marqueiro, mas penso que o meu partido o escolheu democraticamente. Há quatro anos, o doutor Marqueiro disse que eu deveria dar lugar aos novos. Como se sabe ele é um jovem, portanto tinha toda a razão quando dizia que eu devia dar lugar aos mais jovens...

Vota nele?

Eu não devo ir votar para a Câmara Municipal e explico-lhe porquê… Porque eu sou o único cidadão deste concelho que não tenho o direito de ser candidato à Câmara Municipal da Mealhada, por força de uma lei com a qual não concordo, embora quisesse ser candidato. Esta lei surgiu no país por mão do meu partido e do PSD no contexto de combate à corrupção, portanto estou convencido que a partir de outubro, quando tomarem posse os novos executivos, com cerca de cento e cinquenta presidentes de Câmara e de mil e duzentos presidentes de Juntas de Freguesia que vão sair, o país será o mais honesto do mundo, porque os eventuais e possíveis corruptos vão todos para a rua. Tudo o que vier é gente de primeira água, limpa e que na politica nunca quis nada. Por isso não concordo com esta lei por ser de combate à corrupção e por achar que esta só existe nas Câmara Municipais e nas Juntas de Freguesia. Concordo com a lei se for para dar lugar aos novos, mas tem que ser extensível a toda a gente que está na política, nomeadamente, na Assembleia da República, Ministérios e em nomeações para os mais diversos cargos políticos. Ai sim, a lei seria para todos.

Também em 2009 foi público que não apoiou a candidatura de Miguel Felgueiras à Assembleia Municipal “pela sua juventude”. Após quatro anos volvidos o que lhe diz a experiência?

Disse-me que eu tinha razão, apesar de não ficar satisfeito com isso.

Na mesma entrevista fez um apelo às oposições para que tivessem “como objetivo fundamental servir a população do concelho” uma vez que estava “escaldado” com as anteriores. Vai embora satisfeito com a oposição?

Posso dizer-lhe que a nível pessoal eu fiz amigos também na oposição em todos os mandatos e vou satisfeito porque foi possível, em momentos muito difíceis, como por exemplo neste mandato os assuntos da extinção de freguesias e da Mata do Bussaco, conseguirmos consensos. Todas as deliberações da Câmara Municipal foram tomadas por unanimidade nessas matérias e em relação ao resto poucas foram sem o ser por unanimidade. E a não unanimidade quando existiu nem sempre foi da oposição, foi às vezes de pessoas também do meu partido que não estavam de acordo com uma ou outra posição.

Em 2001 dá-se uma divisão no PS, nas eleições onde Odete Isabel também se queria candidatar. Passados tantos anos, o assunto está “arrumado”?

Da minha parte ficou logo arrumado. Já lá vão doze anos e tal e eu não guardo ressentimento em relação a ninguém. Só quando as pessoas me ofendem pessoalmente é que as coisas são diferentes, não agrido mas defendo-me.

Recentemente afirmou que vai continuar a estar atento à política concelhia. O que isso significa? Vai ficar ligado diretamente a algum cargo? Aguarda algum convite da Administração Central?

Vou andar por ai, atento como devem estar todos os munícipes do concelho. Quanto mais gente atenta houver, melhor será para a Câmara Municipal, melhor para as autarquias e para os seus órgãos.
Não fui convidado para nenhum cargo, mas garanto-lhe que só aceito cargos de eleição. Até na minha vida profissional sempre foi assim.

Está disponível para colaborar com o próximo executivo da autarquia, independentemente da cor política?

Qualquer que seja o próximo executivo poderá haver necessidade de explicação de algum dossier. Foram muitos anos aqui e obviamente que estarei sempre disponível, até porque é minha obrigação moral, politica e democrática fazê-lo, se solicitado.

Deixa “herdeiros” na Câmara Municipal da Mealhada?

Não. Deixo muitos amigos e amigas, ao nível de funcionários e não preciso de andar na farra com eles para os ter como amigos. Eles conhecem-me e sabem que tiveram sempre, para além do responsável máximo da autarquia, um amigo. Sempre os defendi até quando a própria legislação era injusta para com eles e tive de todos a máxima colaboração. Criaram-se amizades e devo muito aos funcionários municipais, porque sem eles a Câmara não era uma autarquia não endividada e organizada.
E digo-lhe que “eles” são muito poucos. Quando houve a transferência de competências do Ministério da Educação para a Câmara Municipal, o quadro quase duplicou, porque nós nunca tivemos uma Câmara asilo e fomos tramados por isso. Com a redução do número de contratações, as Câmaras asilo são uma maravilha porque lhes sobra gente em todo o lado, mas aqui não temos isso! Temos dificuldade em mudar um funcionário de serviço porque fica sempre um buraco que não é possível tapar. Trabalhámos sempre no limite mínimo do que era possível para a funcionalidade da Câmara. Aqui os funcionários são multifacetados, polivalentes e nunca quiseram saber do seu conteúdo funcional, no bom sentido.

“Saudade” tem sido um dos termos mais usados nos seus últimos discursos. Já sente saudade de quê?

Sinto saudade sobretudo das pessoas. Eu nunca tive dia para receber munícipes. As pessoas vêm aqui e se eu cá estou, ou interrompo o que estou a fazer imediatamente ou peço para aguardar uns minutos, e vou atender as pessoas.

Como se definem 34 anos ligado ao Município da Mealhada numa palavra?

Trinta e quatro anos na Câmara da Mealhada e três na Assembleia de Freguesia da Pampilhosa definem-se como o meu contributo para a Democracia.

Deixa alguma coisa por dizer aos mealhadenses?
                                   
Não. Nunca gostei de dar conselhos a ninguém, mas gosto de os receber. Devemos respeitar a liberdade dos outros e esta vai até ao ponto em que eles podem ser contra nós. Há quem não aceite isso! E das coisas que mais me magoa é que fui incluído na lista negra dos militantes do Partido Socialista, não a nível nacional ou distrital, mas no concelho da Mealhada. Quem faz isto pode estar satisfeito porque conseguiu magoar-me.


Entrevista de MÓNICA SOFIA LOPES, no quinzenário Jornal da Mealhada de 17 de julho de 2013.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

...amizade...

Quem pensa que os colegas de trabalho não podem ser amigos, não me conhece a mim e ao Rogério... Obrigada Jornal da Mealhada!
Obrigada por teres trazido à minha vida, um excelente colega de trabalho e um amigão, que tornou os meus dias muito mais felizes e divertidos!
O meu colega está de férias e eu tenho que admitir que faz falta aqui...
Em primeiro lugar, não tenho para quem cantar e duvido que o Simões goste...
Em segundo, não sei vender publicidade...
Por último, preciso de uma fotografia de um sinal, que existe na tua rua, e vou lá ter que ir eu porque tu não estas :)
Boas férias Xalabéu :):) Volta rápido, que isto está desengraçado sem ti...

quarta-feira, 17 de julho de 2013

...Mealhada, Ventosa e Antes têm apenas uma Junta...



União das Freguesias da Mealhada, Ventosa do Bairro e Antes é a nova designação para as três freguesias em questão, do concelho da Mealhada, que a partir das próximas eleições autárquicas serão geridas por apenas uma Junta. A “novidade”, apesar de já ser conhecida há mais de um ano, foi apresentada em carta enviada pela Direção Geral da Administração Interna aos munícipes das três freguesias, agora agregadas, onde é também divulgada uma alteração no cartão de recenseamento eleitoral. O número dos munícipes mantém-se igual, contudo, para os da Mealhada remete-se a letra A, para os de Ventosa do Bairro a letra B e para os da Antes a C.
Recorde-se que, no último ano, muita tem sido a contestação por parte das freguesias da Antes e de Ventosa do Bairro a esta proposta de junção no âmbito da Reforma da Administração Territorial Autárquica, ao ponto de levarem o assunto ao Supremo Tribunal Administrativo, procurando impedir a implementação desta medida. Contudo, e até ao momento, não houve desenvolvimentos no processo.
Segundo Nuno Salgado, juiz jubilado e residente em Ventosa do Bairro, dificilmente haverá novidades, “uma vez que o Tribunal está a entender o processo como ato politico, não o podendo apreciar, e assim terá que ser remetido à Assembleia da Republica. Está é a orientação nacional”. Para o munícipe “a luta continua em Ventosa do Bairro. Vamos manter uma comissão e interpor esta decisão quando houver um novo Governo”.
Na carta enviada aos munícipes pode ler-se ainda que “aquando da realização de qualquer ato eleitoral ou referendo deve, nas duas semanas anteriores à data marcada para a votação, obter informação sobre a sua assembleia e mesa de voto, consultando os editais afixados na sua Junta de Freguesia, Câmara Municipal e outros locais habituais”.
Segundo o nosso jornal pode apurar, a sede da nova Junta será “estudada” após as eleições de 29 de setembro e o executivo agregará elementos das três freguesias em questão.

Noticia de Mónica Sofia Lopes, publicada no quinzenário Jornal da Mealhada de 17 de julho de 2013.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

...Rui Unas apresentar a Gala das “4 Maravilhas da Mealhada”...



A marca Água|Pão|Vinho|Leitão – 4 Maravilhas da Mesa da Mealhada vai celebrar os seus cinco anos de existência na V Gala das 4 Maravilhas, que este ano decorre no dia 5 de julho, na Adega Rama, no Carqueijo, com início às 19 horas, e vai ser conduzida pelo conhecido apresentador Rui Unas. Uma gala que vai ter um formato diferente, uma vez que não é ano de candidaturas e não haverá, por isso, entrega de galardões. A iniciativa pretende sim fazer um balanço dos cinco anos da marca gastronómica, apresentar o novo vinho das 4 Maravilhas e reunir todos os aderentes num evento de celebração do projeto municipal.
O objetivo da Gala é fazer o balanço de cinco anos do projeto gastronómico e juntar todos os aderentes e entidades envolvidas num evento de celebração da marca municipal. Mas não é só. A gala vai dar a conhecer publicamente o novo vinho das 4 Maravilhas, as novas sobremesas associadas à marca, que resultarão do Concurso de Sobremesas “Doces Maravilhas”, e será ainda revelado o vencedor do Concurso de Fotografia da Semana do Leitão.
“Seis anos depois da Câmara Municipal ter apresentado publicamente o projeto, cinco anos depois desse ter conhecido os seus primeiros aderentes, e três anos depois de constituída a Associação Maravilhas da Mealhada, é chegada a altura de reunir todos os intervenientes e fazer um balanço do mesmo. É esse o objetivo desta gala. Foi com esse propósito, de assinalar esses cinco anos e de juntar todos os envolvidos, que avançámos com esta quinta edição”, informou a vice-presidente da Câmara e também presidente da Associação Maravilhas da Mealhada, Filomena Pinheiro.
O espaço já é conhecido, uma vez que a edição do ano passado também se realizou na Adega Rama. A ideia mantém-se, com o jantar e a Gala a realizarem-se no mesmo espaço e misturarem-se num só momento dedicado às 4 Maravilhas. O evento começará com a receção dos convidados, que inclui um apontamento musical e provas de vinho e espumante. O jantar está previsto para as 20 horas e será seguido, então, da gala, que será conduzida pelo apresentador e comediante Rui Unas, o que promete imprimir leveza e humor a esta quinta edição da Gala das 4 Maravilhas.

Fotografia de Vítor Hugo

segunda-feira, 1 de julho de 2013

...Declarações de António Duque sobre Leitão indignam “mealhadenses”...



“Em vez de leitão da Mealhada, muitos restaurantes estão a vender leitão da Polónia ou da Croácia. Os especialistas dizem que a carne é mais mole, gordurosa e enjoativa”. É assim que uma revista de âmbito nacional inicia uma reportagem intitulada “Leitão. Ele andou muito até à Bairrada”, onde António Duque, presidente da Confraria Gastronómica do Leitão da Bairrada declara que a carne que chega a muitos restaurantes chega a vir da Polónia por metade do preço. O assunto foi tema na última reunião pública da Câmara da Mealhada, onde Carlos Cabral, presidente da autarquia desafia António Duque a “dizer que restaurantes são estes” e que vai levar aquilo que diz serem “acusações” à Direção-Geral de Alimentação e Veterinária. O Jornal da Mealhada, falou com alguns gerentes do setor da restauração que se mostram indignados com a notícia e garantem que os seus leitões vêm, maioritariamente, do concelho da Mealhada e nunca de fora de Portugal. Também ao nosso jornal, António Duque garantiu “não querer entrar polémicas” e que tudo passou “de uma mal interpretação de declarações”.
“Todas as semanas chegam à região dezenas de camiões com toneladas destes bacorinhos congelados, das espécies ‘large white’ e ‘landrace’. A origem é diversa, de Espanha à Polónia, passando pela Croácia, e as condições de produção desconhecidas. (…) A diferença em relação ao produto fresco, produzido em Portugal, é notória, garante António Duque. ‘Estes leitões são moles, insípidos, gordurosos e enjoativos’”, lê-se num dos excertos da reportagem.
Declarações que “revoltaram” o executivo camarário da Mealhada. “Acho que o artigo tem uma mixórdia de interesses. Este senhor tem uma pedra no sapato contra a Mealhada”, começou por dizer o vereador José Calhoa. Também Júlio Penetra alegou: “Ele (António Duque) está neste cargo para defender, não para atacar!”.
Para o presidente da autarquia “deve desafiar-se o senhor Duque a dizer que restaurantes são estes. Nós, Câmara, vamos pedir à Direção Geral de Veterinária informações sobre isto. Este senhor não representa nada na Mealhada”. Também Filomena Pinheiro, vice-presidente da autarquia, se mostrou “indignada” com o assunto. “Até dá a ideia que temos uma máfia na nossa zona”, declarou a autarca, que informou que já tinha remetido o artigo ao presidente do Turismo do Centro.
Preocupada estava também, Helena Rocha, gerente da Churrasqueira Rocha, um conhecido restaurante situado na cidade da Mealhada, que se dirigiu à reunião camarária. “Estas coisas têm um impacto muito grande. Os clientes vão-se agarrar ao que se escreveu! O Leitão é uma das ‘4 Maravilhas’ e está a ser atacado”, apelou.
Contactado pelo Jornal da Mealhada, Carlos Castela, gerente do restaurante “O Castiço”, explicou: “Compro o leitão vivo, mato e depois asso. Todo este processo é devidamente inspeccionado e o leitão é proveniente de algumas explorações, que podem ser de Viseu e daqui da Antes, por exemplo. O gasto do leitão é tanto que podem vir de muitos lados, mas sempre de explorações portuguesas”. Também João Paulo, do “Otávio dos Leitões” de Ventosa do Bairro, garante que o seu fornecedor “é da Antes e maior parte dos leitões são produzidos na Mealhada”.
Na reportagem podem ainda ler-se declarações de Pedro Maló, criador de porco bísaro e de raças industriais, que alegadamente afirma que sente dificuldade em escoar leitões na Mealhada. “Os restaurantes não vêem no leitão de qualidade uma mais valia. Não estão dispostos a pagar mais nem a fazer isso reflectir-se nos preços do leitão assado, na carta”, afirma no artigo. Mas para João Paulo isto é um absurdo. “Já me aconteceu pedir leitões ao senhor Maló e só me conseguir apenas dez”, garante.
Sobre o tema “leitão”, António Duque, em artigo publicado no Jornal da Bairrada de 30 de maio, já tinha escrito: “A Confraria do Leitão da Bairrada, como associação defensora da qualidade, princípios de que não abdica, é incomoda para muitos, quando põe a nu, a utilização do selo Bairrada, em situações que pouco ou nada dignificam a marca”, questionando ainda: “Como é possível defender uma marca quando existem na mesma região a Festa do Leitão à Bairrada de Águeda, a Semana do Leitão na Mealhada, o Festival do Leitão dos Covões??? Não será tudo Bairrada?? É assim que se defende uma marca??”.
Mas aquilo que os gerentes dos restaurantes mais temiam, começa a fazer-se sentir, quando na rede social Facebook de um jornal da zona Centro se lê: “Numa semana em que se soube que, afinal, os leitões para assar na Bairrada são importados do Leste, começa a Semana Gastronómica do Leitão da Boa Vista, Leiria, que, ao contrário do seu ‘mais famoso’ primo, é 100% nacional”.
Aquando do fecho na nossa edição conseguimos obter algumas declarações de António Duque. “A Confraria tem a função de alertar e defender o consumidor final, os apreciadores do leitão, assim como tem o objetivo de defender quem gasta centenas de euros na construção de um Matadouro. Há leitões que entram no país em carcaças congeladas. Na minha opinião não se come leitão hoje, como se comia há quarenta anos”, declarou António Duque, dando a sua opinião, que ainda garantiu “nunca ter feito referência à Mealhada no artigo da revista, nem a qualquer outra localidade, mas sim a uma região”. “Esta polémica foi criada por algumas declarações minhas que foram mal interpretadas, mas não as quero alimentar. A Confraria é imparcial perante qualquer Município”, concluiu ainda.

Reportagem de Mónica Sofia Lopes publicada no quinzenário Jornal da Mealhada de 26 de junho de 2013.